Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 30 de junho de 2015

Do bandido Estado ao bandido cidadão, da vingança privada ao respeito aos Direitos Humanos dos encarcerados: breves palavras.

Do bandido Estado ao bandido cidadão, da vingança privada ao respeito aos Direitos Humanos dos encarcerados: breves palavras.

O "bandido" não mora ao lado ou nas ruas. O bandido arrecada milhões, não investe em educação como deveria, não investe em política criminal, trata os presos como "esquecidos" e ainda fala em função "ressocializadora" da pena de prisão onde o "mané" entra especialista em furto e sair "Mestre" em roubo e "Doutor" em tráfico.
O bandido, para fazer “as vezes” de bonzinho ainda, usa a reincidência para agravar o apenamento daquele que ele deveria ter sido "ressocializado" e que, obviamente, volta a delinquir, o que é previsível vez que jogado em presídios super lotados onde o bandido mais "poderoso" é beneficiado!
O bandido tem 600 mil presos num sistema carcerário que comporta 371 mil vagas, sendo que dos 600 mil, 283 mil estão no aguardo de julgamento, ou seja, são presos provisórios. Ele, o bandido, ainda não decretou a culpa dessas pessoas através do Judiciário.
Quem é ele? O indefensável Estado, este que nunca me fez ter “tesão” para fazer concurso publico e mamar em suas lindas tetas enquanto só se vê descaso com a população. Eu gosto de dinheiro, quem não gosta?! Mas eu prefiro minha paz, meu ego tranquilo, minha consciência incólume!
Existe uma dicotomia homérica entre livros e realidade e uma "maldade x prejuízo público" muito mais acentuada na bandidagem estatal do que na do "povão". Aliás, sabe os tais Direitos Humanos que você não estuda, não conhece e adora dizer que "só" protege bandido? Ele atua para defender o criminoso, o suspeito e o cidadão frente aos abusos do Estado bandido e não frente aos demais delinquentes!
Abra a mente meu amigo, um dia, em anos talvez, cada família terá um presidiário e você acha que ajudará ele na sua ressocialização viver numa sala pendurado com mais 20?
"Ah, mas o cara matou minha filha!", amigo, para a família da vítima qualquer pena é doce, só vingança, quiçá resolva, e o bandido mor, leia-se o Estado está aí para tratar com dignidade a todos, do contrário só incentivará o cometimento de delitos. Sua filha morreu?
Que tal, para sanar sua sede de vingança, mandar matar ou matar o assassino dela? Sim, livros jurídicos a parte, estou falando sério! Como ser humano, não como advogada, não como professora universitária. O que satisfaz um pai frente a violência sofrida pelo filho? Um pai em estado passional? Só a violência em relação ao seu algoz, isso é humano, é demasiado humano.
Agora querer que, por causa dele, todos os presidiários sejam esquecidos e mal tratados num sistema prisional falido é egoísmo, querer que os presos sejam desumanamente tratados é, igualmente, egoísmo e exercício arbitrário e tosco das suas razões!
Que é o que faz, diga-se que até dá impagáveis exemplos! Lamentável, mas saudemos a mandioca minhas caras mulheres sapiens, homens sapiens, crianças sapiens, adolescentes sapiens, hetero sapiens, bi sapiens, trans sapiens, homo sapiens e por aí a fora!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 30 de junho de 2015.


Seja bom!

Seja bom!

Eu li a seguinte frase: “Antes de ser um profissional excelente, seja uma boa pessoa”. Eu até diria: antes mesmo de ser um bom profissional seja um excelente ser humano! Profissão traz conquistas, dinheiro e fama, bondade trás respeito, amigos sinceros, admiração.  
Porque o que você faz na profissão atinge a alguns de forma técnica, o que você faz enquanto ser humano e com todos que lhe cercam, dos serventes, faxineiros, "atendentes", clientes, alunos, colegas, amigos e parceiros atinge o coração de cada um e, às vezes, as pessoas só precisam de empatia e afabilidade para terem esperança, alegria ou um simples "dia bom"!
Seja bom, independente das vestes, crenças, descrenças, aparência, cultura e intelecto do outro, porque todos merecem o trato respeitoso, educado, amoroso e digno! Se "sinta" menos, seja mais!
Abaixe o nariz e os olhos no dia a dia, olhe nos olhos de quem lhe chega, tire o foco do seu umbigo, porque por mais que você tente ser ou achar que é superior ou "especial", você não supera ninguém e, na verdade, quanto mais se "acha" menos demostra ser!
Mais bondade, mais sorrisos, mais almas belas e menos peito inflado e ego frágil! Se torne o ser humano que você gostaria de ser! Não existe necessidade alguma de tratar o outro com insolência para se auto promover como pessoa ou como ser humano.
Dinheiro, beleza, cultura, inteligência, nada, absolutamente nada disso justifica arrogância e ignorância, nada justifica mal humor, nada justifica intolerância, nada justifica menosprezo. Quando possível, sorria e seja terno, é assim que a gente mostra que respeita e que pode amar aos outros, não é orando com a cabeça voltada ao céu ignorando todos à sua volta!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de junho de 2015. 

Carta aberta à “galera da cultura avantajada”!


Carta aberta à “galera da cultura avantajada”!

As pessoas são estranhas! Agora eu estou sendo alvo de comentários como: "Nossa, você tão culta defendendo o cantor falecido!", "Nossa, você a favor da liberdade de expressão contra o Zeca Camargo!", "Justo você que tem um gosto musical refinado!". Arre, filho, por que você não morre pra ganhar flor?
 Volto a dizer: se eu critico entre amigos os programas televisivos, a música da atual geração, a cultura brasileira- eu o faço entre amigos que pensam como eu!!! O jornalista se manifestou pessoalmente contra um gênero musical que causa comoção nacional! Num momento de comoção!
Se eu discordo dele totalmente?! Claro que não, eu discordo do momento, do meio e da forma arrogante com que impôs o seu pensar num ato desesperado para chamar a atenção! E chamou, atingiu o rim de alguns e o coração de outros! Foi inoportuno!
Fala errada no momento errado, porque, meu amigo, em que pese minha sinceridade cortante nas redes sociais, blog, trabalho e amizades uma coisa minhas décadas de vida me ensinaram: há hora e momento para tudo, ele usou a hora errada e feriu a cultura alheia. Da maioria brasileira!
"Ah, então você acha que a tua cultura é melhor que a dos outros também?", não, mas sei que é diferente e é por isso que sou seletiva nas amizades e nas relações, para não magoar e ser magoada! Meus pais me ensinaram a conviver com quem tem a mesma forma de ver o mundo que eu, mas eu respeito o luto alheio e não vou falar mal da cultura dos fãs enlutados.
Eu não curtia nem o "rei do Pop" e nem por isso ia publicar em rede nacional uma critica a cultura dos seus fãs na época do alvoroço da sua morte "misteriosa"! Bom senso, respeito e comedimento verbal é a eles que eu me refiro nos textos passados sobre o assunto!
E, agora, uma pergunta: O Zezé Di Camargo, meu único ídolo sertanejo fez o que com o jogador vaidoso, Cristiano Ronaldo? Ou seja: Me esqueçam galera da cultura avantajada! E sim, eu continuo com meus gostos literários, cinematográficos e musicais de sempre! Mas com bom senso, always!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de junho de 2015. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Da falta de empatia e do Zeca (babaca) Camargo II.

