Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Não enrole!

Não enrole! 

 Às vezes tudo o que a gente quer é um pouco de simplicidade, é poder descomplicar as coisas, viver um dia de cada vez, ser feliz “só por hoje”, às vezes a gente só quer um beijo, um abraço e a certeza de que as coisas serão simplificadas e que amanha você não vai estar só. Seguidamente é a esperança de uma rotina tranquila que nos alegra a alma e entusiasma o nosso coração, é disso que precisamos, é o que queremos para nossas vidas! 
A gente não quer complicações, a gente não quer ninguém que seja preso a decepções passadas, a gente não quer alguém que jogue na defensiva, que fique em cima do muro, sem saber o que, realmente, deseja. A verdade é que precisamos de quem saiba atacar. 
 Só quem age no ataque, demonstra confiança em si mesmo e não existe nada mais atraente do que uma pessoa que confia nos seus atos, na sua mente, no seu corpo, no seu talento, nas suas vontades, no seu poder de realizar seus anseios e na sua capacidade psíquica. 
Não queremos “medinhos”, desculpas tolas de quem não gosta da gente. Chega um dia em que a gente amadurece e a enrolação fere mais do que a verdade. Não gosta, não vê futuro, não esta feliz? Diga, fale! 
Se não for possível honrar o que se tem entre as pernas, vez que tem muitas mulheres mais corajosas do que certos homens, que se honre o que possuem dentro do peito e na mente. Sinceridade, quando se trata de sentimentos e de relações humanas, usada com educação e afabilidade, cara a cara, é sempre uma virtude. 
Então descomplique a sua vida! Fique ao lado de quem você gosta ou vá atrás de quem lhe fez feliz, lute pelo que você deseja, mas, por favor, tenha maturidade e inteligência suficientes para saber o que você quer, que tipo de pessoa você deseja ao seu lado, assim, fica fácil: conheceu quem não lhe contenta, seja transparente e diga, não enrole ninguém com uma doçura desnecessária para quem, simplesmente, não gosta da pessoa. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 31 de maio de 2013.

Homens interessados

Homens interessados 

 Algumas pessoas podem dizer que sou machista, eu digo, apenas, que sou uma eterna admiradora do cavalheirismo e do romantismo masculino, por isso eu afirmo algumas coisas que, seguidamente, as mulheres não gostam de ouvir. 
Exemplo disso é o fato de que homens interessados vão atrás de você, eles vão ligar, se não conseguirem falar ao telefone irão até a sua casa para conversarem pessoalmente e dizerem o que sentem. 
Logo, não corra atrás, não ligue, não mande mensagens, não se manifeste, se o sujeito gostar de você de verdade, ele virá, ele dará o primeiro, o segundo e todos os passos necessários para ficar ao seu lado, porque, eu lhe garanto, ele sabe que você gosta dele. Mulheres dão sinais, os homens sabem decifrá-los. 
Se o cara gostar de você ele vai correr qualquer risco para estar ao seu lado, vai superar a timidez, o medo da decepção, vai se imbuir de coragem e entrará em contato. 
Ah, mas se ele não entrar em contato, não lhe ligar, não lhe procurar, não lhe mandar e-mail, mensagem, etc.? Você deve saber quão boa e virtuosa é, logo, terá plena convicção de que, quem saiu perdendo, foi o sujeito, não você. 
 Homens apaixonados, homens envolvidos com você, homens interessados, homens encantados, não precisam que você force a barra, eles é que irão agir e deixar claro o que sentem, o que pensam e o que desejam, sem que você precise se expor em demasia. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 31 de maio de 2013.

Rapazes

Rapazes 

 Seguidamente eu vejo pessoas se afastarem da outra, porque não está apaixonado por ela. Sei lá, às vezes, me parece que ainda se acredita em “amor à primeira vista” ou algo assemelhado. 
Nove em dez vezes a gente precisa abrir mão de nossos medos, de nossos recalques do passado, de nossa insegurança, para nos deixarmos conhecer e, por fim, conhecer bem ao outro para, daí, ter certeza se podemos dar certo ou não junto a ele. 
De inicio são as afinidades que direcionam a relação, os gostos assemelhados, o bom humor, a alegria, o divertimento ao lado do outro, o carinho que lhe é dado e, até mesmo, o que ocorre num quarto, entre quatro paredes. 
Todavia, é preciso experiência e maturidade para saber disso, para saber que se pode tratar bem uma pessoa, namorá-la e desvendar a paixão pouco a pouco, a cada dia, a cada encontro. 
Mas têm muita gente afobada por ai, gente que não dá tempo ao tempo, que desiste sem tentar conhecer, e que não tenta conhecer porque, para isso, é preciso deixar-se conhecer e, portanto, se abrir, perder seus medos enfim. 
Não é a toa que existe tanta gente legal, decente e bondosa sozinha, ao mesmo tempo, são muitos indivíduos imaturos achando que sabem muito da vida por causa de um ou dois relacionamentos frustrados que tiveram. 
 Pergunte a um homem de cinqüenta anos como se procede quando você encontra uma mulher legal. Com certeza seus conselhos serão muito diferentes dos de um rapaz de trinta, porque, convenhamos, a maioria dos homens trintões, hoje em dia, são rapazes perto de uma mulher, ou, como diria o Capitão Nascimento, são (meros) "moleques". 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 31 de maio de 2013.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Retrospecto

