Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

No seu mundo

No seu mundo 

De repente surge alguém e faz nosso dia ter mais graça, mais cor, mais ânimo, mais alegria! Não será alguém perfeito ou com a vida perfeita, mas só o tempo poderá lhe dizer se não será alguém perfeito para você! Quem sabe do futuro, afinal? Ninguém! 
Mas só os sábios sabem bem viver, para verem o que lhes espera no amanhã. Só os sábios se aventuram a descobrir quem é a pessoa que lhe desperta o interesse, justamente por saberem que, naturalmente, eles não se interessam por qualquer ser humano. 
Valorize as pessoas que dão cor a sua vida, que a tornam mais leve, mais alegre, mais cheia de amor, de afeto e de carinho, valorize quem torna a sequencia de dias, que chamamos de vida, algo prazeroso de ser bem vivido e não, meramente, empurrado com a barriga. 
Não existem muitas pessoas que você achará especial neste mundo, na verdade, não existem muitas pessoas especiais. A maioria tornou-se parecida, a maioria age sem pensar e pensa pouco a respeito da vida, de relacionamentos, de tudo! 
Poucos são os homens que têm assunto, que não são meramente vulgares. Logo, dê o devido valor a quem é especial, a quem gosta de você, a quem quer fazê-lo feliz. Valorize quem valoriza você, pois esta será, com certeza, a pessoa mais especial no seu mundo! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 29 de agosto de 2013.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Inconstância

Inconstância 

A vida funciona como nossos batimentos cardíacos: a linha só fica reta quando termina. Existem dias bons, dias maravilhosos, dias razoáveis e dias ruins. Nunca um dia será exatamente igual ao outro. 
E nessa inconstância constante a gente cria a nossa rotina, estabelece os nossos limites que, às vezes, são usurpados. E quando isso ocorre o nosso dia fica ruim. 
O copo da nossa paciência transborda, então a gente fica indignado por algum motivo, a gente fica sem compreender o que acontece, porque as pessoas são estupidas, porque as pessoas agem da forma com que agem sem fazer mea culpa, sem analisar seus atos e suas palavras. 
É fácil sentir-se vitima até daquilo que não se é, difícil é assumir a responsabilidade pelos efeitos de seus atos, pelos problemas criados. Então tem dias que a gente esta exausta, esta esfarrapada, esta muito, muito cansada. 
Dias em que a gente quer um ombro para chorar, uma mão para nos guiar e uma voz suave a nos dizer que tudo vai melhorar, que tudo vai passar. Mesmo que elas não passem, ou melhor, mesmo que elas se repitam. 
As pessoas tendem a repetir atitudes e quem lhe magoa uma vez por ser estupido magoará novamente. As pessoas não mudam. Ou você que se sente incomodado e se retira do ambiente ou você sofre. Sofre inúmeras vezes até aprender que não adianta tentar, que não importa o quanto você se importe, alguns indivíduos jamais se importam. 
Mas e daí se o dia hoje foi ruim? Quem sabe amanha não seja melhor, quem sabe amanha você não conheça uma pessoa especial, culta, amável e doce, quem sabe amanha você não troca as lágrimas pelo sorriso, a tristeza pela alegria? Bem, só vivendo para saber, afinal, amanha é outro dia e com ele nascem milhares de oportunidades. 
Você pensa que a sua dor é imensa, você pensa que esta angústia nunca vai passar, você pensa que a sua vida não tem mais sentido ou, então, você pensa que tudo esta demasiado perfeito, que tudo esta de acordo com os seus sonhos, todavia, nem a maior tristeza, nem a mais profunda alegria são infindáveis. 
Tudo passa, tudo sempre, passará! A vida é inconstante, mas você pode construir uma bela história desde que tenha garra, fé, paciência (muita paciência) e determinação para superar os obstáculos que aparecerão em seu caminho! Você não pode mudar o que já passou, mas pode construir um futuro com mais acertos, com mais paz e tranquilidade! 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 27 de agosto de 2013.

Sinceridade?

Sinceridade? 

Sabe por que “todo mundo quer sinceridade, mas nem todo mundo aguenta ouvir a verdade”? Porque verdade e sinceridade não são sinônimas, porque quando falamos em sinceridade nos referimos a sentimentos, não a pensamentos ou opiniões. 
As pessoas confundem isso. Verdade é apenas o que você pensa a respeito da vida, das situações e dos outros, as suas “verdades” são as suas opiniões e, lamento dizer, mas elas são “só” as suas opiniões, não significa que encontrarão eco no pensar alheio. 
As pessoas querem que você diga que as ama quando realmente ama, diga que as admira, quando admira de verdade, elogie-as com sinceridade. Enfim, o ser humano não quer ser enganado afetivamente, não quer ser vitima de estelionato afetivo, os homens querem sinceridade quando falam de sentimentos, afinal ninguém quer ser iludido. 
Agora, achar que você deve falar tudo o que pensa sobre o outro e que isso lhe torna uma pessoa sincera é um ledo engano, uma besteira inominável e lhe torna uma pessoa estupida e grosseira, não uma pessoa sincera. 
Se a linha que afasta os que falam as suas verdades dos que são sinceros é tênue? Talvez, mas eu acho que não. Sei diferenciar muito bem uma pessoa sincera de uma pessoa egocêntrica que acha que deve falar tudo o que pensa como se seus pensamentos fossem verdades indeléveis, desrespeitando as “verdades” do outro. Enfim, a verdade é que ninguém é obrigado a ouvir a "verdade" alheia!
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 27 de agosto de 2013.

Cada um por si.

Cada um por si. 

Nada se compara ao prazer de sentir-se bem na própria pele, de sentir-se bem com a vida que se escolheu levar. A alegria é o melhor analgésico do mundo e serve para as dores emocionais e físicas! 
Se você não se sente alegre, não se sente contente, analise o que lhe deixa assim, analise o que lhe incomoda, o que lhe tira o sossego e tente, de todas as formas, afastar-se disso, tente mudar a sua vida. 
Ninguém pode ser tão dependente de alguém ou de alguma situação que não consiga afastar-se dela, em especial se ela não lhe faz feliz, não lhe faz sorrir, nem lhe agrega mais nada de bom. 
Obviamente, o bom seria que a nossa felicidade fosse sincronizada com a de quem amamos, bom seria que casamentos não terminassem, porque os filhos irão sofrer, que relações de emprego não findassem quando o funcionário é dedicado e o chefe respeitoso. Mas findam. 
O ser humano não manda no próprio coração e pode sentir-se descontente mesmo quando as pessoas ao seu redor estejam contentes. Se é difícil buscar a própria felicidade, enquanto quem nos cerca sofre? Claro que é. 
Todavia a vida não é nem nunca será fácil. Viver bem e ser feliz são méritos dos destemidos, dos corajosos, daqueles que tentam de tudo em prol do respeito ao próximo, mas não olvidam de si mesmos e de seus sentimentos. 
Daqueles que não desistem quando precisam escolher a si mesmos em detrimento do outro, afinal, a felicidade é uma responsabilidade que cabe ao homem, sozinho e no pleno sentido de sua individualidade, perscrutar. Cada um por si, enfim. 
Aliás, se o outro nos ama, cedo ou tarde, ele vai compreender as nossas decisões, a maturidade chegará e tudo virá a se esclarecer. Quem lhe ama quer ver você feliz, ainda que longe dele, o resto não é amor, é egoísmo, é engodo. 
Logo, quem lhe cerca, se lhe amar, vai respeitar as suas decisões, o caminho que você optou trilhar, as suas ideias, os seus sonhos, a sua busca, ainda que isso lhe cause sofrimento. Quem lhe ama vai tentar lhe compreender, mesmo que não consiga, necessariamente, lhe apoiar. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 27 de agosto de 2013.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Doces e azedos