Da falta de empatia e do Zeca (babaca) Camargo II.

Eu não ofendi aos meus alunos fãs do Cristiano Araújo quarta-feira na aula de Direitos Humanos quando, não muito bem ciente do que ocorreu, eu lamentei o falecimento e só disse que conhecia apenas uma música dele, aquela divertida chamada "Maus bocados".
O que ofende as pessoas não é, o "não conhecer o cantor", isso ninguém é obrigado! Eu, além da canção referida estou conhecendo outras agora, porque vejo na televisão! Conhecia mas não sabia que eram dele, enfim. Os jornalistas protegendo "aquele outro lá" tentam fazer os fãs do falecido pagarem de imbecis revoltados, de fanáticos estúpidos.
O que lhes ofendeu foi o menosprezo ao que eles cultuam, foi a afirmação a respeito de sua "pobreza cultural". Isso ofende meu amigo! Ninguém é obrigado a ser tido como "culturalmente" pobre, só porque se indigna quando sua cultura é chamada de "pobre": cada ação, gera uma reação, mas tudo requer justiça e bom senso!
Não venham dizendo que o Zeca Camargo ofendeu aos fãs do "de cujus" porque disse que muitos o desconheciam! Filho, se meus ídolos Chico Buarque ou Caetano morrerem hoje haverão aqueles para os quais eles não fazem ou fizeram a mínima diferença!
Dai eu, munida de minha arrogância cultural deverei "bloggar" que "o descaso com o falecimento do fulano demonstra a pobreza cultural brasileira"!? Isso é legal? Educado? Admirável? Ninguém é obrigado a gostar do que eu gosto.
Existem coisas que a gente pode pensar, que qualquer um pode pensar e até falar num meio de pessoas que pensam da mesma forma, mas, convenhamos, dai a tornar o seu pensamento algo público é temerário e muito, muito idiota!
Respeito é bom e até quem está dançando até o chão em baile funk merece! Não gosta? Se reúna com quem também não gosta e sente a "ripa", mas não precisa divulgar ao mundo o quão sua cultura branca, classe média e educada é "superior".
Sabe sexo? As mil sacanagens legais que a gente faz a dois e entre quatro paredes? Então, elas precisam de afinidades, liberdade e vontade mútua para existirem! Não carece sair por aí fazendo sexo em público, no meio de uma festa. Ou seja: há momento, lugar e até "pessoas" para tudo!
Não se fala ou faz em público o que se deve fazer com quem tem afinidade com você, acredite, isso não é falsidade nem hipocrisia, é saber respeitar quem pensa de forma diferente e até empática, porque no momento a maioria sente condolência. Isso é ser bem educado, é ter finesse!
Essa atitude de "mitar" (segundo alguns internautas que desconhecem, presumo, o conceito de respeito cultural), do Zeca Camargo, contrariando a todos, mostra algo muito humano: vontade de se aparecer! "Ah, ninguém me nota, estão todos falando do caminho A, então eu vou falar do caminho B, para arrasar e chamar a atenção!".
O triste é que chama, o legal é que chama por ser medíocre. O povo não e tão tolo como os arrogantes pensam, nunca devemos subestimar a inteligência do brasileiro parça! "Ai, minha nossa está todo mundo se digladiando então vou falar de paz e de amor para o mundo me notar e ver como eu sou culto, especial e diferente!". Previsível, calculável e sim, como o "pseudo culto" do jornalista, muito, muito medíocre!
Do que adianta falar ou fazer coisinhas diferentes se em 99% das vezes você não se destaca por ser afável ou doce? Sim, ele quis chamar a atenção e chamou, mas ninguém vai me dissuadir que ele o fez por ser um arrogante.
E volto a dizer, não sou fã do falecido e dos seus companheiros que estão por aí, tenho vários textos a respeito e não mudei minhas idéias, mas o bom senso me impede de, em sendo famosa (o que não é o caso, pois não sou) publicar que o "brasileiro tem uma cultura parca", só porque a maioria não curte o que eu curto ou eu não curto o que a maioria curte!
Sou extremamente libertária. Em relação ao aborto e drogas também! Odeio maconha e outras drogas, me previno de ter filhos quando namoro o quanto posso, mas é por isso que vou ignorar quem não faz isso ou age como eu? Não né!? Porque cada um gosta, faz e vive como lhe apraz ou pode e ninguém deve impor-se a mim, nem eu a ninguém, por isso o jornalista sempre será um perfeito sem noção para mim.
Enfim, sou a favor da descriminalização das drogas e aborto, mesmo que eu não simpatize com eles! E com este exemplo acabo a minha parte nesta discussão: não coloque palavras na boca do povo, parça, porque, aqui, pra burro ninguém serve! Aliás, o verdadeiro burro é quem menospreza a inteligência alheia como este "auto" protecionismo da classe jornalística que tenta colocar o povo fã do falecido como algoz e não como ofendido.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de junho de 2015. 

Da falta de empatia e do Zeca (babaca) Camargo.

Da falta de empatia e do Zeca (babaca) Camargo.

Pra começar sertanejo universitário não é mesmo a minha "praia", mas eu ouço e até acho umas musicas bem bonitinhas! Do Cristiano Araújo inclusive, ele tinha umas muito fofas! (Conheci mais nos últimos dias, graças a mídia, conhecia mas não sabia que eram dele, na verdade).
Amo rock em suas diversas formas, MPB, sertanejo de "raiz", mas ouço o que não acho demasiado vulgar e não menosprezo cultura alguma. Para ser franca danço até samba, pagode e se bem a vontade (sem estar bêbada, acredite!) danço funk (sim, joguem as pedras!). Só não curto dançar junto, porque não tenho talento para tal, apesar de ser gaúcha, sempre fui mais roqueira do que nativista.
Enfim, a lástima nacional relativa ao acidente que vitimou o cantor não carece de fanatismo para doer forte, mas de empatia, de compaixão, de coração! De colocar-se no lugar dos familiares que perderam um lindo, jovem e talentoso filho, juntamente com a bela namorada, de colocar-se no lugar de todos os que sentirão saudades.
Não é o momento para tripudiar da cultura do brasileiro, isso é sadismo senhor Zeca Camargo! Isso é falta de humanidade e de respeito a dor alheia e a dor de todos os que, sendo fãs ou não, têm a doce capacidade de ter compaixão e piedade. Coisa que falta a este pseudo intelectual idiota que tripudia da compaixão alheia.
Quem é ele para falar de cultura? Se você se acha culto, mas não respeita a empatia do povo brasileiro, você não passa de um imbecil, de um pária indecente e desnecessário. Cultura, inteligência e estudo sem humildade, respeito e compaixão não servem para nada, só lhe tornam um inútil arrogante.
Um "pseudo" qualquer coisa! Um bosta, enfim. Desses que vale muito quando está calado ou dormindo. Aliás, dormir é algo que lhe sugiro fazer, já que acordado você não está valendo nada! Menos ainda, por não ser mudo, se fosse mudo você seria tolerável. Ai que dó da sua infame e desrespeitosa pessoa!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de junho de 2015. 

