Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ilhada

Ilhada 

Ando afetivamente "ilhada". Não me dou a conhecer a ninguém, não porque eu não queira, mas porque a vida não me apresenta ninguém "conhecível". É, não ando numa fase interessante. 
Homens comprometidos me abordam como se eu fosse a solução para os seus problemas, me sinto como uma fonte catalisadora de galanteios infundados e insossos. 
Coisas sem fundamento! Penso que são provações, penso que depois delas virá um mar de coisas boas a me arrebatar o coração, mas no fundo nem me importo mais. 
 Deixei de me importar, de tanto ficar só, tornar-me uma ilha já nem se tornou má ideia. Tenho arraigado em mim o hábito de acostumar-me com o que a vida me apresenta e, quer saber!? Está bom assim. Ninguém agrega, mas ninguém importuna. Tô em paz! 
Estar sozinha e ser solitária ou carente são coisas muito diferentes! Eu estou sozinha há longa data, mas não sou solitária, não me sinto abandonada, carente de afeto, não preciso de um ombro, de uma companhia na cama ou fora dela. Pelo contrário, sinto em mim certa autossuficiência afetiva. 
Não preciso de pessoa alguma e o “não precisar”, não depender me faz forte, me faz altiva, me faz bem. Ser independente emocionalmente de alguém me faz afetivamente forte. Sinto-me saudável e só sairei deste “time” se valer muito a pena. 
Eu mereço muito mais do que o que a vida vem me apresentado, muito, mas muito mais do que galanteios infundados, do que elogios de pessoas que creem que balançam algo em mim. Mas não balançam nada! Tento fazer-me de “tocável”, mas sinto-me intocável por certas pessoas, em certas situações. 
Disse o capitão Rodrigo Cambará: “ainda não inventaram a bala que há de me matar”, pois eu digo que ainda não apareceu o homem que há de me conquistar e me encantar. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 21 de novembro de 2013.

Sinais

Sinais 

O maior sinal da infelicidade e frustração do ser humano é quando, sozinho, ele se pega pensando no passado e, em público, tenta desmerecer quem esteve ao seu lado e tudo que viveu. 
Já dizia minha mãe: "Quem desdenha, quer comprar." Quem vive tentando malbaratar ao outro, seu jeito, seus atos e tudo o mais é porque no fundo gosta, é porque no fundo ama! 
Outro fato: apenas imaturos e despreparados se que queixam, seguem suas vidas blasfemando e reclamando dos outros. Gente madura assume a culpa, muda de tática, muda de vida e resolve o problema! 
Gente madura não se queixa, porque sabe que reclamar do que esta vivendo é reclamar de si mesmo: todos colhem o que plantam, ninguém tem culpa pelo que a gente vive, apenas nós mesmos. 
Os nossos problemas de hoje são resultados de nossas escolhas de ontem. Logo, porque blasfemar, porque reclamar, porque buscar bodes expiatórios? Pessoas maduras e psiquicamente sãs se calam, mudam de tática e buscam mudar seus atos para resolver seus problemas. 
Se é simples? Com certeza não, mas é a única forma de mudar de vida e de não ter, no futuro, os mesmos problemas do presente. Da mesma forma, assumir para si mesmo e para quem lhe cerca os sentimentos que se tem por quem já esteve em sua vida, sem negações, sem mentiras, sem ofender para se enaltecer. Sem ser baixo, enfim. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 21 de novembro de 2013.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Desfaz