Doces e azedos 

Vivemos num mundo em que existem pessoas doces como um bom chocolate e algumas azedas e amargas como os limões, pessoas que só se tornam suportáveis se acrescentarmos vodca, açúcar e gelo, assim o efeito do álcool ameniza sua chatice, sua brabeza imotivada, seu humor volúvel.
Eu escolho ficar perto de pessoas contentes, de pessoas humoradas, de quem leva a sua cara fechada para um consultório médico e não para outros locais, onde ninguém é obrigado a suportar o seu mau humor. 
É, realmente, se tem algo que eu não tolero é gente azeda! Colocar um sorriso na face não vai resolver problema algum, mas com certeza, fechar a cara, ser estupido ou grosseiro também não vai. 
Sorrir traz energias positivas, sorrir emana bons sentimentos e atrai outros melhores ainda! Saber guardar os seus problemas para si sem contaminar o ambiente de trabalho ou o de lazer com seu mau humor é um indicio de sabedoria. 
Ninguém, que não seja quem lhe causou aborrecimento, merece tolerar seu azedume, seu mau humor. Ah, você não gosta de algum colega? Mude de emprego, afinal, desde sempre são os incomodados quem devem se retirar. Simples assim. Até a pessoa mais azeda do mundo deve fazer o que for necessário para se sentir bem, desde que, obviamente, respeite ao próximo, logo, mudar de residência, de emprego, de cidade, enfim, é um favor que a pessoa faz a si mesma. E a quem convive com ela. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 26 de agosto de 2013.

Não é coisa da sua cabeça

Não é coisa da sua cabeça 

“Quando você estiver caminhando pelas ruas da sua cidade, circulando pelos corredores da empresa onde trabalha, sentando à mesa de um restaurante ou em uma festa de família, experimente observar as pessoas ao seu redor. Você seria capaz de imaginar que uma em cada cinco dessas pessoas está sofrendo, neste momento, ou sofreu, no ultimo ano, de um transtorno mental? E mais? Poderia supor que, ao longo da vida, uma em cada três terá um problema deste tipo? Pois sim.” 
O trecho acima é da obra “Não é coisa da sua cabeça” da jornalista Naiara Magalhães e do administrador de empresas José Alberto de Camargo. A obra desmistifica muitos dos assuntos que envolvem os transtornos mentais mais comuns. 
Comecei a ler recentemente e achei muito útil, em especial porque o livro não tenta, unicamente, através da equipe médica que auxiliou aos autores, definir as doenças psíquicas corriqueiras, mas a tornar os seus “meandros” algo mais simples de ser compreendido. 
Concluo, infelizmente, que conheço inúmeras pessoas com carência de amor próprio e com uma ferrenha mania de perseguição, pessoas que, independente de fazerem mea culpa, ofendem-se com qualquer coisa que, falsamente, imaginam serem dirigidas a elas. 
Egocentrismo? Narcisismo? Psicose? Depressão? Bipolaridade? Não sei e nem quero enquadrar ninguém, até porque não sou médica, mas o que tem de gente problemática vestindo “roupinha” de “sou feliz” não é pouco! 
Eu já tive meus maus momentos, quem me conhece sabe, todavia, ao menos, nunca tentei me fazer de algo melhor ou mais contente do que eu era e, sinceramente, afirmo que a espontaneidade ajuda muito! 
Ruim mesmo é conviver num mundo cheio de gente com problemas e imersa em hipocrisia. Isso é triste, muito triste! Deixo a dica de leitura, que traz dados sobre o número de beneficiários de auxílio-doença por problemas mentais na atualidade, inclusive. Bastante interessante a obra! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 26 de agosto de 2013.

Vã ilusão!

Vã ilusão! 

 E agora me perguntam se eu não fico triste por não estar rica tantos anos depois de formada e com o bendito exame da OAB em “ordem”. Pois, não estou nem uma coisa, nem outra. 
 Faltou-me esperteza para enriquecer a custa de ser uma advogada culta, faltou-me sabedoria para saber que diferença cultural valia muito neste País e, principalmente, faltou-me vontade de iludir pessoas de conhecimentos parcos com os meus conhecimentos jurídicos. 
 Se eu fui tola? Claro que fui. Deixei muitas pessoas bem à custa da minha ilusão acerca da “honestidade” humana e hoje estou onde estou. Se me arrependo? Talvez, mas, certamente, seria muito pior enganar pessoas inocentes do que não lucrar à custa delas. 
Durmo com minha consciência tranquila e não preciso orar a Deus para pedir perdão por ter mentido ou enganado quem teve menos privilégios educacionais, acadêmicos e culturais do que eu. 
Dinheiro é bom, poder comprar a bolsa que a gente ama, usar joias caras, andar com um carro chique e bem vestida tem suas benesses, mas, principalmente, surge uma indagação: a custa de que? 
A custa de deixar os bons princípios de lado, a custa de legar ao esquecimento a educação que tive e o bom caráter que predomina em mim? Não, sendo assim, não vale a pena, jamais valerá. 
A gente aprende a viver com pouco, mas acho quase impossível uma pessoa de boa índole viver com a consciência pesada e com o bolso cheio. Dinheiro, conforto e riqueza são atraentes, mas não são “tudo”, muito pelo contrário! É uma vã ilusão pensar de forma diferente. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 25 de agosto de 2013.

Pais

Pais 

Que os pais nunca prometam a seus filhos algo que não poderão cumprir. Que a paternidade seja levada a sério e que, principalmente, os pais compreendam que, para os filhos, independente da idade, um pai sempre será aquele homem que compreende e se adequá a seus anseios bondosos e honrosos. 
Logo, um pai que decepciona o filho deixa de lhe dar o bom exemplo por ele ansiado, então, que, ao menos, os pais tentem se colocar no lugar de seus rebentos e compreender o sentido divino que a palavra paternidade tem implícito em si! 
Ser um bom pai não é apenas prover o sustento do filho, dar-lhe dinheiro, conforto e estudo, ser um bom pai é estar presente na vida de seus filhos, é dar-lhe carinho, afeto e amor até quando eles parecem não precisar de você. Para um filho nada se compara a um abraço de pai, nada pode ser melhor do que ter a presença física de quem lhe deu a vida. 
Todavia, não raras vezes os pais se divorciam das esposas e acabam por divorciarem-se dos filhos também, deixando-os em segundo plano como se eles fossem mera “consequência” de um casamento extinto e como tal, ficam legados ao “esquecimento”. 
Mas não são. Os filhos sempre irão precisar de um abraço do pai, de demonstrações de afeto, porque um casamento pode terminar, mas o vinculo entre um pai e um filho é eterno! Pobres dos filhos cujos pais pensam de forma diversa a esta, coitados dos pais que perdem momentos importantes da vida de seus filhos! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 26 de agosto de 2013.

Resigne-se!

Resigne-se! 

Não importa o que você faça, o quanto você reze, nem quão grande e forte seja a sua fé e a sua esperança na vida. Um dia alguém vai abusar da sua paciência, da sua boa-fé, da sua bondade e a vida não vai parar para que a sua dor termine e suas feridas melhorem. 
A vida não para. O mundo não para. E, para ser franca, nem os seres humanos irão parar de lhe decepcionar, de lhe frustrar. Ocorre que os momentos em que a sua bondade é vilipendiada são fundamentais para definir o seu futuro! 
Você pode lidar bem com isso, você pode se revoltar, você pode ensandecer, mas, um dia, terá que aprender a lição que a vida lhe dá desde que você nasceu, embora não a tenha aprendido antes de sofrer uma decepção maior: as coisas não são sempre do jeito que você gostaria e as pessoas não existem para se adequar as suas boas expectativas. 
Se elas irão “pagar” o mal que lhe fizeram? Não sei, isso só Deus sabe e é ai que surge a segunda e grande lição: o tempo dos Deuses não é o mesmo da sua vontade. Aceite isso, resigne-se, do contrário, procure o psiquiatra mais próximo e se prepare para fazer análise pelo resto da sua vida. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 26 de agosto de 2013.

sábado, 24 de agosto de 2013

Fora de propósito!