Se for para borrar, que seja o batom!

Se for para borrar, que seja o batom!

Homem algum vale um delineador borrado. Nem rímel, nem lápis! Homem que vale a pena amar é o que tira seu batom vermelho com beijos apaixonados e desavergonhados.
É o que não tem vergonha de ficar com a boca "rosada" após beija-la, o que lhe faz rir quando você está triste e que tem assunto para conversar com todo mundo, do ministro ao porteiro, é o que lhe arranca gargalhadas e não decepção ou raiva.
Não conheceu nenhum e se contenta com o "meia boca"? Ah, então você não é uma mulher de verdade, é mocinha, mas está no "caminho"! Um dia aprende. Um dia você vai aprender que nenhum homem vale uma lagrima derrubada por magoa ou dor.
Não falo daquelas lagrimas que você derrama desarrazoadamente, daquelas que você derrama por cansaço, insegurança ou TPM e atribui injustamente ao parceiro. Falo daquelas lagrimas causadas por um cara, um cara que, em seguida, após lhe magoar, faz mil promessas dizendo que não irá errar novamente.
Que não será mais grosseiro, estupido, que não agirá mais de forma egoísta, que não descarregará em você a sua ira por problemas que você não deu causa. E ele consegue não ser, até que erra de novo e faz você chorar novamente.
Isso aí, minha amiga, mulher alguma merece, assim como homem algum merece uma mulher grosseira, que lhe ofenda, que grite sem razão alguma, simplesmente, porque não sabe dar ao outro aquilo que deseja dele receber: afeto, carinho, respeito e doçura.
Todo mundo merece ser bem cuidado, acarinhado, e, sobretudo, bem amado. Não falo apenas de sexo, falo de bom trato, falo de respeito, de educação, de carinho, de receber aquilo que dá. De dar amor e receber amor, de dar afeto e receber afeto, de ser mimado. Sim, quem não gosta? Só pessoas emocionalmente fracas ou muito tolas “gamam” em quem não lhes trata como merecem.
Pode ser uma questão de fase, a maioria de nós tem uma fase meio “amor bandido”, meio “entre tapas e beijos”, meio musica sertaneja, mas a gente amadurece e chega à conclusão de que merecemos o melhor do melhor, porque nos tornamos o melhor do melhor. A maturidade traz inúmeros benefícios, o de se amar e desejar ser amado na mesma proporção é um deles.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de junho de 2015. 

Sobre os meus, sobre os seus e sobre os nossos “pecados”.

Sobre os meus, sobre os seus e sobre os nossos “pecados”.

Eu não casei virgem, nunca faço sexo para reproduzir a espécie, até convencimento em contrário não quero seres fofos e dependentes de mim, porque se dependesse da minha vontade até os meus gatos limpariam a sua caixinha de areia e serviriam a sua ração, como carne e bebo na quaresma.
Como carne de porco, tenho tatuagens, tenho uma preguiça enorme (hoje, por exemplo, é feriado municipal e eu mal abri meus olhos além de meu rosto estar uma "bolacha" gigante de tanto que dormi neste final de semana), eu como mais por gula do que por fome, mas adoro ver uma barriga magra no espelho (a minha) e, sobretudo, outras curvas que tenho (Benzadeus!), adoro me sentir linda (vaidade).
Gosto do que é bom, de finesse, do chique (luxúria), de hotel à vinho, apesar de adorar as coisas simples da vida confesso que uma viagem a New York ainda está nos meus planos de vida, outras à Europa também. Eu não ofereço a cara a tapa, nem um lado e nem o outro, aliás eu brava sou algo bastante "encapetado" e demasiado cruel (ira), acredito que o Darwin errou na teoria dele, porque muita gente estúpida sobreviveu, acredito na psicanálise e na consciência humana e queria ter a vida perfeita dessas pessoas que julgam aos outros (inveja).
Creio que só com orações nada muda, que só com o perdão divino ninguém evolui. Acredito na moral, na ética da reciprocidade (não fazer ao outro o que dele não desejas que lhe faça), mas, enfim, chega de falar dos meus pecados né?! Vamos falar de quem gosta de pessoas do mesmo sexo e quer adotar crianças feitas como mandam os "mandamentos", ou seja, por "dois diferentes".
Diferentes de mim inclusive na moralidade, porque eu ainda prefiro não ter a desprezar após parir e como eu conheço heterossexuais que são péssimos pais, então eu lhes digo: opção sexual é só um "pecado" diferente do meu (para quem adora está palavra que, no meu vocabulário, não existe), assim como adotar crianças e desejar educa-las é uma vontade muito diferente da minha.
Ah, mas as crianças adotadas por gays vão se criar achando que "homossexualidade" é "normal"? A gente não escolhe opção sexual, esses gays do mundo foram criados em famílias "tradicionais", conheço jovens hetero filhos de casais de mulheres!
Ver um homem beijando outro homem não fará de um menino gay, assim como os seus "pais" não se tornaram hetero ao ver o papai dando beijo na mamãe a cada despedida para o trabalho! Enfim, acho que meu filósofo preferido, Nietzsche disse que "o que é feito por amor está sempre além do bem e do mal". Eu concordo, sendo ele ou Cristo o autor desta frase.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de junho de 2015. 

domingo, 28 de junho de 2015

Pequena grande crônica sobre a ignorância.


Pequena grande crônica sobre a ignorância.