Desfaz 

Algo em mim mudou muito. Em poucos meses os trinta e poucos anos desabaram sobre mim como um arranha-céu sobre minha alma. Ando zen, ando ponderada, ando comedida. 
Eu que sempre fui do copo cheio, do exagero, do demais, nunca do meio termo, do razoável, sempre ando puxando para o menos. Até o batom que costumava ser vermelho anda cor de boca. 
A pele que costumava ser pálida anda morena, mas o filtro solar continua em tudo, mas maquiagem não existe mais. Não passo mais blush e minhas bochechas não estão mais rosadas. 
Estou moderada em tudo. Não bebo demais, não sinto vontade de fugir da realidade ou de encontrar algo supra-humano em algum mundo paralelo, em algum lugar inatingível que, quem sabe em um estado misero de consciência eu pudesse alcançar. 
Desisti da metafisica, desisti do sobrenatural, encontrei dentro de mim a paz que procurava, mas ainda assim deixei certa agitação de lado, guardada a parte. Eu sinto paixão e dela não me desfaço. Eu não consigo, mas depois que me tornei quem sou ninguém mais precisa mudar: eu desisto das pessoas, fico com elas ou as amo a distância, pois as guardo em algum lugar especial em meu (grande) coração. 
Falta a quem doar alguns sentimentos, mas eu estou zen. Não procuro, não saio, não busco, criei o meu mundo, onde eu reino e consigo ser feliz mesmo com minhas indagações, mesmo que eu nem consiga definir quem eu sou nesta vida. 
Sim, eu não sei quem sou, não sei exatamente o que quero, sei, apenas o que não desejo, sei apenas o que gosto e o que não gosto. Não tenho uma cartilha com regras e dicas a meu respeito, sei que a vida me faz e me desfaz, apenas isso. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de novembro de 2013.


Mude de vida!

Mude de vida! 

Apenas crianças rejeitam alimentos sem experimentar antes. Pessoas maduras tem gana de vida! Querem conhecer novos sabores, novas pessoas, sem implicar-se com quem e com o quê ainda não conhecem, no entanto sempre existem invejosos reprimidos que irão julgar-lhe sem conhecer sua história, seus problemas, sua vida. 
Sempre existirão pessoas que irão achar que você esta agindo errado, que você esta feio, magro demais ou gordo, existirá quem diga que você esta se vestindo deselegantemente ou que se arruma demais, vão dizer que você está desleixado ou entregue a vaidade demasiada. 
As pessoas sempre irão falar, você nunca estará a altura do que os outros querem mesmo que você dê o seu melhor e aja dentro de um rigor perfeccionista. Aos outros você nunca irá agradar. Cristo não agradou, não será você quem irá fazer o contrário. Portanto, resigne-se, viva de acordo com a sua consciência, não faça mal a ninguém, mas também não se importe demais com o que os outros pensam. 
Viva a sua vida, você esta vivo para isso, os outros e o resto são apenas restos, você não depende deles para viver e se depende, bem, se você depende, ah, meu amigo, então você esta vivendo de forma errada! Cuide-se e, por favor, mude de vida! 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 19 de novembro de 2013.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Verdade

Verdade 

Não espere que a vida lhe traga amigos melhores ou namorados melhores do que os que você já teve. As pessoas são diferentes umas das outras e é isso que a vida vai lhe trazer: pessoas com outras virtudes, mas com outros defeitos também. 
 Quem compara não supera nada, aliás, quem ainda faz comparações não está preparado para o novo, ainda não superou o “velho”, o seu ontem. Enfim, o primeiro sinal de amor mal curado é quando você conhece alguém e se pega comparando com quem passou. 
 Mais, de regra quem não curou bem um amor não só compara, mas encontra no amor pretérito maior identificação, maiores semelhanças, maior alegria, maior prazer na companhia e, consequentemente, atrai a saudade para o seu lado e certa dose de dor. 
Então eu venho dizer: você não cura um resfriado com outro, certo? Nem um amor com outro. Amores de verdade se curam com o tempo. Com pessoas você só se ilude. Brinca de amar uma, brinca de amar outra e acaba sem nenhuma. Um amor não cura o outro, a menos que você nunca tenha amado. 
Quem diz que um amor vai “curando” o outro gosta de fazer os outros de tolos ou de se iludir, de se enganar, de acreditar que qualquer sexo razoável, que qualquer companhia “mais ou menos” supre a falta de um amor de verdade. E não supre. 
Um amor verdadeiro pode ter deixado uma marca indelével na nossa alma, mas não é substituível por qualquer companhia, por qualquer pessoa, não por menos é na solidão que, não raras vezes, melhor nos abrigamos. 
Mas ninguém consegue ser feliz sozinho? Isso é mito. Quem já foi muito feliz acompanhado não se contenta com o razoável, com o que alegra, mas não faz pleno, não preenche todos os espaços da nossa alma e consegue sim, ser muito contente com os anseios de sua mente cheia de desejos sem ter que dividir espaço com qualquer companhia. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 15 de novembro de 2013.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ossos do ofício