Fora de propósito! 

 O ser humano colhe o que planta, se o seu presente não está bom, para e analisa o que você fez ontem. A resposta para a maioria de seus problemas está nos seus próprios atos. 
Ninguém é vítima do acaso, de praga ou de acidente do destino, desconfio que isso nem exista! Somos vítimas de nós mesmos, das atitudes que tomamos e das escolhas que fizemos. 
Portanto, não se martirize, não reclame de sua própria vida, pelo contrario, analisa as suas atitudes e veja onde foi que você errou e o que, pelo menos, você pode fazer de diferente deste momento em diante. 
Veja o que foi que você fez que não foi nobre e agradável e então se decida pela mudança de seus próprios atos e pensamentos. Sim, eu falei pensamentos! O que você pensa define muito do que você sente, como você age e, principalmente, os resultados de suas atitudes. 
Todas as respostas para nossos questionamentos estão em nós mesmos. Culpar qualquer coisa que não seja a si próprio não vale a pena, não convém e é completamente fora de proposito! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 24 de agosto de 2013.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Passe livre

Passe livre 

Sabe aquele momento em que alguém fala uma asneira sem tamanho, julgando suas atitudes, sendo que não conhece praticamente nada da sua vida intima? 
Você fica boquiaberto? Fica irritado? Fica triste? Fica decepcionado com a imbecilidade que o homem é capaz de ter? Fica tudo isso junto (e mais algum sentimento estranho)? Pois não fique! Lembre-se que se você ouviu algo, você não é surdo e isso é uma benção! 
Ou será que não? Bem, uma coisa eu garanto, os surdos tem vários problemas, mas, pelo menos, eles não constatam pelos ouvidos, quão idiota, estupido e ignorante um ser humano pode ser! 
Às vezes a gente ouve cada besteira, cada asneira sem cabimento que se sente cansada, muito cansada. Dá uma vontade enorme de ir para casa, ligar a televisão, beijar o gato de estimação e dormir. 
Conviver com pessoas não é fácil, mas conviver com pessoas sem noção do que falam (ou pensam) é mais difícil ainda. Como dizem, “matar um leão por dia é fácil, difícil é desviar das antas”. 
A questão é que eu conheço muito mais pessoas interessantes e legais do que gente “sem noção”, mas, sem duvida, o prazer que as primeiras me dão, não costuma compensar o estresse que as segundas causam. 
Ou será que eu sou antissocial? É uma possibilidade, não sirvo para ser considerada a pessoa mais “normal” do mundo, mas eu já fui bem diferente, a questão é que ninguém se torna “anti” alguma coisa se não tiver convivido e experimentado essa “coisa”. 
Logo, se eu sou antissocial é porque minha socialização não me trouxe muitas benesses, talvez, muito pelo contrário, tenha me dado muita frustração e algum incomodo. 
É, realmente, eu sou uma pessoa que se sente bem sozinha, vendo um filme, lendo um livro, cuidado de bichos ou ao lado de pessoas especiais, porque, sinceramente, conviver com qualquer tipo de gente é um passe livre para o estresse e para a indignação com a ignorância humana e, já disse o Renato Russo, “a ignorância é vizinha da maldade”. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 23 de agosto de 2013.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Erros

Erros 

Eu sou uma pessoa que já cometeu erros homéricos, a maioria dos quais contra eu mesma. Sou, fui e sempre serei responsável pelos erros que cometi. Se eu disser que nunca me arrependi deles estarei mentindo. 
Sou humana e já amarguei arrependimentos ensandecedores, todavia, nunca errei sem que minha mente estivesse atribulada e afetada pelos erros hediondos de quem me cercava. 
Não sou ninguém para falar dos seus erros, assim como ninguém deve ou pode falar dos meus. Pessoa alguma esta imune a decepções e a frustrações, pessoa nenhuma é incapaz de pecar, de errar, todavia, somente pessoas bem intencionadas se arrependem. 
O desespero, a dor, o arrependimento e o erro é privilégio de quem está vivo. Só quem vive pode cometer equívocos, pode se arrepender e pode se vitimizar. Se você se acha melhor do que o outro, você está enganado, os seus erros são, apenas, diferentes dos dele, o que não lhe torna melhor ou pior, apenas semelhante. 
Os erros que cometi, enfim, tenho certeza, ninguém esta isento de cometer, logo, peço um salve para quem conserva mais a autocritica do que a mania pérfida de criticar as falhas alheias, porque reconhece que seu telhado é de vidro! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 22 de agosto de 2013.

Questione!

Questione! 

O fato é que gente de valores e moral barata não valoriza aquilo que vem de pessoas com valores, moral e princípios caros e valorosos. Esperar o contrário é pedir para se decepcionar. 
Tem gente que não está nem ai para inteligência, dedicação, autorrespeito, pudor, elegância e delicadeza. Tem gente que valoriza bajulação, estupidez e vulgaridade. 
Por mais que você seja bom, por mais que você se empenhe, se dedique, por mais que você renda, que você dê o seu melhor, algumas pessoas só irão valorizar o superficial e, se você não o oferece, não conte com o respeito e com a admiração delas. 
Tem gente que não sabe que as aparências enganam, que a falsidade é comum, que quem lhe agrada pela frente, lhe critica e joga pedras pelas costas. Tem gente que, sequer, se esforça para saber disso. 
Quem se contenta com piadinhas vulgares, brincadeiras de baixa categoria, gente com pouca qualificação, não sabe dar valor a quem merece, não sabe dar valor a quem tem valor. 
As pessoas tendem a admirar o que se assemelha a elas, logo, antes de querer conquistar a admiração de uma pessoa fútil e com valores questionáveis, questione a si mesmo se você não está esperando demais de quem não tem o que oferecer. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 22 de agosto de 2013.

Renúncias

Renúncias 

A vida é feita de escolhas, simples assim. Às vezes você tem que optar entre o bem estar afetivo e o pessoal, entre o bem estar financeiro e o afetivo. Enfim, às vezes você tem que parar, olhar para si mesmo e ver o que você realmente quer, do que realmente você precisa para sentir-se bem na própria pele. 
Companhia? Amor? Carreira? Sucesso? Dinheiro? Independência? Para nove dentre dez seres humanos é impossível ser plenamente realizado em todas as esferas da vida. 
Existem os abençoados que são? Sim, existem! Existem pessoas que nasceram em família rica, que conquistam o grande amor da sua vida e vivem uma vida praticamente “plena” de equilíbrio. 
Tem quem nunca tenha chorado por falta de dinheiro, de poder ter o que desejasse, de estar na companhia de quem gosta, tem quem tenha tido pouca ou quase nenhuma frustração, por outro lado, a regra é outra. 
A regra é que a maioria das pessoas precisa escolher entre realizar-se na carreira e estar próximo de um amor, entre estar ao lado de alguém e ser independente dele. 
 Enfim, uma parte imensa dos seres humanos precisa renunciar a algo em prol de alguma escolha, precisa deixar um sonho de lado para realizar outro, precisa se abster de algo pela manha, para ter algo à noite. Viver é saber fazer escolhas e, consequentemente, renúncias. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 22 de agosto de 2013.