Como estamos em tempo de usar a palavra “ignorância” descriteriosamente vamos lá, segundo o dicionário ela significa: “s.f. Condição da pessoa que não tem conhecimento da existência ou da funcionalidade de algo: ignorância dos acontecimentos contemporâneos. Estado da pessoa desprovida de conhecimentos; sem cultura; condição de quem não tem estudo: ignorância literária. Comportamento carregado de grosseria; quem se comporta de maneira incivil; grosseria: o chefe é de uma ignorância gigantesca na maneira como expressa suas ideias.”
Eis um conceito de dicionário virtual, a Wikipédia, por sua vez, a define como: “A ignorância se refere à falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre determinado tema, ou ainda à crença em elementos amplamente divulgados como falsos.”
O que eu tenho “por” ignorância neste momento em que se usa religiosidade e outros conceitos para chamar ao outro de “ignorante”, de “comprador” de ideias prontas e “repetidor de fórmulas”, como diria um saudoso mestre que tive há 14 anos no inicio da Faculdade de Direito? Em tempo de sociedade da informação só se ignora o que se deseja ignorar.
Você dificilmente verá um católico estudando “Evolucionismo” ou um “evolucionista” lendo artigos “evangélicos” na internet, sabe por que? Porque a gente procura conhecer e se embebedar de conhecimento daquilo que se afina com o que somos e mais, com as ideias que “pré” concebemos ao longo da vida e do nosso conhecimento previamente adquirido.
Se, como diria meu amigo Renato Russo, “depois de 20 anos na escola” eu sempre simpatizei mais com história e biologia, dificilmente eu me tornarei uma pessoa “ignorante” em tais assuntos, porém aos olhos de quem segue drasticamente as “escrituras sagradas” eu serei uma tremenda “ignorante”! Ora, ora, vejam só!
Enquanto que, no quesito ciência e darwinismo o criacionista será, na maioria das vezes (convém dizer que existem religiosos de mente aberta) um ignorante. Ou seja meu amigo, a ignorância é uma escolha, mas uma escolha dadivosa, sabe por que? Porque ela se relaciona ao nosso “eu”, ao nosso inconsciente, ao nosso subconsciente, ao que temos em nós de individual, de especial, de nosso, extremamente nosso.
O sagrado nunca será sagrado para quem não acha aquilo sagrado, assim como o pecado jamais será pecado para quem não acredita em pecado e o que você acha errado, equivocado, besta e ignorante nunca será equivoco, erro, bestialidade ou ignorância para quem não pensa como você!
A prova de toque disso tudo? A tranquilidade da nossa consciência, a paz com que vivemos, a forma com que amamos a nós mesmos, a vida e a todos que nos chegam em nossa trajetória de vida! A nossa felicidade se liga à nossa consciência tranquila, local em que, para mim, habita algo de divino no ser humano. Algo do qual os psicopatas não são providos. Simples.
Mas, pense comigo, você que é teísta de carteirinha, você que acredita no Deus católico, acredita em Oxalá, por exemplo? Você conhece a cultura afro-brasileira, kardecista, hindu, indiana, budista e etc.? Provavelmente conhece de pouca a nada, certo? Logo, em relação aos deuses destas religiões você é “ateu”, confere? Ou seja, não crê e desconhece.
Mais uma prova de que sempre existirá essa palavra (ignorância) sendo usada ao alvedrio de quem bem entende, porque todo mundo acha que fala com cátedra sobre os assuntos, ignorando o fato (olha a palavrinha magica aqui de novo!) de que o outro pode estar igual a cavalo em 7 de Setembro para as suas ideias, ou seja, “cagando, andando e, por alguns, sendo aplaudido”.
Simplesmente porque aquilo no qual você tem expertise ele pouco se importa ou acredita o que não faz dele um ignorante pleno, porque, da mesma forma, você ignora o que ele sabe. Então, meu caro, “seja menos”, se ache menos, porque a sabedoria que você acha que tem pode ser mera repetição de formulas religiosas que, para o outro, nada valem. E vice e versa e versa e vice!
Em tempos pós-modernos, até a ignorância é questão de escolha o que não deveria valer, porém e a ignorância definida ao término do conceito do inicio do texto, a grosseria, a vontade de erigir cartazes ou jogar pedras naqueles que coexistem no mundo com você e que não dão a mínima para as suas ideias.
Exclua, bloqueie, mas não se “ache” tão especial para palpitar na linha do tempo alheia, por exemplo. De ontem para hoje eu exclui e bloqueei no mínimo 50 pessoas do meu facebook. Por que? Porque não me interessa interagir com pessoas, ter como “amigos” quem não me acrescenta em nada, afinal, aquilo no qual elas são conhecedoras, nunca me interessou. E nem irá!
Viva e deixe viver, creia e deixe descrer, do contrário, vale a máxima: “Julgue e seja julgado!”. Ah, o outro é um “leigo desarrazoado, estupido e idiota”?! Parabéns, você também, mas em relação àquilo que o outro conhece e você faz questão de ignorar. C´est la vie mon amour!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 28 de junho de 2015. 

Do “feliz, mas indignada” ao “feliz, muito feliz, felicíssima” e a homofobia, a intolerância e as pessoas inteligentes.

Do “feliz, mas indignada” ao “feliz, muito feliz, felicíssima” e a homofobia, a intolerância e as pessoas inteligentes.

Desde novinha eu sou uma pessoa que fica exultante de felicidade por coisas singelas, minha mãe me disse outro dia que isso é “saber” ser feliz, eu já lhe respondi dizendo que isso é ser feliz!
Eu sou feliz e nem em todos os momentos fico “exultante” afinal vivo num mundo agitado, tenho obrigações, não tenho a quantidade de dinheiro que meu bom gosto exige e não consigo fazer todo mundo que mora no meu coração ser tão feliz como eu. Isso sem contar que o convívio humano é uma constante provação a nossa inteligência emocional, mas, de toda forma, termino este sábado exultante!
Há pouco comentei com amigas num grupo o quanto a ignorância de pessoas fanáticas religiosas e de outros “pró-heterossexualidade” e “família convencional” me indignam, sobretudo e é claro, quando eles se intrometem nas minhas postagens vez que, dotada de excelente educação que sou, não me meto nas postagens bíblicas ou desarrazoadas dos outros. Resigno-me a exclusão e ponto final.
Na verdade, ontem foi o dia internacional de excluir quem cita o Levítico (porque só leu dele o que lhe convém), quem publica qualquer asneira com "#orgulhohetero" no face e quem resolve falar da fome na África só para fazer pouco caso da homofobia no Brasil e no mundo, como se uma “causa” desmerecesse a outra.
Sou hetero com "H" maiúsculo, mas a minha mente não se restringe ao meu lindo umbiguinho e outras partes mais "abaixo" dele, afinal, além de combatente da hipocrisia eu sou defensora da liberdade! Em todas as suas diversas formas, porque o importante é ser feliz e mais nada! 
O facebook, no entanto anda um festival de discussões onde pessoas que dizem respeitar, mas “biblicamente” não aceitam a união homoafetiva, ao invés de resignarem-se calados com os “arco íris” que circundaram as fotos de perfil de quem apoia a união acabam postando versículos bíblicos desarrazoados.
Desarrazoados por que? Porque o mesmo livro que condena a união homoafetiva condena inúmeros outros absurdos, como cortar o cabelo, fazer a barba, comer carne de porco, ter mais de uma planta no mesmo jardim e absurdos afins.
Pois eu não mudei a foto porque, apesar de digna a conquista estadunidense não é novidade no Brasil! Aqui os gays podem se casar desde 2013, havendo decisões excelentes a respeito desde 2011, em que pese a intolerância de alguns homofóbicos.
 Aqui a homofobia é que deve ser vencida, além da intolerância religiosa, sua "prima". Acredite, nem só de corrupção e de presidentes desonestos e estúpidos o nosso País é feito! Valorizemos a evolução, proveniente, sobretudo de decisões judiciárias vanguardistas! Neste ponto, um salve ao Tribunal de Justiça gaúcho e a grande Maria Berenice Dias que, desde sempre, interpretou a Constituição Federal com o respeito que ela merece!
De resto, os meus parabéns a população gay pela conquista nos EUA e um "foda-se" para o povo insosso e desnecessário que reclama das mudanças das cores no perfil! A eles, um salve a mandioca no melhor estilo "dilmista" (leia-se, estúpido) de ser!!
Pois bem, mas, retornando ao tema do texto, o que me fez sair do ponto “feliz, mas indignada” para o ponto “feliz, muito feliz, felicíssima”? A leitura de algumas postagens de jovens alunos e conhecidos meus, o bom senso de pessoas que merecem ser admiradas, o equilíbrio, a sensatez, o coração aberto e o desprovimento de preconceito e daquela infame troca de argumentos plausíveis e racionais por intolerância de alguns!
Vejo e confirmo que maturidade, mente aberta e inteligência em nada se relacionam com classe social, certidão de nascimento e nível de instrução, vez que vejo tantas pessoas, teoricamente instruídas, com ideias mais tacanhas do que a de pessoas que não findaram o ensino primário, vejo jovens mais maduros do que adultos, pobres mais sensatos que ricos. Enfim, como é bom ter esperança e poder dizer: “Jovem, eu te admiro!”.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de junho de 2015.