Ossos do ofício 

É preciso humanidade para lidar com pessoas. Lógico, você deve estar afirmando. Sim, é lógico, mas não é uma regra, ao menos não uma regra obedecida. 
Existem muitas pessoas brutas, estupidas e grosseiras atendendo pacientes e clientes por ai. Pessoas que não valem o salário que ganham e que deveriam estar dando ração a porcos e não atendimento a seres humanos. E ainda assim, ah, pobre porcos! 
Seres humanos e animais merecem ser bem tratados, merecem sorrisos cordiais, compaixão e afeto. Se você é incapaz de sentir isso, reveja as suas metas e a sua vocação. 
O mesmo serve se você só consegue sorrir e ser atencioso com quem tem dinheiro: gente simples merece a mesma consideração e o mesmo respeito dos demais, porque no momento de reclamar da sua boa ou má forma de agir ambos, o rico e o pobre, terão a mesma opinião, da mesma forma que eles irão para sete palmos do chão depois de mortos. 
Assim como você. Você não precisa ser simpático com quem não gosta?! Isso só serve para a sua conduta na vida pessoal, na vida profissional, se você lida com pessoas, aprenda a ser simpático com quem simpatiza e com quem antipatiza. Já ouviu falar em “ossos do ofício”? Pois é, são estes. Agora, coloque um sorriso no rosto, tente ser bondoso, deixe seu humor azedo de lado e vá atender bem quem precisa de você. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 12 de novembro de 2013.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Diferente

Diferente 

 E um dia eu disse a alguém: "Eu nunca vou amar alguém como o amei" e esta pessoa disse: "Nunca, mas vai amar. De forma diferente e diferente também vale". Então eu vivo a espera do diferente. Longa espera. Cansativa espera. 
Quando se trata de amor não é fácil o tal “encontro”. Mente ou é demasiado leviano quem "ama" demais na vida, quem sai de um amor e entra em outro. Amores verdadeiros são raros, eu vivi um. Há anos atrás. O resto foram paixões ou paixonites ilusórias que começaram e terminaram de forma fulminante com decepções pequenas ou homéricas. 
Mas a vida segue e nessa sua doce cadencia a esperança vive e quando ela fraqueja restam doces lembranças. Se Raul Seixas dizia que “ninguém neste mundo é feliz tendo amado uma vez”, eu digo que ninguém neste mundo é feliz sem ter amado uma vez. 
É claro que o amor deixa na alma da gente uma marca que não tínhamos antes de sofrermos por ele, mas ele também nos deixa uma doçura que desconhecíamos antes de conhecê-lo. 
 Só quem já amou compreende quem ama e as dores do amor e, benzadeus! Como as pessoas sofrem por amor nesta vida! Portanto, por que não dizer: só quem já amou tem mais empatia com os amantes. 
 Nunca tudo estará perdido, assim como nunca tudo estará ganho. Você perde um amor, ganha a esperança de amar novamente, de amar diferente, entedia-se na espera de um novo amor, mas consola-se com boas lembranças se acaso o novo não encontrar. Triste mesmo é nunca ter amado e não ter do que recordar. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 08 de novembro de 2013.