Olhar para os lados

Olhar para os lados 

A vida não é fácil para ninguém, enfrentar frustrações e decepções não é indolor, todavia, reclamar de barriga cheia, enquanto o outro enfrenta problemas maiores é feio demais. 
Mas, é uma tendência humana superestimar o seu problema vez que olha o dos outros como mero expectador, então é compreensível, certo? Sim é, assim como deveria ser “compreensível”, para todas as pessoas, a dor da outra. Isso se chama empatia, então, porque não exercitá-la mais? 
Acho certo, acho justo, acho divino! Literalmente divino! Aquilo que você reclama que você tem e não é bom, quiçá o outro nem tenha, aquilo que você lastima, talvez o outro desconheça, aquilo que você perdeu, talvez o próximo nunca tenha ganhado. 
Ademais, convém lembrar, afeto, amor, atenção e companhia leal são o que realmente têm valor nesta vida, o resto é só o resto e, acredite, tem gente que não tem o que é valoroso. 
Tem gente que tem que enfrentar suas dores sem companhia para dividir seu fardo, sem um consolo e sem ninguém para lhe estender a mão, pelo menos não alguém que lhe ame de verdade, não alguém que lhe observe sem criticar, sem julgar, sem atirar pedras, por ser incapaz de lhe compreender. 
Logo, antes de reclamar da sua vida, dos seus problemas, observa o outro, veja que enquanto você não tem meias, tem quem não tenha calçado, e enquanto você não tem sapato, tem quem não tenha pernas, tem quem não tenha pés. A vida nunca é ruim para quem consegue olhar para os lados com empatia. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 22 de agosto de 2013.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O problema

O problema 

O problema de certas pessoas é que elas dão confiança para quem lhes parece confiável e só depois elas apreendem que as aparências enganam. Muito tempo depois, quiçá anos depois em algumas situações! 
Tem gente cuja maturidade é inversamente proporcional a idade. Tem gente que age sem pensar, fala sem pensar e perde por completo a razão com atos estapafúrdios. 
Acredite, você nunca vai conhecer realmente alguém com quem você não convive 24 horas por dia, e, na maioria das vezes, nem mesmo assim você conhecerá uma pessoa por completo! 
Logo, nada mais justo e adequado do que manter a boca fechada e a mente “antenada”, nada melhor do que confiar em quem está ao seu lado, não em quem depende de você de alguma forma. 
Gente dependente, de regra é bajuladora ou falsa. Gente dependente, inúmeras vezes, ouve o que você fala para poder criticar pelas costas. É isso o que vejo quase sempre. 
A questão é que quem deveria ver, compreender e saber disso não sabe e se você lhe disser eles não irão acreditar, porque acreditam no que lhe convém e em quem lhe convém, em especial em quem lhe fala o que agrada aos ouvidos. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 21 de agosto de 2013.

A graça na vida

A graça na vida 

Como existem pessoas entediantes nesta vida. Criaturas sem graça, insossas. Sem gosto, sem sabor, sem cor, tipo sopa de hospital para doente cardíaco e hipertenso. Por incrível que pareça a maioria das pessoas são, ou melhor, estão assim. 
É difícil encontrar uma pessoa que brilhe sem fazer alarde, animada sem ser ansiosa, simpática sem ser “bajuladora”, educada sem ser hipócrita, agradável sem ser falsa, cômica sem ser tola, sarcástica sem ser grosseira. A regra é a total falta de graça, que programinha de humor de quinta-categoria supre a falta. 
Acho que o mundo esta ficando meio sem graça mesmo (nem comédias realmente cômicas estão conseguindo criar). É muito problema, muita desilusão. Governo corrupto, povo indolente e passivo. Mulheres perdidas, pouca autoestima, homens solitários querendo pintar quadro de “garanhão felizardo”. 
A vida segue e a graça vai se perdendo. Falta humor, jovialidade de espírito com responsabilidade e maturidade. Quanto mais os valores se esvaem pelo ralo da carência e hipocrisia mais a graça, o brilho, a luz, somem, findam. 
Não é a vida que não tem graça são as pessoas que estão lhe perdendo. Perdendo ambas: a graciosidade e a vida. A vida em si é um presente apaixonante, uma escola de imensurável valor, coerente até mesmo na redundância, lógica na ilógica - só quem vive um dia após o outro sente a grandiosidade graciosa da vida. 
Grande escola onde cada um interpreta as lições da forma que lhe apraz - com otimismo ou com lamentos, lamúrias. Sem ver que tudo ensina e que toda experiência, singela ou grande, faz crescer, evoluir, faz a formiga se tornar elefante mantendo a humildade dos pequenos. 
Ausência de graça combina com “desgraça”, graça combina com risos, lágrimas de frustração sucedidas por riso de perdão, de compreensão e entusiasmo. O riso daquele que vive, erra e aprende. 
Todavia nem todos estão no mundo sentindo a graça da sua e na sua existência. A maioria, amorfa, cruza os braços, finge que é feliz, que tudo esta bem. Não tem luz, não tem humor, mas tem, isto sim, barriga para empurrar o próprio viver. 
 Cláudia de Marchi 
 Concórdia/SC, 30 de novembro de 2006. 
(Em homenagem aos velhos tempos em que eu advogava duas vezes por semana em Concórdia/SC! Época da foto abaixo, em que este blog nem existia!Foto tirada no Réveillon da RBS/TV em Marau/RS em 2006.)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ana Beatriz Barbosa Silva

Ana Beatriz Barbosa Silva 

Eu sou advogada, cronista amadora e uma pessoa inspirada, apenas isso. Não sou psicóloga, psiquiatra ou psicanalista, sou leiga nestes assuntos, o que não me impede de ter curiosidade a respeito deles, diga-se, uma curiosidade que me acompanha desde os meus saudosos 15 anos! 
 Não cursei Psicologia, porque queria ser Psiquiatra e não me tornei Psiquiatra, porque eu não aguentaria fazer faculdade de Medicina, não pelo estudo, mas pela prática. Enfim, uma pessoa que não pode ver sangue nem na televisão jamais se formaria em Medicina, então, fiz Direito. 
Todavia, tenho vários livros sobre problemas mentais (prefiro chamar de “problemas” a doenças). Uma autora que aprazia os leigos, por exemplo, é a Ana Beatriz Barbosa Silva, embora seja criticada por muitos colegas da área da Psiquiatria. 
Eu gosto da forma com que ela escreve, do seu didatismo. Se de suas obras saem alguns “estigmas”? Muitos, mas como diagnosticar sem “estigmatizar” ao menos um pouco? Da mesma forma que uma pessoa não pode ser processada criminalmente se o seu comportamento não se enquadrar num tipo penal. 
É preciso existir a doença, os sintomas e, então, a análise médica, se o paciente se enquadra naquela doença, para, daí advir um tratamento. Todavia, eu penso que todos podem agir como problemáticos mentais, às vezes, como bipolares, como depressivos, como ansiosos, como fronteiriços (borderlines), como maníacos, o que não significa que sejam doentes. 
Assim como um cidadão pode cometer um homicídio sem que ele seja um assassino, uma pessoa necessitada pode cometer um furto, sem que seja ladra. O que gera o estigma, em minha modesta opinião, é o fato dos atos serem ou não serem contumazes. 
O que, no caso da Psiquiatria, cabe a um médico analisar o nosso histórico de conduta e de personalidade, constituída, sabe-se, por nosso caráter (influenciado pela nossa criação e meio em que vivemos) e pelo nosso temperamento (o que herdamos geneticamente, o que “temos” em nós desde bebês). 
Enfim, escrevo para dizer aos leigos que, com certa análise critica, a leitura dos livros da Dra. Ana Beatriz é muito boa e estimulante. Com análise critica eu disse! “A bem da verdade”, sem tal análise até a bíblia se torna perigosa! Eis o livro que estou lendo e sugiro a quem quiser fazê-lo, assim como todos os demais da autora. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 20 de agosto de 2013.
Escrevi esta crônica antes de saber que a Dra. Ana Beatriz é acusada de plágio em várias obras de sua autoria. Ao ler o artigo abaixo, indicado pela minha ex-professora e orientadora de monografia Renata Almeida da Costa, mudei meu conceito a seu respeito. Vejo, portanto, que a autora que cria estigmas de "mentes perigosas" se enquadra facilmente neles. Segue link de artigo do Prof. Doutor Salo de Carvalho a respeito:  http://antiblogdecriminologia.blogspot.com.br/2013/04/mentes-perigosas-na-academia.html?m=1

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Chata, muito chata, chatíssima!

Chata, muito chata, chatíssima! 