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Ridículos, limitados e usando (menos de) 10 % de sua cabeça animal.

Ridículos, limitados e usando (menos de) 10 % de sua cabeça animal.

Se você acordou se sentindo um "ser humano, ridículo e limitado que só usa 10% de sua cabeça animal", no melhor estilo "raulzito" de ser, lembre-se que tem gente que se diverte vendo fotos do Cristiano Araújo morto e, ainda, divulgando vídeos de sua (suposta) autópsia, então, rejubile-se, afinal nada está num nível tão tacanho, medíocre e baixo que o ser humano não possa "descer" para mostrar que pode fazer pior.
A modernidade vem facilitando por demais a vida humana, inclusive a dos satanistas! Houve um tempo em que eles faziam rituais macabros, magia negra, danças e tal, agora, para louvar ao cramulhão basta olhar uma postagem que tem o capeta de um lado escrito “só olhe” e Jesus do outro com um “comente e compartilhe” embaixo para ser satanista!
Ah, os tempos modernos, eu sou fã do capeta e nem sabia! Ahhhhhh mas isso não ofende a "família brasileira" nem a nenhuma brasileira ou brasileiro! Assim como o comercial da Itaipava que mede o tamanho da lata, da garrafa e do silicone da tal do “Verão”.
Enfim, é só uma ex-bailarina do Faustão, bastante Photoshop e um corpo "vendido" como coisa, tipo picanha a vácuo no açougue numa manhã de domingo! Normal né?! Ora, ora, coisa linda! Feia mesmo é a propaganda do "O Boticário"! Bunda indo no estilo “vai Verão” é lindo né?! Afinal, respeito é bom, mas nenhuma mulher “encorpada” merece, afinal, é só um corpo, nada mais!
Aqueles bestas que querem propagar o amor e o respeito entre pessoas do mesmo sexo! "Aiiii que nojo!". Arre, mulher ser tratada como objeto siliconado feito para agradar qualquer tipo de homem cervejeiro (inclusive os barrigudos, flácidos e afins) é "normal", é fino, é elegante!
Outras formas de amor que não a heterossexual ah, dai não! É pecado, é crime, ofende os Thundercats, ofende a moralidade "smurf", enfim, ofende tudo, menos o capeta, porque ele não curte amor e, obviamente, não curte corpo feminino sendo vendido junto com cerveja nacional! As vezes até acho que ele "é o cara"!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 26 de junho de 2015. 

terça-feira, 23 de junho de 2015

Pequena grande crônica sobre a imensa pequenez de espirito dos recalcados.

Pequena grande crônica sobre a imensa pequenez de espirito dos recalcados.

Na maioria das muitas vezes que ouço gente se implicando com as roupas, forma de ser e aparência alheia eu olho para o criticado com bons olhos: você já viu gente feia, insossa e sem graça sendo reparada negativamente?
Eles comumente são os "coitadinhos", "inteligentes", “gordinhos felizes”, “alternativos” e etc.. Agora, o bonito, o autêntico e o feliz vive difamado pelos outros! A mesma beleza que atrai pessoas felizes com elas mesmas, causa repulsa em gente invejosa, em gente que não se garante e não gosta da imagem que vê refletida no espelho.
Enfim, espíritos feios precisam disso para se sentirem menos insignificantes. Espíritos feios, independentemente do corpo que ocupam, precisam da desumanização, do malbaratamento, da critica e do enxovalho ao belo, ao diferente, ao magro, ao “gostoso” e ao “atraente” para se sentir menos sem graça no mundo.
Nunca esqueço que quando comecei a faculdade e ia na aula com roupa de academia, porque aos 17 anos eu era super fitness (sim, meu amigo há pouco mais de 15 anos) numa aula de Teoria Geral do Direito Privado (“vulgo” TGDP 1), o meu melhor amigo observou e achou uns bilhetes em que umas colegas falavam da minha calcinha. Obviamente minúscula!
E foi dai para frente que eu percebi que até um inocente traseiro que abriga uma infeliz calcinha (missão carrasca ser calcinha de "malhadora") ofende quem não cuida do seu e da sua peça intima.
Não existia whatts ou facebook naquela época e elas não queriam gastar com mensagem SMS falando da bunda e calcinha alheia. Ao menos eram sensatas, haverei de convir. Até fico feliz por lembrar que o índice de reprova na matéria era quase 85% e minha média naquele semestre foi um belíssimo 9,0!
Cuidar da sua vida, da suas roupas, da sua bunda e do seu cérebro, desde sempre, pode ser muito recompensador, experimente! No mínimo você terá um traseiro mais duro, vai poder usar calcinhas minúsculas e, de quebra, irá angariar conhecimento técnico ou cultura geral!
Recordei-me agora que, há alguns meses uma pessoa extremamente desagradável e esteticamente feia que tive o azar de conhecer achou que estava “ficando” com um conhecido que transou com ela a base de “luz apagada” numa noite, creio, infame.
Essa criatura com a qual, na época, eu socializava, me levou dar voltas de carro com outra amiga intima minha após jantarem na minha casa, enquanto caçava o endereço de um outro sujeito que ela achava que ia “namorar” com ela e parou num final de festa estupido, pois um sujeito que estava urinando na rua a chamou (sim, faça ideia do “nível” desta “digníssima” pessoa).
Eu nem vestida adequadamente estava, trajava um vestido horrendo que parecia uma camisola, estava de chinelinho e tive graves problemas intestinais até então despercebidos e provocados por aquela companhia laxativa. O que havia de mais bonito, simpático e interessante naquele lugar, além da cerveja e de um resto de carne que por lá “jazia”, era uma jovem que estava “ficando” com um dos anfitriões ou sei lá!
Uma moça simpática, sorridente, bonita, educada e gentil. Dialogamos um bom tempo! Sabe o que aquela criatura horrenda fez automaticamente? Fez-se de santa e sequer uma cerveja bebeu, cercada por seu abdômen roliço começou a mandar mensagem para quem? Para o sujeito que, ela descobriu, era ex-marido da bonita da festinha. Aquele “um” que deu uma de “São Jorge” com ela na tal noite “deduzivelmente” infame (pra ele, claro)!
Daí eu pergunto: pra que isso jovem? Pra que chamar a moça de piriguete, de biscate, de mil coisas se ela estava fazendo o que toda mulher dona de seu nariz e separada há pouco tempo faz? Se divertindo, dando risada, bebendo e beijando na boca! Algo normal, algo comum no universo do meu modesto entendimento balzaquiano da vida!
Ah, mas não para quem precisa denegrir os outros para se “aparecer” né?! Cuidar de si, meu caro, cuidar da sua vida e não da alheia é atributo único de quem se ama, o resto é balela de gente mal amada. “Beijinho no ombro pro recalque passar longe!”. Vai que esta filosofia “valeskapopoziana” funciona com este tipo abjeto de gente. Não custa tentar!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de junho de 2015. 