Retrospecto 

 Eu sei que se frustrar é ruim. Eu sei como a gente se sente mal, como a alma dói e o coração bate fraquinho quando a gente se frustra, se decepciona, enfim. Conheço muito bem a dor da decepção depois da empolgação. 
Mas eu não sou o tipo de pessoa que desiste de sentir emoções fortes, que desiste de encontrar algo que me anime e me empolgue e não venha a me desapontar. Como diria o grande Roberto Carlos “em paz com a vida e o que ela me traz na fé que me faz otimista demais se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi.” 
Então eu não perco a fé na vida e nas pessoas, mas de vez em quando a gente se cansa. Vixe! E como cansa! Têm dias que a gente só tem vontade de ficar quieto, sem olhar nos olhos de ninguém, sem falar com pessoa alguma. 
Têm dias que a frustração dói demais, têm dias que a dor do confiar, do se empolgar e do se animar com alguma coisa, algum objetivo ou algum ser humano, e depois nos desapontarmos deixa-nos mais exaustos do que correr uma maratona. 
Recordo-me de minhas experiências, do quanto eu dei de mim, do quanto eu confiei, das viagens que fiz, do animo que eu tinha, da confiança que eu sentia, até perceber que estava vivendo uma ilusão. 
Até perceber que a pessoa que me empolgou, não era aquela que eu pensava que ela era. Tola eu, é claro. Seguidamente, no afã de encontrar “aquela” pessoa, a gente olvida dos detalhes, que, normalmente, são o que existe de mais importante, e termina quebrando a cara. Quebrando feio! 
Sei lá o que lhes faltava, brio, dedicação, independência, vontade de crescer na vida, de sair do comodismo e da zona de conforto, nem me recordo direito o que me irritava, a insegurança, os ciúme ofensivo, a arrogância ou a vontade de tornar-me uma pessoa diferente. 
Também não me esqueço de pequenas paqueras, da minha ilusão estúpida de que esta ou aquela pessoa era especial ou estava gostando de mim. Algumas se apaixonaram, outras não tiveram coragem de sair do chão, talvez, porque não se mande no coração, talvez porque não tinham experiência de vida suficiente com mulheres inteligentes, sofridas, independentes e espertas. 
Sei lá, de tudo resta o fato de eu não desistir de buscar fortes emoções, mas que seja com pessoas maduras, com quem sabe o que quer de uma mulher, com quem sabe o que quer da vida, não com gente confusa, com gente que não sabe direito o que espera do sexo feminino, enfim, de gente complicada, inexperiente, mal resolvida e imatura eu só quero uma coisa: distancia! 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 31 de maio de 2013.

Às vezes...

Às vezes... 

 Às vezes eu fico pensando: “Será que se as pessoas soubessem o que existe no coração dos outros, elas seriam tão egoístas?”. Sabe aquele negócio de ir levando algo adiante mesmo ciente de que você não esta se envolvendo com a pessoa, de que você não esta se apaixonando e, talvez, ela esteja? 
Pois é, isso se chama egoísmo. Você não esta se importando, tampouco ligando para os sentimentos da outra pessoa, que lhe diz o quanto gosta da sua companhia, que diz que sente sua falta, você lhe quer para passar seu tempo, você lhe quer porque ela é uma pessoa divertida e, quiçá, para ter sexo seguro e gratuito. 
Você mal sabe o que esse sujeito passou na vida, você mal sabe o quão iludido e usado ele foi porque, um dia, ele amou e confiou, você não sabe quão judiado ele é, nem tudo que ele precisou superar para conseguir, nobre e bravamente, confiar novamente. 
Mas, e daí? O que lhe importa é os poucos e bons momentos que você passará em sua companhia. Você deveria, de imediato e quando percebeu que não iria se apaixonar, dizer que precisa ficar só, no entanto não, você não conhece as dores do outro, logo, você leva a situação adiante. 
Depois, quando a outra pessoa percebe que não existe futuro para vocês, quando ela se sente usurpada e triste, você diz que se importa, você diz que esta mal. Mas, na verdade, você só esta “mal”, porque, por algum motivo ou por alguém de seu passado, você não consegue se envolver de verdade. 
O fato é que você esta se lixando para os sentimentos do outro, você esta triste por você mesmo, você esta triste, porque esta se sentindo mal ou por qualquer coisa assemelhada. 
 “Coisa” que diz respeito a sua vida, não a do outro, porque se você conseguisse pensar nos sentimentos alheios, não teria tocado adiante uma “relação” com quem você desconhece as dores, as amarguras e a boa-fé que, apesar dos pesares, ela ainda mantém em seu sofrido coração. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 30 de maio de 2013.