 O ser humano se ofende com o que o outro pensa na medida em que se identifica com aquilo. Indiretas, voluntárias ou não, só funcionam com pessoas de consciência pesada, que terminam se enquadrando nelas, as outras são inatingíveis. 
Quanto mais leve a consciência, quanto mais tranquilo o espirito, menos desconfiança, menores as sensações de ofensa, quando elas não existem. Uma pessoa com consciência pesada é um radar de ofensas. 
Dai começa a história: a colega falou tal coisa e é “pra” ela, sicrano escreveu qualquer coisa no Facebook e foi “pra” ela, enfim, por terem o mínimo de consciência acerca de seus atos se ofendem por qualquer coisa que lhes remeta a eles, mesmo que o outro tenha pensado em quem mora do outro lado do mundo quando escreveu ou disse! 
Acho que isso esta ligado, também, a certo egocentrismo, no seguinte aspecto: a pessoa se acha o centro das atenções do universo, logo, tudo o que quem lhe cerca diz, tem haver com ela! “Não à toa corre na internet a seguinte afirmação, atribuída a Martin Luther King Jr.: “Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa.” 
Pode ser mania de perseguição, egocentrismo, esquizofrenia, psicose, o que for, mas essa gente que leva tudo o que ouve e lê de conhecidos, como ofensa para si, não é normal, além de ser chata, muito chata, chatíssima! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de agosto de 2013.

O dia de hoje

O dia de hoje 

Hoje eu acordei feliz, contente e alegre, mas não estou a fim de expor minha alegria para todo mundo, da mesma forma que não deixarei qualquer pessoa amarga e mal humorada azedar minha felicidade doce! Hoje, com certeza, vai ser assim! 
Amanha eu não sei, não garanto nada que não seja o momento presente, posso afirmar que amanha eu vou tentar ver o lado bom das situações que me ocorrem, vou tentar ser gentil até com quem não simpatizo. 
Tentar sempre vale a pena, mas nenhuma tentativa é, por si só, sinônimo de êxito, por isso temos que viver um dia de cada vez e aproveita-lo como se fosse o ultimo dia de nossa existência, porque, cedo ou tarde, um dia teremos o nosso “ultimo dia”. 
Mas, então, o hoje é o que me interessa, porque estou neste momento, muito mais contente e realizada do que estive neste mesmo dia há cerca de um ano. Hoje tudo mudou, a minha vida mudou e, para começar, eu mudei! 
Mudei de ideias, mudei de paradigmas, mudei minha tendência a pensar demais, a me culpar demais e a quase me autodestruir demais. Hoje eu cuido de mim, hoje eu sou feliz, sou contente e quase nada me consome o equilíbrio psíquico. 
A minha vida mudou, porque eu mudei, porque cheguei ao ponto decisivo de nossas jornadas: aquele em que, ou a gente muda, ou a gente se afunda e nunca mais levanta. 
Todavia, enfim, eu falava do dia de hoje, certo?! Pois o dia de hoje amanheceu ensolarado, o dia de hoje amanheceu bonito, eu acordei sorrindo, cheia de esperança, cheia de energia, cheia de alegria! E hoje será um dia perfeito! 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de agosto de 2013.

domingo, 18 de agosto de 2013

Pecadora

Pecadora 

As pessoas não confessam os seus sentimentos vis. Na historia de vida da maior parte dos indivíduos não existe inveja, raiva, ódio, ciúmes, ganancia, arrogância e orgulho. 
Às vezes sinto que estou num mundo de pessoas perfeitas, de pessoas que vivem vidas perfeitas, que estão sempre contentes, que desejam o bem para quem lhes faz mal! 
“Céus, eu não valho nada!”. Penso em minha mente ativa. Só eu que já me vinguei, só eu que já desprezei, já odiei, já falei mentiras para ferir e ofender ao outro, só eu que sinto inveja das pessoas que tem a vida que sonhavam? 
Sim, eu confesso! Já senti inveja! Você, provavelmente deve estar me achando péssima, porque você não sente inveja, não age sem pensar, não guarda rancor ou mágoa, não magoa nem fere ninguém, não sente raiva. 
Você que é só amor, só sentimentos iluminados e graciosos joga pedra em mim, porque eu erro, porque eu já errei muito na minha vida graças a minha impulsividade, graças ao descontrole dos meus próprios sentimentos, do meu próprio coração. 
Eu já agi errado, já me arrependi e quase enlouqueci por culpa! Ah, a culpa, o único sentimento capaz de fazer qualquer mente sã, endoidecer, de fazer o céu virar inferno. 
Então, enquanto eu sofria amargando a culpa pelos meus atos passados, por ter agido sem pensar, por ter feito quem me amava chorar, eu invejava aqueles que não têm do que se arrepender na vida. 
A verdade é que a minha inveja era voltada para tais pessoas: aquelas que sempre andaram na linha, aquelas que sempre pensaram antes de agir, aquelas que não se arrependem de nada, enfim, aquelas que não têm do que se arrepender em suas vidas. 
Sou pecadora, sou imperfeita, sou complexa demais, embora alguns possam me achar complicada. Afinal, hoje eu exijo muito de mim, porque eu tenho direito de cometer novos erros, não os mesmos que já cometi. 
Portanto eu me analiso, critico meu próprio agir, meus sentimentos, minhas ideias, meus atos. Exijo muito de mim e passei a exigir muito de quem intenta entrar na minha vida, me amar e ser por mim amado. 
Eu não sou seletiva, porque sou perfeita, pelo contrário! Quero alguém que tenha o que me agregar, mas que não seja arrogante para querer me ensinar e, rapidamente, transformar-me numa copia fiel de si mesmo. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 18 de agosto de 2013.

sábado, 17 de agosto de 2013

Coragem

Coragem 

Por que reclamar da vida e das circunstancias em que você está se você não faz nada para mudar? Qual o sentido de hostilizar suas experiências se você vive a repeti-las, se você vive a ignorar o que seu coração sente, o que sua alma manda? 
A palavra de ordem é mudança! É ceder às cordas apertadas do comodismo e ir à luta, ir construir uma nova história, uma nova vida! Se você já sofreu, já chorou, já se arrependeu, já ensandeceu, já, praticamente, morreu derramando lágrimas, por que continuar a se punir? 
Por que não mudar completamente de vida? Por que não analisar os motivos que lhe levaram a errar? O engodo, a ilusão, os maus tratos? De certa forma os seus atos refletem as atitudes alheias. 
Logo, não vale a pena se fragilizar, sofrer, se massacrar, afinal, se você é uma pessoa de boa índole e, acaso um dia tenha feito alguém sofrer, com certeza não foi sem motivo, não foi sem razão. 
Sendo assim vale a pena erguer a cabeça, trilhar outro caminho, seguir um destino escolhido por você e ir à luta. Se é preciso coragem? Claro que é! Sem ela você não faz nada, não se torna nada e não é nada. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 18 de agosto de 2013.

Simples ou não?

Simples ou não? 

Não, eu não sou uma pessoa superficial, uma pessoa rasa, no literal sentido da palavra. Talvez, alguém creia que eu sou complexa ou, até mesmo, complicada, mas não sou. 
Pelo contrário, tenho ojeriza a complicações, a embates. Creio que as relações humanas seriam melhores se as pessoas soubessem mais calar do que falar o que pensam, como se suas ideias fossem verdades universais. 
Eu não tenho nada contra a liberdade de expressão, pelo contrário, tenho um blog e faço apologia a ela, todavia, uma coisa é o exercício deste direito em meios de comunicação, outra, bem diferente, é fazê-lo a qualquer hora, em qualquer momento. 
Para algumas pessoas, não basta crer, é preciso manifestar as suas crenças, ainda que elas contrariem os pensamentos alheios. A isso eu chamo de “complicar” as coisas. 
Se você gosta do outro, da companhia do outro, por que ficar lhe contrariando? Por que impor os seus pensamentos ao outro como se você fosse um poço de sabedoria? 
Não seria mais fácil calar, não seria mais fácil dizer um “aham” e deixar para dar sua opinião num momento oportuno ou, ao menos, quando o outro lhe indagar a respeito? 
Você é dono do que pensa e escravo do que fala, logo, não é mais pertinente calar, pensar, refletir e, apenas depois dizer o que você pensa? Sou uma pessoa que acha muito melhor vivenciar bons momentos ao lado de quem se ama do que expor pensamentos que lhes contrariem, pelo mero capricho de fazê-lo. 
Todos têm o direito de pensar e agir das formas que acham mais saudáveis, da forma que creem ser a melhor, ninguém é obrigado a anuir com suas ideias, assim como você não tem o dever de anuir com as ideias alheias. 
Somos livres para pensarmos como queremos, todavia, se desejamos ter um convívio harmonioso com quem amamos, temos que deixar este direito de lado para exercitarmos o dever que temos de sermos felizes, pacíficos e contentes, ainda que isso custe o nosso silencio e não a nossa expressão aberta, límpida e óbvia. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 17 de agosto de 2013.