Perfeccionismo? Não, intensidade!

Perfeccionismo? Não, intensidade!

Algumas pessoas são mestras no "fazer por fazer", no "levar com a barriga", no comodismo. Tanto no trabalho, desempenhado com parca vontade, responsabilidade e preocupação, quanto nos seus relacionamentos.
Empurra dali, empurra daqui, fecha a cara acolá, usa de auto indulgência com frequência, pouco se importa com o conceito de medíocre ou relapso e assim a vida segue! Realmente eu não consigo me sentir "mais ou menos" em nada.
Quiçá meus ex tenham me achado razoável, meus alunos e clientes também, mas o que acham nunca me preocupou, eu fico mal mesmo quando eu me analiso e vejo que poderia fazer melhor, ser melhor e até agir melhor mas não ajo. Tem quem chame de perfeccionismo, eu chamo de intensidade!
“Ai, a Cláudia é muito exigente consigo!”, “Ai, a Cláudia leva as coisas muito a sério, não consegue namorar por namorar, dar tempo ao tempo numa relação calma”!. Ouço essas criticas que, obviamente, em nada me interessam ou afetam, mas silencio na maioria das vezes.
Primeiramente, eu sou muito exigente comigo mesma sim, não gosto de trabalho feito pela metade, sou e sempre fui extremamente responsável com meus compromissos. Não porque a “responsabilidade” e “seriedade” compensem, mas porque eu sou assim desde que me conheço por gente!
E não, realmente eu não consigo “ter alguém por ter”. Primeiramente, porque eu não consigo sequer olhar nos olhos de quem não me faça um imenso bem, menos ainda ceder espaço na minha rotina, nos meus finais de semana, na minha cama, no meu dia a dia.
Sou razoavelmente objetiva nessa coisa de “romance”: ou me faz bem, ou tem muita paixão, muita química, muito entusiasmo e muito tesão ou eu fico sozinha! Adoro a minha própria companhia, minha casa, meu sol, meus filmes, meu trabalho, meus gatos, minhas jantas, meus livros, meus parceiros de alegria.
Há de ser muito bom para mim para me fazer mudar esta rotina, a de ser muito quente, muito inteligente, muito seguro, muito “diferente” e muito “afim” comigo para chegar e ficar na minha vida. Eu não mudo, eu sou feliz com toda esta intensidade. E continuarei sendo intensamente alegre, obrigada!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de junho de 2015. 

Sobre homens e vinhos secos.

Sobre homens e vinhos secos.

Lá pelo fim de 2006 eu conheci uma pessoa natural de uma cidade próxima a minha. Na época eu fazia pós-graduação quinzenalmente na FESMP/RS (Fundação Escola Superior do Ministério Público do RS) em Porto Alegre onde conheci uma moça “egressa” da cidade do individuo que, em menos de 5 dias, eu já estava namorando.
Todavia, na ânsia de “colher” informações sobre o sujeito omiti o namoro dela e pedi se o conhecia e o que pensava a respeito dele. De tudo o que podia me contar ela simplesmente disse que ele “é um cara antipático que se achava, diferente de mim que sou sorridente e alegre”.
Bem, isso não me soou nada ruim, porque eu sempre fui da opinião de que namorado meu não precisa ser muito simpático com todo mundo mesmo, sendo comigo e com os “meus” está ótimo. A menina viu nossa foto num desses jornais virtuais e nunca mais falou comigo, perdi a “amiga”, mas este não é o meu foco aqui, assim como não foi há quase uma década.
A realidade é que todo bônus tem um ônus e vice e versa. Homens que se dizem românticos e que são meigos, via de regra são demasiado “galantes”. E quem galanteia você minha amiga, galanteia quem lhe convém. Que tipo de galanteio me refiro? Elogios exacerbados, simpatia direcionada a todos os lados.
Tem homem que acha lindo ser assim, elogiar mulheres diversas porque lhes acha bonitas ou tem algum interesse, ou mesmo que não tenham, sei lá! E de 2006 para cá e a cada novo amigo que faço eu concluo que eu prefiro homens de poucas palavras, pouca lábia e poucos elogios.
Eu sei que bem dos meus atributos físicos e intelectuais, sou demasiado segura de mim e não careço de elogios constantes, logo, prefiro arriscar-me com um sujeito de “poucas palavras” do que com um galante que recita Vinicius de Moraes para mim. Homens “antipáticos” e fechados, como aquele com quem acabei me casando, sabem a quem direcionar a atenção e costumeiramente são verdadeiros sobre o que sentem, quando sentem.
Podem ser grosseiros às vezes, mas dificilmente usam o “verbo” para encantar e, nos dias atuais, isso me é muito interessante. De lá para cá meus namorados dizem que me amam na primeira ou segunda semana de namoro e, quando termino com eles, nenhum sofre como aquele sofria com o meu afastamento eventual.
Sou da opinião de que elogios devem ser dados na exata proporção da atenção recebida pelo elogiado do contrário a situação parece mais patética do que nobre. Tipo esses “galanteadores de facebook” que, às vezes, são casados ou comprometidos! Sabe esses que confundimos como puxa-saco e etc.? Elogiar a foto ou o intelecto de quem é com ele afim, dialoga e dá atenção até não é nada estranho, mas “babar ovo” em quem nem liga para a sua existência, ao meu ver, soa desesperador e feio, muito feio.
E dizer que sou em quem reclama da falta de romantismo atualmente! Sinceramente? Se for para ser doce e “bom com as palavras” com todo mundo eu prefiro que não seja nem comigo, às vezes um “bruto, rustico e sistemático” tem seus encantos.
Aquele do inicio do texto teve, enquanto durou a relação, mas eu tinha a senha do e-mail dele, do MSN, ele não tinha Facebook ou Orkut (sim, eu sou “vintage”!), o celular era desbloqueado e até trabalhávamos o dia inteiro juntos.
Sinceramente e com exceção do trabalho no mesmo ambiente, que é algo bastante “temerário”, eu curtia! Fato é que, realmente, a maioria dos homens é como os vinhos que eu, pessoalmente, gosto: melhoram com o tempo (sem azedar) e são secos, porque doce ou “suave” me dá náusea e a maioria da mulherada adora.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 23 de junho de 2015. 