Poço de mistérios

Poço de mistérios 

Quando eu passei a desejar o bem a quem não me queria bem, quando eu passei a compreender que eu podia amar a distancia e aceitar o meu passado sem me arrepender ou sentir raiva do que fiz, senti ou sofri eu me tornei a mulher que sempre quis ser, então eu percebi que valeu a pena ter vivido tudo o que vivi. 
Quando eu passei a não cobrar perfeição de quem me cerca, tampouco de mim mesma eu comecei a ser feliz, comecei a me entender, embora com certa dificuldade, afinal eu tenho dificuldades para lidar com o imperfeito, isso é da minha natureza. 
Eu fujo de imperfeiçoes e por isso deixei para trás o que mais me fazia feliz. É difícil lidar com o imperfeito. Ou melhor, é demasiado difícil para a minha humilde pessoa lidar com o imperfeito. 
Filha única, fui feita para lidar com o perfeito, fui feita para ser perfeita, mas não sou, todavia, por isso, passei a ser rígida demais com quem me cerca, inclusive com quem mais amei no mundo. 
Certo dia, passei a analisar o que fiz com quem amei e conclui que eu tentei emoldurar as pessoas ao que eu queria que elas fossem até que eu as transformei num misto do que elas não eram com o que, também não era o que eu queria que elas fossem. 
Eu criei anomalias e fiz pessoas maravilhosas deixarem de ser elas mesmas e, consequentemente, deixarem de ser quem eram quando eu me apaixonei por elas. Se elas mudaram para melhor? Sim, talvez, mas perderam-se um pouco de si mesmas em prol de alguém que exigiu demais delas. Reconheço meus erros. Aliás, eu errei muito mais do que posso admitir em qualquer crônica, mas também fui vitima de abusos que não confesso em nenhum escrito. Não conto publicamente inúmeras coisas que me ocorreram. Sou um poço de mistérios que a poucos cabe desvelar. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 08 de novembro de 2013.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Antipatia seletiva II

Antipatia seletiva II 

Eu não sou mais a jovem que distribui sorrisos gratuitamente para o mundo. Na realidade, eu nem sou mais jovem. Então se eu sorrio para você e lhe trato afetuosamente, valorize. 
Afinal, se o faço é porque eu vou com a sua cara, é porque simpatizo e até gosto de você, do contrário eu não seria "querida", pois passei da fase de ser simpática com todo mundo sem ter uma razão para sê-lo. 
Hoje em dia eu sou seletivamente antipática, portanto, se você tem minha simpatia, aproveite, ou não, pois da mesma forma com que sou adoravelmente sociável posso deixar de sê-lo, quem sai perdendo com isso, ensinou-me a vida, quase nunca sou eu, afinal, só convém ser afável com quem é afável comigo. 
Logo, se você perder a minha doçura estará perdendo uma amiga leal e confiável, uma pessoa capaz de tirar a roupa para cobrir-lhe e que, enfim, pode fazer de tudo para ajudar-lhe quando crer que você precisa. Eu sei, portanto, o que você estará perdendo, você não. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 05 de novembro de 2013.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Regras de ouro

Regras de ouro 

Você não precisa se desculpar apenas quando erra ou quando tem consciência de que errou, peça perdão quando, mesmo sem querer, você magoa ou ofende alguém. Esta é uma das regras de ouro da boa convivência! 
Os seus juízos de valor acerca de quem tem ou deixa de ter razão numa discussão não amenizam a dor do outro pelo que você fez, deixou de fazer, falou ou deixou de falar. 
Portanto, aprenda a pedir desculpas, tal ato pode não repercutir tão bem na sua alma quanto repercutirá no bem estar do outro e de seu relacionamento com ele. Pense nisso. 
 Se amar, conviver em harmonia e tranquilamente é importante para você, cedo ou tarde você terá que aprender a desculpar-se mesmo quando achar o pedido de desculpas algo extremamente desnecessário. 
Outra das regras que valorizo muitíssimo é a do respeito! Você não é obrigado a gostar do que o outro gosta, a curtir o que ele curte, a admirar o que ele admira, basta que você respeite, aceite e, portanto, não critique. 
Não manifeste suas opiniões contrárias ao gosto do outro quando ele não lhe solicita, deixe o outro gostar do que gosta, admirar o que lhe convém. Respeito é bom e todo mundo gosta. Simples assim. Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 04 de novembro de 2013.