Simples!

Simples! 

Não gosto de pessoas complicadas, de pessoas cheias de manias, de pessoas chatas. Gosto de pessoas leves, humoradas, que se sentem bem em meio aos mais pobres e aos mais ricos. 
Gosto de pessoas curiosas, de pessoas que queiram desvendar a alma por trás do meu corpo, gosto de quem vai fundo, não de quem se contenta com um belo par de seios, coxas e bunda. 
Gosto de pessoas profundas, porém simples. Gosto de quem vai além do óbvio, mas não complica demais, não divaga por qualquer motivo, não confunde inteligência com dogmas. Gente com manias me irrita, me chateia, me faz mal. Pessoas assim devem manter-se longe de mim, pois, cedo ou tarde, eu as deixarei de lado. 
Não curto pessoas chatas, complexas, complicadas e exigentes quanto aos outros. Não gosto de quem exige a perfeição alheia, de quem quer o copo em tal lugar, o prato na cozinha e a panela bem lavada. 
Gosto de quem gosta de ordem, mas não a impõe, gosto de quem troca as roupas e a louça limpa por sexo sujo, na cama, na sala, no chuveiro ou onde for, gosto de pessoas de alma leve, de espirito livre, de bem com a vida, independente da organização ao seu redor. 
E se eu chegar a me apaixonar ou amar uma pessoa maníaca, complicada e chata? E dai? O amor não é tudo, não segura relações. É uma boa parte, mas sem afinidades de convívio, no dia a dia, amor algum resiste, relação alguma segue adiante. Simples? Não, nenhum pouco! 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 17 de agosto de 2013.

Carência

Carência 

Não se engane! Se a pessoa tem jeito de idiota, passado de idiota, já tomou atitudes imbecis e despropositadas é praticamente óbvio que essa pessoa é um ser humano idiota e, por tal motivo, não merece o seu apreço, o seu respeito, o seu amor! 
Analise com o cérebro, para, depois, amar com o coração! Afinal, via de regra, uma vez tolo, uma vez imbecil, uma vez egoísta, sempre tolo, imbecil e egoísta! Não se engane por carência: vinho e chocolate existem para supri-la! 
Se você se interessa por alguém, seja por atração física, seja por afinidades morais (ainda que meramente aparentes) e, de repente, percebe as falhas nas suas atitudes, presentes ou passadas, saiba que esta pessoa é o que sempre foi. 
Se um ser humano foi grosseiro, estupido, infiel e impertinente com alguém ele será com você, com toda certeza. As pessoas não mudam de um momento para o outro. 
Não nego que os homens possam se aprimorar diante de experiências frustrantes, mas daí a se tornarem alguém muito diferente do que sempre foram é devaneio. É um sonho de uma noite de verão, como diria o ex-presidente Fernando Collor em um de seus momentos de retórica "profunda".  
Se um homem foi cruel, egoísta ou maldoso no passado é provável que ele seja assim. Ninguém age de forma muito diversa da que sempre agiu. Ninguém muda de uma hora para outra, nem por amor, nem pela dor. Mudanças levam anos, levam tempo, não é nada fácil, portanto, não se iluda! 
O homem de ontem é o mesmo de hoje, talvez um pouco mais maduro, um pouco mais velho, mas caráter e índole não mudam, não se aprimoram, por maior que seja a sua boa fé e esperança. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 17 de agosto de 2013.

Experiências e sabedoria

Experiências e sabedoria 

A idade traz experiência e as experiências trazem sabedoria. E a sabedoria, me pergunta você, traz o que? Isso você verá quando passar por situações difíceis e conseguir sair delas de forma mais digna do que a que entrou. 
A sabedoria se mostra na sua capacidade de falar no momento correto, de se calar quando nada deve dizer, na diferenciação entre franqueza e brutalidade, no controle dos próprios atos. 
A sabedoria lhe faz menos passional, menos irracional, lhe torna mais calmo, mais sereno, mais equilibrado. Depois de viver muitas experiências e se tornar uma pessoa um pouco mais sábia, não será qualquer pequena coisa que vai lhe aviltar, lhe ferir e lhe magoar. 
Ninguém tem toda a sabedoria do mundo, mas um pouco de sabedoria é melhor do que um mar de arrogância. O homem sábio para, pensa, analisa e reflete, então se manifesta. 
A pessoa sapiente não perde a razão por causa da raiva, da ira, da revolta, ela pensa mil vezes nos efeitos de seus atos, afinal, já viveu bastante e experimentou na própria pele quão lamentável é entregar-se a sentimentos ruins. 
Sentimentos ruins fazem o melhor dos seres humanos agir perfidamente, agir de forma equivocada e ferir quem não merece. Logo, nada como viver ao lado de uma pessoa que transformou suas experiências em sabedoria, este tipo de gente não fica mais velho, mas se torna mais especial. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 17 de agosto de 2013.

Responsáveis

Responsáveis 

Somos os únicos responsáveis pelos nossos atos, logo devemos suportar as suas consequências sem lamentamos ou criarmos a falsa ideia de que somos vítimas do acaso. Inclusive, porque nada ocorre por acaso nesta vida, nem mesmo nossos equívocos. 
Ninguém sai impune a nenhuma atitude impensada, estupida e irracional. Cedo ou tarde a vida vem cobrar-lhe a desatenção, a falta de zelo, a imaturidade, a impulsividade e a agressividade do seu ontem. 
Resta, pois, a lição de que, em sua existência, você pode fazer tudo, desde que saiba que só você responde pelos seus atos, mais ninguém. Por exemplo, se você entrar em algum negócio ilícito, não será o seu delator o errado, mas você que agiu contra a lei, no caso, dos homens. 
Enfim, mais dia, menos dia, a vida vem e lhe cobra o egoísmo, o orgulho, a ambição desmedida, a estupidez. De repente você que sempre deu desilusão, ganha a solidão de presente. 
Então, a “culpa” é do outro? É ele quem agiu errado? É ele quem pecou por achar-se o dono do universo? Não, foi você, e neste aspecto a vida é muito justa. Ela nunca irá lhe tirar nada que você já não tenha retirado de outrem. 
Logo, não adianta você culpar o acaso, o tempo ruim, a má sorte, você é o arquiteto de seu futuro, logo, se um dia ele desabar sobre você é porque faltou zelo na construção dos pilares. Pilares construídos por você, mais ninguém. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 17 de agosto de 2013.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Passei da fase!

Passei da fase! 