Do ser e do ego.

Do ser e do ego.

Sabe o que é fundamental para a felicidade e para o mundo? Penso que um conjunto de pessoas felizes, bem resolvidas e respeitosas fazem do mundo um lugar melhor, mas, enfim: gostar e aceitar a si mesmo si mesmo é um passo essencial! Mais transparência e menos mecanismos de defesa de egos frágeis distribuindo-se por aí!
Por exemplo, está super na moda as gordinhas que se amam, "plus size" e tal! Ótimo, eu vou acreditar que a minha conhecida roliça que vive dizendo que tem "ódio" de mim e dos demais que comem sem engordar realmente se adora quando ela desistir de fazer dietas para emagrecer! Quando ela parar de falar mal gratuitamente das mulheres bonitas por exemplo.
Conheço as que realmente se amam, mas, querida, quem se gosta não precisa dizer que se gosta, apenas se ama e espalha amor pelo mundo! Respeito e não palavras amargas oriundas de uma alma azeda e invejosa. "Ah, eu me adoro gorda! Opa, uma dieta milagrosa, vou atrás!". Isso não me convence darling!
Outra coisa tosca a respeito da carência de alguns em se auto aceitar é a necessidade de impor-se de alguns das "minorias". Conheço muitos casais homoafetivos e eles não tem necessidade alguma de trocarem beijo cinematográfico em restaurantes, escola e etc., sabe por que? Porque isso não é elegante para qualquer casal, não só para os gays! Selinho, beijinho e afeto, lindo! Mas a luz do dia ninguém precisa se "comer" pela boca para mostrar que é bem resolvido com sua sexualidade.
Quem se aceita, não precisa gritar aos quatro ventos: "Olhem, vejam como é bom ser eu!". Até o amor de verdade meu amigo, não precisa de declaração no facebook e demais redes sociais.
Ultimamente, 7 em 10 homens que tentam flertar comigo são comprometidos, (e não, sem ser pela educação eu nunca dei "motivos" para isso, pegue esse seu machismo tacanho e enfie no c**!) e o face e instagram deles e das miseráveis que "amam" estão cheios de "meu amor", "minha linda", "minha vida" e "minha amada"!
Homens que galanteiam a mim e mais a metade da torcida do Flamengo, porque flerte e galanteio é tipo bala saindo de favela carioca, numa hora ou outra atinge alguém! Enfim, por um mundo com menos ego desejando ser inflado e mais aceitação.
Porque a gente distribui ao mundo o que temos na alma e no coração, não no ego. Ego é aparência de ser, alma é o ser. Sorriso, doçura e afeto quem é doce, amor e empatia, quem se ama, rigidez, amargor e intolerância quem vive num inferno interior e depende de críticas e malbaratamento da vida alheia para enaltecer seu ego. Há quem precise pisar e até "desumanizar" ao outro para sentir-se a ele superior e, assim, seguir adiante com o peito inflado, nariz em pé e a real auto estima e amor por si e pela vida embaixo da sola de um sapato de péssimo gosto.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 23 de junho de 2015. 

sábado, 20 de junho de 2015

Intolerância feminista e a “rola”.

Intolerância feminista e a “rola”.

Sim, sim eu tenho uma veia feminista forte! Mas não, por favor nunca me chame de radical! Sabe a história do Boechat contra o homofóbico sem noção do Malafaia? O tal do “vai procurar uma rola”?
Pois bem, em várias paginas da internet que sou fã e que são feministas vi criticas: “porque rola não soluciona tudo, porque dar o rabo não muda a vida e a moral de ninguém, porque mulher mal humorada também não precisa de um pau para ser feliz, porque isso é machismo e etc.”. Ah, vá, vá?! Sério mesmo?
Eu sei disso, mas, convenhamos meu povo, na hora da raiva a gente diz o que quer e não precisa e nem deve ser “literalmente” interpretado. Dentro do que sucedeu no momento em que, ao vivo, o jornalista ouviu sobre o comentário do pastor numa rede social ele quis dizer que o cidadão é um idiota e que tanto critica os homossexuais que está com “inveja” deles, dentre outras, na minha concepção, verdades direcionadas ao milionário evangélico.
O sentido implícito e “racional” do carecer da procura de uma “rola” (credo, acho essa palavra de ultima categoria, assim como “c******” dentre outras, mas, continuemos!) não quer dizer que o órgão fálico masculino resolva os problemas da humanidade e aquele “blablabla” literal e estupidamente feminista que li na internet e que me envergonham!
Sejamos menos radicais, menos revoltados e mais racionais: uma frase num momento de xingamento e raiva não precisa e nem deve ser “ipsis literis” interpretada, sob pena de cometermos uma injustiça estupida, ignorante e sem sentido, tanto quanto a que gerou a ofensa polêmica! Menos revolta, mais compreensão, por favor!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 21 de junho de 2015. 

Religião, perdão e mudanças: procede ou confunde?

Religião, perdão e mudanças: procede ou confunde?