Uma Cláudia em minha vida.

Uma Cláudia em minha vida. 

 Não, eu não sou pirada, nem egocêntrica, mas dos relacionamentos amorosos que tive, dentre tantas, eu tirei uma estranha lição: eu serei plenamente feliz no dia em que encontrar uma pessoa que faça por mim o que sou capaz de fazer por ela. 
Sou o tipo de mulher leal, fiel, que corre atrás de táxi dentro da capital do Estado, que desce de ônibus e sai correndo na BR, que monta processo de graça para ajudar ao outro, que dirige, sozinha, 800 km num dia só, para ajudar ao companheiro, que acompanha o parceiro num mundo em que nunca vivi. 
Frise-se, tudo isso com alegria e boa vontade, pelo simples prazer de estar com quem eu gosto. Sou uma parceira e uma companheira no sentido literal de tais palavras, mas, sobretudo sou sincera: enquanto amo, fico junto, quando me desaponto, pulo fora. Todavia, não deixo de amar sem razão, não sou insana. 
Não tenho meio termo. Em certos casos mais superficiais eu deleto a pessoa, literalmente, da minha vida real e virtual. Isso, claro, quando me sinto ferida, enganada, magoada e quero evitar a tentação de beber demais e lhe mandar uma mensagem, por exemplo. Quem não nos valoriza ou ama nem isso merece de nós! 
Entretanto, a gente percebe que amadureceu quando, não somente pelos atos e palavras, mas pelo olhar, percebemos quem nos quer bem e, valorizando nosso tempo e personalidade, escapamos de quem cujo olhar não brilha ao nos ver e cujas mãos não nos acariciam como merecemos: com o coração e a alma no comando. 
Embora eu saiba muito bem que qualquer ludibrio afetivo parte mais das minhas expectativas do que dos atos alheios, não dá para negar que as atitudes do outro podem nos induzir em “erro”. 
A pessoa lhe procura, convida pra jantar, pra sair, manda mensagem, enfim, ela age de forma a fazer-lhe, equivocadamente, crer que gosta de você, então, achando que estão em sintonia, você se entrega um pouco mais à relação e acaba se decepcionando. 
Essa é, praticamente, a história da minha vida afetiva: eu sou aquela que compreende, que ouve, que aceita o outro como ele é, que não exige mudanças, que respeita, que batalha junto, que é companheira, cúmplice, que faz o possível para ajudar quem esta a seu lado, mas, até hoje, não encontrei ninguém que fosse assim comigo. 
 Acho que eu preciso de uma Cláudia (em formato masculino) na minha vida, e não me refiro a afinidades, a alguém idêntico a mim, afirmo, isto sim, que preciso de alguém que tenha coragem para se entregar a um relacionamento amoroso, que não tenha medo de amar, que não faça do medo da desilusão um empecilho para o amor, que não tenha receios de ser ousado, que saiba ser parceiro e que não queira se apropriar da minha alma ou do meu jeito de ser, de viver, de me vestir e de pensar. Nossa! Tudo isso parece tão simples! Todavia, não é, infelizmente. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 30 de maio de 2013.

Bobagens

Bobagens 

Sentimentos humanos, por mais variados que sejam ou estranhos que possam parecer, são explicáveis. Quem é que nunca se sentiu sozinho mesmo estando acompanhado? 
Quem é que, acompanhado, não quis ficar sozinho e, quando só, não quis estar em boa companhia? Quem é que nunca magoou alguém sem querer, quem é que nunca se sentiu magoado e não teve força e vontade para compreender ao outro? 
Quem, enfim, nunca pensou em como seria sua vida se estivesse trabalhando noutro oficio, estagnado no amor do passado, se não tivesse, enfim, tido a ousadia de mudar? 
Por outro lado, quem é que, assumindo o risco da solidão, da ousadia de batalhar por uma carreira e por novas oportunidades longe de quem se ama, não derramou algumas lágrimas por solidão, por saudade ou por frustração? 
Frustração, porque pessoas devotas de Deus vivem esperando o melhor e, de repente, acham que encontraram alguém que lhes fará companhia, que será um bom parceiro, um amigo leal, mas se frustram. Se decepcionam pela milésima vez! 
Frustram-se e sentem-se só numa noite em que poderiam divertir-se acompanhadas. Mas, acompanhadas de quem? De quem lhes admira? De quem lhes adora? De quem por elas sente paixão? Ou por quem, simplesmente, deseja passar seu tempo e aproveitar-se de seu bom humor? 
Então, sozinhas na madrugada, longe de quem amamos, longe de quem um dia adoramos, nos sentimos sozinhas, mas não completamente tristes. Já somos meninas crescidas, não choramos por quem não nos preza, mas choramos por estarmos sozinhas numa noite que poderia ser muito bela e terminamos por nos recordar de como eram alegres as noites na companhia de quem, realmente, tinha carinho e admiração por nós. 
Talvez sejam os hormônios, talvez seja a solidão, talvez seja a insegurança, talvez seja a saudade dos tempos em que éramos amadas, admiradas e adoradas. Talvez seja qualquer bobagem, mas bobagens, de vez em quando, também nos causam dor. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 30 de maio de 2013.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Nunca é tarde