Eu já passei da fase de ser carente, já passei da fase de sair de um relacionamento, ainda sem estar com as feridas cicatrizadas, e partir para outro ou, então, agir como caranguejo e voltar para trás. Enfim, voltar com o “ex”. 
Depois de algum tempo a vida nos ensina que a solidão não mata, que somos valorosos e não merecemos qualquer migalha. Da mesma forma, aprendemos que ninguém muda. 
Aquele que você deixou por alguns motivos, voltará a lhe aviltar, futuramente, pelas mesmas razões. As pessoas não mudam, elas apenas fazem de conta que as lágrimas que choraram lhes fez mudar. 
Elas fazem de conta que tudo será diferente, que elas irão lhe respeitar, lhe dar carinho, porque sabem o que lhe fez sair de perto da sua companhia, mas, mais cedo ou mais tarde, elas voltarão a ser quem sempre foram. 
As pessoas só mudam quando aprendem algo, quando a vida lhes ensina, ninguém muda por ninguém, ninguém muda para conquistar o amor do outro, nestes casos, a pessoa apenas finge que muda. 
Falo por ter tido inúmeras experiências nestes quesitos, falo porque já voltei atrás em minhas decisões na vã expectativa de que o outro seria o que ele prometeu-me ser. E ele foi, por no máximo três meses, depois tudo voltou ao normal. 
Então, a vida me ensinou que um amor não se cura com outro e que voltar para quem já lhe decepcionou é loucura, é assinar um atestado de desistência da própria felicidade. 
Aprendi, pois, a ser autossuficiente, a me bastar, a ser feliz assistindo a filmes e seriados sozinha, aprendi a ser feliz comendo pizza com minha mãe, tias e melhor amiga, aprendi a ser feliz dormindo numa cama vazia. 
Se eu desisti de amar? Claro que não, mas eu não procuro. Estou bem como estou e conto com o acaso para me surpreender quando eu estiver distraída, afinal, não me contento com paixões calmas, com amor ralo, eu quero plenitude ou fico com o nada, que, diga-se de passagem, não é nada ruim. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 14 de agosto de 2013.

Manifesto-me!

Manifesto-me! 

Dentre tantas opções, dentre o medo das pessoas mais covardes, dentre a insegurança de alguns, eu opto por manifestar-me, porque não suporto injustiças, não suporto ver seres humanos logrando quem lhes dá confiança. 
Se estiver ao meu alcance, eu me posiciono. Sou leal a quem merece minha lealdade. Logo, se for preciso falar, eu falo, não fico de braços cruzados e boca fechada diante de atos injustos. Se quem cala consente, eu não consinto com injustiças. 
Devo lealdade a quem me respeita, a quem confia em mim, a quem me ama e a quem paga o meu salário, devo lealdade a quem me deu votos de confiança e não merece ser enganado e malbaratado. 
Sigo Martin Luther King quando disse: "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." 
Se os bons calarem-se ao ver as injustiças, as mentiras, os engôdos e as traições que veem de nada adiantará serem virtuosos. É o silencio e a covardia das boas pessoas que fomenta as más intenções dos desvirtuados, dos ambiciosos, dos desonestos. 
Logo, independente de eu colocar o meu nome e o meu papel em risco, depois de pensar por um bom tempo, eu opto por não manter-me calada, por não consentir com a maldade de pessoas falsas que fazem de tudo para parecerem melhores do que são.  Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 14 de agosto de 2013.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Doçura

Doçura

Porque meiguice, doçura, respeito, educação e humildade não fazem mal a ninguém! Ninguém tem nada a ver com os seus problemas, seu cansaço, seu estresse. 
Eu consigo me colocar no lugar das pessoas, sentir e perceber suas agruras, seus incômodos, a correria que passam todos os dias, todavia, não consigo compreender a estupidez mal direcionada. 
Se você não aguenta a vida que leva sem imergir-se em mau humor e azedume, mude de vida! Agora, “vitimizar” quem lhe cerca com seu humor azedo e ácido, porque você está cansado e estressado, é de muito mau gosto e de extrema falta de classe. 
A Justiça enquanto ideal consubstancia-se no “dar a cada um o que é seu”, então que tal adaptar isso no dia a dia? Seja estúpido, única e exclusivamente, com quem é estupido com você, aos demais, trate com respeito. Trate como eles lhe tratam. 
Seja doce e agradável com quem lhe fala nestes termos, com quem lhe pede, não lhe manda. Ser educado e aprazível não ocupa tempo, não cansa e não mata! A verdade é que falta gente doce, gentil e meiga neste mundo.
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 13 de agosto de 2013.

A dor da separação

A dor da separação 

Talvez exista, mas eu não conheço nenhuma pessoa que tenha passado por uma separação sem sofrer. Se existem os que se referem ao casamento como uma sociedade conjugal, digo que ninguém sai ileso à bancarrota desta sociedade. 
Nela foram investidas expectativas, sonhos, planos, carinho, dedicação e aquela doce esperança de que o para sempre existiria e, como tal, não iria acabar. Mas acaba. 
Nem todo “para sempre” acaba, mas nove em dez vezes ele finda sim. Você se casa com uma pessoa e, de repente, vê que ela se modificou ou, enquanto você crescia, ela mantinha-se estagnada. 
Logo, de repente, não mais que de repente, você dorme e acorda com um estranho, com uma pessoa que tem prioridades diferentes das suas, que tem expectativas que não convergem com as suas. 
E os filhos, como ficam os filhos numa separação? Mal, muito mal. Filhos, sejam crianças ou adultos, nunca se acostumam com a ruptura do casamento, porque ela representa a ruptura da família e de seu ideal do que seja uma: mamãe, papai e irmãos. 
De repente seu mundo desaba e as suas crenças caem por terra. Uma separação afeta por demais a visão de amor e de matrimonio dos filhos de pais separados. Seguidamente os rebentos passam a crer que casamento algum dura para sempre. 
Perde-se a fé no casamento, e, às vezes, no amor. Então você vive confuso. Mas, de toda forma, a separação é um mal necessário. Ninguém imagina viver longe de quem casou se esta feliz ao seu lado. 
Sendo assim, os filhos precisam aceitar, todos precisam encontrar a melhor forma de passar pela pior fase de suas vidas. Ficar casado por conta dos filhos é um sacrilégio que nunca valerá a pena. 
Se vai doer? Claro que vai. Talvez passem anos e você ainda sofra. Seres humanos não lidam bem com frustrações e nada pode ser mais frustrante do que o fim de um relacionamento que iniciou com o mais puro amor. 
Não importa se estava um caos quando você resolveu findá-lo, existirão dias em que as lembranças boas virão lhe atordoar a mente, em especial se você estiver só. Ou, mesmo que esteja acompanhado, um dia você vai chorar sem saber por quê. 
Pode ser a musica que tocou no rádio, o filme que passou na televisão, a comida preparada, enfim, alguma coisa vai fazer você lembrar-se de tempos passados e, o que judia, não é a saudade da pessoa especificamente, mas a saudade dos planos e sonhos que você desperdiçou. 
De regra são muitos os sonhos desperdiçados e deixados para trás, muitas expectativas frustradas, muito sentimento reprimido, muita dor recôndita na sua alma. Dor esta que, cedo ou tarde, lhe dá uma agulhada no coração. Se um dia passa? Claro, depende do quanto você amou e de como era a sua relação. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 13 de agosto de 2013.

Cobras em corpo de gente

Cobras em corpo de gente 

Definitivamente, nem todas as cobras rastejam. Algumas lhes chamam de amiga (o), de querida (o), de "doutora" ou de "doutor", tomam chimarrão junto com você e, ainda por cima, lhe dão rasteiras que você não percebe. 
Se fossem cobras, pelo menos você saberia se prevenir de seu veneno, mas como são cobras vestidas de gente você lhes dá confiança e respeito! Aprenda: as pessoas não são tão legais quanto parecem ser, aliás, quanto mais questão elas fazem de parecerem aprazíveis, mais traiçoeiras elas são. 
Cuidado com aquela pessoa que esta sempre tentando lhe estender a mão, lhe fazer favores, lhe bajular, não raras vezes as pessoas fazem isso com o proposito de criar intimidade com você, para, posteriormente, malbaratar a sua vida e os seus problemas. 
Enfim, tem gente que cria uma relação razoavelmente intima com você para, depois, ter o prazer de fazer fofoca sobre a sua vida, de espalhar por ai cada tropeço que você dá, cada equivoco que você comete. 
Estas cobras vestidas de gente rastejam ao seu redor como se mansas fossem para, na primeira oportunidade, lhe dar o bote. Todavia, ao contrário do que ocorre com as cobras de verdade, estas lhe traem e, seguidamente, continuam sendo beneficiárias da sua confiança, afinal sabem ludibriar aos outros como ninguém. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 13 de agosto de 2013.