Venho relatar aqui o que não tive tempo para fazer antes. Estive na quinta-feira última (18/06) no Centro de Ressocialização de Sorriso (presidio municipal) junto com um orientando de trabalho de conclusão de curso, a temida monografia.
O acadêmico anotava as respostas ao questionário que elaboramos e eu dialogava com os detentos que, ao que vi, foram “estrategicamente” escolhidos pelo educado diretor da instituição que, em ato digno, cedeu-nos sua sala particular, com ar condicionado (enfim, vez que a da OAB é lamentável), para realizarmos a tarefa. Ouvimos 5 detentos, sendo 3 condenados por trafico e dois presos preventivos.
Dentre tudo, além obviamente, de verificar que 4 deles estavam lá pelo artigo 33 da 11.343/06 vulgo “lei de entorpecentes”, todos eles demonstraram-se, no momento, tementes a Deus. Dois se tornaram pastores evangélicos, alegando que ao sair de lá não querem reincidir pelo encontro que tiveram com “Jesus” e porque o presidio e a restrição de liberdade são ruins (o que é lógico).
Eu sempre digo e morrerei dizendo que religião não faz homens bens, mas obedientes. Moral e ética (famosa “ética da reciprocidade”) independem de credo, mas não posso negar que em mim abriu uma inocente esperança: será que, com a ausência do freio moral de tais seres que passaram a ter o “freio religioso”, teoricamente em si, eles não poderão efetivamente agir melhor no mundo?
E, repito, não um “agir melhor” por moralidade e bondade, mas por obediência e o tal do “temer a Deus”? Sinceramente, acho que, para tais indivíduos, quiçá a religião venha a ajudar-lhes a agir melhor.
É uma esperança, se a religião freia os erros dos homens que moralmente não conseguem agir bem, isso seria um “bem”, não irei negar. Só espero que consigam, embora eu tenha conceitos particulares a respeito da criação (surgimento)  do mundo e do homem, de um “criador” e da “vida após a morte” nada pode ser tão “inútil” ou tolo que para nada sirva, inclusive a crença e a “inexplicabilidade lógico-racional” que lhe acompanha.
Enfim, eu tenho esperança, mas daí me lembro que a religião diz que Cristo tudo perdoa e já fico confusa novamente, afinal, se perdoa e eles errarem de novo com o outro ser humano, ganharam o céu da mesma forma, daí meu pensamento lasca e eu me confundo de novo!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 20 de junho de 2015. 

Não se fazem...

Não se fazem...

Eis que vivemos num mundo em que, o que de mais difícil que existe, é ser diferente, quebrar paradigmas, querer mais do que se habitou a ser parco. Os homens desaprenderam o romantismo, as mulheres esqueceram-se de se amar!
E não, não falo em liberdade sexual! Sexo é sexo, conquista é conquista e ambos deveriam ser diários, porque se interligam e são interdependentes. Você conquista e cativa a admiração e a alma, o resto é só corpo e só isso não faz nascer apego em quem aprecia a si mesmo!
A vida está carecendo do bom diálogo, boas poesias, rosas, olhares para a lua, pegadas de mão, beijos e admiração mútua! No mundo atual quem não recebe atenção galanteia e quem recebe não sabe como agir! Tempos modernos, pessoas se aproximando virtualmente e se distanciando no mundo real e tudo da forma mais insossa possível!
Ando numa fase de “saudade do que ainda não vi” como dizia a musica. Filmes, música e homens com “h” maiúsculo não se fazem mais, estamos vivendo uma época carente de romantismo, de gestos doces, de galanteio.
Rosas só são enviadas em datas comemorativas, o sujeito se aproxima virtualmente da mulher e vai logo perguntando se ela “mora sozinha”, se “gosta de beijar” e idiotices do tipo. Poesia, elogios de fundamento? Não se vê por aí.
É tudo no tal do “quero sexo” e havendo sexo, não há mais conquista. Há uma grande generalização por parte dos homens quanto a conduta feminina, como se nenhuma mulher merecesse algo além do vulgar dos homens.
Fato é que muitas mulheres não querem um homem romântico, não dão a mínima para a tal da conquista e etc.. Mas existem as que dão, assim como existe homem que também é romântico em algum lugar deste vasto mundo, o problema maior é que está tão raro o discernimento das pessoas que ambos correm o risco de morrerem sós!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 20 de junho de 2016. 

Pequena crônica do meu grande repudio ao machismo feminino.

Pequena crônica do meu grande repudio ao machismo feminino.

Eu ouço algumas coisas e penso: "Não eu não posso descer a tal baixeza intelectual. Eu devo, eu posso e eu consigo me manter calada!". E, acredite, muitas vezes eu consigo, mas não deixo de pensar, de refletir e de indagar: "O que leva este ser a tal tacanhez de espírito? A tal pobreza intelectual? A tal mentalidade favorável ao "patriarcado"?".
Eu sempre disse que o machismo masculino não me avilta, não me indigna, ah, mas o machismo feminino me anoja! Essas mulheres não pensam? Ou será que elas precisam menosprezar os atos e o intelecto das outras para "parecerem" aos "seus" homens melhores e mais "raras"?
Toda vez que ouço uma mente imatura elogiar a uma mente arrogante e, igualmente, sem intelecto, eu percebo que os idiotas tem poder! Eles se identificam e se "amam", é algo anímico! Um idiota mais outro idiota=dois idiotas mutuamente fãs um do outro!
Que lindo né?! Dois "abestados" repetindo "fórmulas" bestas sem se aprofundar em nada e mantendo o machismo que faz com que os homens se unam e as mulheres nutram desprezo e desconfiança uma da outra!
"Aiii Dra. mulheres podem ser bandidas com os homens!". Ah, vá! Claro que sim! Ou será que com mais de uma década de advocacia e o triplo de vida eu não conheço a vileza humana? Vileza está que não depende de gênero para existir! Pois em qualquer gênero existirão pessoas sacanas!
Mas você já ouviu os homens dizendo que os "demais" podem ser mentirosos e sacanas? "Bandidos" com as mulheres? Não né!? Sabe por que? União e racionalidade! Tudo o que falta entre algumas mulheres que, machistas que são, se sentem melhor "queimando" a imagem das outras!
Algo que os homens nunca fazem! Mulheres machistas são a escória da escória da humanidade! Lamentável! Já desconfiei que elas ganham algo para defender o machismo, mas não ganham! A bestialidade é, lamentavelmente, gratuita!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 20 de junho de 2016. 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Os azedos e seus súditos.

Os azedos e seus súditos.

Toda vez que leio alguma reclamação idiota ou postagem imersa em “azedume” no facebook eu lamento pela idiotice da pessoa que postou. Mas, de repente eu me rejubilo por ela: apesar de amarga, tosca e mal humorada a pessoa ganha “curtidas” e comentários “abonatórios”!
Ou seja, os idiotas nunca estão sozinhos! Não será pela solidão que eles deixarão de ser imbecis. É muita gente, igualmente tosca, pagando pau pra pessoa mal humorada cujo melhor talento que possui é o do descontentamento manifestado em redes sociais.
A criatura vive num ambiente que, teoricamente, escolheu para viver, convive com pessoas que, deduz-se, escolheu conviver, faz o que, presume-se, queria fazer e, no entanto, o que ela faz? Reclama de tudo aquilo que, direta ou indiretamente, ela permite.
E, além de ter uma legião de fãs idiotas, começa a semana reclamando do que se permitiu vivenciar no final de semana. Estranho né?! Não é mais fácil mudar de tática, de lugar, de cidade ou até de mundo ao invés de destilar amargor por aí?
Ah, eu acho que é mais fácil sim, mas, também, como a pessoa tem seus fãs, igualmente amargos, toscos e idiotas, ela segue a vida achando que é o “máximo”, que é esperta, inteligente e bem quista, afinal e infelizmente, ela não está “só” no mundo! Que tristeza, né?!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 17 de junho de 2015.