Vida breve

Vida breve 

A vida é muito curta para você passar seus momentos com quem não lhe faz feliz! A vida é muito curta para você viver de dieta, nunca comer chocolate, macarrão, doces ou tomar cerveja ou um bom vinho. 
A vida é curta demais para abrir mão de uma boa pizza e de uma picanha gorda, afinal permitir-se a prazeres eventualmente dá mais graça a seus dias. A vida nada mais é do que uma sequencia de dias, se você não gosta de rotina, lamento, mas você tenderá a ser um entediado infeliz na maior parte do tempo.  A vida é breve demais para desperdiçarmos nosso tempo perto de gente que só reclama da vida ao invés de calar a boca, fazer mea culpa, tocar a vida adiante e fazer algo para mudá-la substituindo os resmungos por sorrisos! Gente bem resolvida tem a pele mais bonita e faz bem pra nossa cútis também. 
Viver bem é saber fazer de sua rotina algo divertido, é dar a seus dias um toque de final de semana e isso implica em se conceder pequenos prazeres. Seja visitar a melhor amiga no meio da tarde, comer um churrasco na segunda à noite, tomar champanhe na quarta-feira, enfim, ou você enfeita ou seus dias ou terminará por se entediar. 
Priorize seu bem estar, escolha bem suas companhias, priorize estar ao lado de quem lhe ama e, dos outros, queira apenas respeito, não imponha a sua presença e nem aceite que eles imponham a deles. Uma boa dose de respeito mútuo com quem você não nutre grande admiração já esta de ótimo tamanho. 
Ame quem lhe ama, curta quem curte a sua presença, aproveite a companhia de quem escolhe estar ao seu lado e tem nele um dos melhores lugares do mundo, afinal a vida é muito breve para conviver com gente que não tenha sentimentos recíprocos em relação aos seus. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 02 de novembro de 2013.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Atributos

Atributos 

Beleza sem postura, elegância sem inteligência, inteligência sem humildade e graciosidade sem sabedoria não servem para nada. Beleza sozinha não significa nada. 
Ver uma pessoa bela sem que ela tenha conteúdo ou uma postura interessante é como ver um quadro: ele pode ser esteticamente atraente, mas não fala, não encanta, porque não age, é bonito de olhar, mas não conquista. 
Contudo, sabe-se que o que se espera de uma obra de arte e de um ser humano são coisas diferentes logo, por mais que se tente, a comparação do ser humano com o quadro não sai completamente perfeita, mas dá uma breve noção do que pretendo dizer: a beleza da pessoa sem postura é morta, é inanimada, enfim. 
Da mesma forma o encanto das pessoas elegantes e tolas. De nada adianta ser elegante e ser burra, a inteligência ainda é o maior afrodisíaco que existe, todavia, inteligência sem humildade é insossa, é sem graça, se torna orgulho e, cá entre nós, pessoas orgulhosas são muito chatas! 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 1º de novembro de 2013.

Desejo esquecer

Desejo esquecer 

Incrível como a vida da gente pode mudar em tão pouco tempo, incrível como em meses ou dias as coisas podem virar de cabeça para baixo no melhor sentido possível do termo! 
 É magnífico como as coisas podem evoluir, como o desânimo pode ceder espaço a alegria, ao ânimo, como a tristeza pode dar lugar a realização, a alegria, a plenitude. 
 Todavia, nada muda, nem ocorre em vão, por trás de cada mudança ao nosso redor e na nossa vida sempre existem importantes mudanças em nosso interior. Mudanças imprescindíveis, diga-se de passagem. 
A minha vida passa numa velocidade incrível, de repente o que era bom num instante deixa de ser noutro e, nestes desencontros em que ajo destemida, o meu passado recente ou "antigo" se divide entre coisas das quais não me lembro mais e coisas que desejo, profundamente, me esquecer! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 1º de novembro de 2013.