Viva aos loucos!

Viva aos loucos! 

Vivemos num mundo em que as pessoas não sabem lidar com a contrariedade, com a raiva que, não raras vezes, lhes domina. Sabe por que elas não sabem lidar com tais sentimentos? 
Porque ao invés de descarregarem seu fel em cima de quem lhes magoou, ofendeu ou irritou, elas destilam seu mau humor mundo a fora. E, ainda, chamam de loucos aqueles que são bem humorados e estão, constantemente, de bem com a vida. 
Todavia, antes louco do que bipolar, antes louco do que ser como essa gente chata que faz o ambiente pesar por causa de problemas que trazem de casa, pessoas que reclamam de tudo, que querem se meter e mandar em todos para compensar seus recalques. 
A verdade é que as pessoas costumam chamar de “loucos” quem elas não compreendem, ou, de uma forma ou outra, invejam o bom humor, a alegria e a ousadia que elas possuem para falar o que lhes aprouve. 
Eu passaria a vida ao lado de um louco bem educado e nenhum instante perto destas pessoas azedas, recalcadas e amarguradas que não tem sabedoria, sequer, para direcionar a própria revolta e irritação. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 13 de agosto de 2013.

Lembranças

Lembranças 

Têm dias que as lembranças me encontram. Uma foto, um e-mail arquivado, um diálogo salvo no computador e mil recordações batem a porta da minha alma. 
Então ela muda de casa e, quando menos espero, ela está lá, longe do meu presente, pois foi visitar aquilo do qual sente falta a milhares de quilômetros de onde estou. 
São momentos, são brincadeiras tolas, são briguinhas bobas e reconciliações calorosas, são promessas que nunca foram cumpridas, mas, como era bom acreditar nelas! 
Apesar de elas nunca terem se concretizado a realidade teve muito de bom, muito de doce, muitos risos, muita diversão, muito amor, enfim. Amor que chegou a adoecer, mas que nunca deixou de ser amor. 
Algumas pessoas nunca vivenciam um sentimento tão intenso em suas vidas, nem mesmo uma vez. Eu vivenciei e afirmo que tudo valeu a pena, que, apesar de algumas dores, o bem estar e o contentamento eram maiores. 
Um quarto, um sofá, um programa de televisão, um filme, um jogo de futebol, uma taça de vinho, bastam para acelerar meu coração e me mostrar que existem momentos, sentimentos e experiências inesquecíveis em minha história. 
E, por isso, eu não me contento com pouco, com migalhas. Eu quero a plenitude ou continuo só, sentindo um aperto no coração em alguns raros momentos. Ocorre que saudade dói, mas não mata. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 13 de agosto de 2013.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Anseio

Anseio 

Anseio por um mundo de pessoas com o bolso mais vazio do que a mente, anseio por um mundo em que as pessoas tenham o que falar, saibam o que dizem e, sobretudo, pensem antes de se expressar e de agir. 
Anseio por um mundo em que o bom caráter, a inteligência despretensiosa e a moral sejam mais valorizados do que a aparência e o status. Desejo um mundo de pessoas com mais conteúdo e menos dinheiro ou beleza, porque tudo que ladrões podem levar e o tempo deteriorar não têm realmente muito valor. Não para mim. 
Valorizo pessoas que leem, que assistem filmes, que vão ao cinema, que tem bom gosto musical, que possuem suas crenças e tentam, de todas as formas, tornarem-se pessoas melhores.
Não suporto gente fútil, gente que fala dos outros, gente que critica quem não conhece e só dá valor para as aparências. Não aceito pessoas que valorizam o outro pelas roupas que usa, pelo status social que possui, pelo carro que anda e por quanto dinheiro ostenta ganhar. 
Você pode comprar um carro caríssimo, um par de seios, uma cintura afinada, pernas mais torneadas, um cabelo mais longo, um rosto mais harmonioso, mas nunca conseguirá comprar um cérebro ativo e um bom coração. 
Ocorre que, você pode ter todo o dinheiro e toda a beleza possíveis, se seu coração não for bom, você não valerá nada. É preciso um caráter bom para você ser um ser humano bom, do contrário, você será, apenas, um ser humano rico ou bonito. 
Se dinheiro não tem importância? Claro que tem. Se beleza atrai? Obviamente atrai. Todavia, nem tudo que chama a atenção dos olhos conquista o coração e cativa nossa mente. 
Dinheiro é bom, mas não é tudo, pelo contrario, sem decência, sem moral, sem cultura, sem inteligência, sem bom humor e sem leveza o mais rico dos homens não vale o que ganha. Para ser sincera, não vale nada. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 12 de agosto de 2013.

sábado, 10 de agosto de 2013

Gentinha

Gentinha 

Sabe a diferença entre “gentinha” e gente fina? Não é a classe social, o dinheiro que tem, o quanto vai herdar, a formação educacional que possui, as joias que usa, o carro que anda, as roupas que compra, a diferença são as atitudes, a decência e a respeitabilidade. 
Gentinha abusa da confiança que ganha e desrespeita quem menospreza. Gentinha é aquela pessoa que mente para sair no lucro, que acaba por pegar dinheiro que não lhe pertence, que ignora os bons valores por egoísmo e falta de caráter. 
Classe não depende de dinheiro para existir, classe é educação, é saber silenciar, é não fazer intrigas entre quem convive, é ser correto, é ser dedicado, é batalhar pelos seus objetivos sem mentir, sem enganar, sem querer se passar por algo melhor do que se é e pegar o que não lhe pertence. 
Gentinha conquista a sua confiança para depois trai-la, faz piada sem graça, debocha de quem não lhe dá liberdade e é maledicente. Dinheiro, beleza, roupas caras e maquiagem de marca, minoram deselegância, mas nunca um caráter ruim. 
Conviver ou ter por perto pessoas de baixo nível moral é uma provação sem tamanho para quem não consegue ficar calada diante de injustiças, diante de usurpações, todavia, o que fazer se essa gentinha conquista a confiança de quem lhe cerca? Calar-se, antes que a situação fique feia para quem nada deve, mas, por outro lado, não bajula pessoa alguma. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 10 de agosto de 2013.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Abusados

Abusados 

Estranho, tem gente com muita habilidade para enganar aos outros, inclusive aos mais espertos. Chego à conclusão que toda amizade de longa data ou toda relação empregatícia em que não impere mais a submissão deve ser “revista”. 
“Revista” para não se manter desnecessariamente. O tempo pode fortalecer ou deteriorar uma relação, seja ela uma amizade, um casamento ou uma mera relação de emprego. 
Pessoas abusadas tendem, de uma forma ou outra, a traírem a sua confiança. Assim como elas entram despudoramente em sua sala enquanto você conversa com outros colegas ou amigos, elas podem entras nas suas finanças, e, causar-lhe prejuízos. Pessoas sem vergonha são pessoas sem vergonha, não importa se são assim com o mendigo da esquina, com o dono da quitanda ou com o Papa! Uma vez desavergonhadas, sempre desavergonhadas! 
Então, reveja as relações que você entabula e não deixe subalternos quererem estar no seu patamar ou em outros, superiores a você, isto indicia falta de caráter. Funcionário que age desta forma, cedo ou tarde irá lhe roubar e lhe abusar da confiança. 
Portanto, tenha consciência que quanto maiores são seus lucros, maior é sua responsabilidade e seu dever de impor respeito no ambiente de trabalho. Nunca deixe um funcionário sentir-se plenamente à vontade com você, isso, mais cedo ou mais tarde, só irá prejudica-lo, o empregado, por sua vez, só tenderá a ganhar. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 10 de agosto de 2013.