Nunca é tarde 

 Nunca é tarde para mudarmos nossas expectativas, nossos sonhos, nossos planos, nunca é tarde para deixarmos para trás o que não nos contentou e irmos a busca do que pode nos fazer feliz, profissional e financeiramente. 
 Nunca é tarde para mudar, para voltar a acreditar que existem pessoas boas, para desacreditar de algumas espécies de indivíduos, para aprender que nem tudo é o que aparenta e o que aparenta não é tudo, pelo contrário, é quase nada. 
Nunca é tarde para abrirmos nosso coração e vivermos uma grande paixão. Quem sabe aquela que marcará a nossa vida para sempre, mas que, como toda paixão, um dia irá nos causar dor, mas que, no futuro, diremos que valeu à pena! Foi intensa, foi profunda, foi inocente, foi inesquecível! 
Nunca é tarde para aprendermos com nossos pais, com nossos amigos, com quem nos quer bem, nunca é tarde para fazermos uma boa leitura e aprender algo útil com ela. 
A verdade é que nunca é tarde para tentar, para apostar nossas fichas em algo, assim como nunca é tarde para desistirmos, para nos recolhermos a nossa insignificância e vermos que ninguém muda por nós. As pessoas são o que são e quem se incomoda com elas, basta que se retire de suas vidas, sem complicações. 
Assim como nunca é tarde para vivermos experiências magníficas e de felicidade extrema, assim como nunca é tarde para crermos que almas gêmeas existem, que o amor de verdade é uma dádiva divina, nunca é tarde para termos péssimas surpresas. 
Nunca é tarde para nos decepcionarmos com as pessoas, para vivenciarmos situações inimagináveis e nos sentirmos um lixo, uma coisa mal feita, uma coisa errada, sem beleza e sem graça. Nunca é tarde para termos sensações terríveis, para nos sentirmos insuficientes, insignificantes, substituíveis e “usáveis”. 
E é por isso que eu continuarei apregoando o que a vida me ensinou: só ouse entregar-se para quem, no mínimo, tem grandes e profundos sentimentos por você, por quem lhe admira e, quiçá, lhe adora. Não tenha pressa e não entregue, nem seu corpo, nem seu coração sem saber o que o outro sente por você.  
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 30 de maio de 2013.

Sem medo de ser feliz!

Sem medo de ser feliz! 

 Eu sou uma mulher transparente como a mais límpida das águas, então não adianta colocar máscara de mulher afetivamente independente, de quem não deseja a companhia de ninguém, de quem não acredita no amor ou tem medo de se decepcionar de novo. 
Sabe por quê? Porque eu não tenho! Porque as melhores lembranças da minha vida envolvem momentos de amor, de paixão, momentos em que eu agi inocentemente, mas que acordava e dormia acompanhada e feliz todos os dias. 
Se existe o risco de não dar certo? De sofrer? De chorar todas as lágrimas que já chorei? Eu assumo! Esse e todos os riscos que possam existir. O que eu não quero é uma vida morna, um relacionamento morno e insosso, afinal sou apimentada demais para isso. 
O que eu não quero é uma relação em que apenas eu me entregue, em que apenas eu diga o que sinto, o que desejo, o que se passa em meu coração. Eu quero alguém que esteja disposto a abrir mão de seus medos para ser feliz no amor junto a mim. Alguém que fale o que sente! 
Quero alguém que tenha maturidade suficiente para separar o joio do trigo neste imenso mundo de pessoas interesseiras que não querem amar, mas usufruir de conforto, do dinheiro e de bens que não sejam os seus. Maturidade é disso que eu preciso! 
Todos os dias quando saio de casa existe uma remota possibilidade de algo ruim acontecer e eu não voltar, não vir me despedir da minha mãe, dos meus gatos, de dizer-lhe o quanto os amo e quanta saudade tenho da minha família que esta longe. 
Todavia, eu saio e vou trabalhar sem medo, porque a vida me ensinou que, quando algo tem que acontecer, vai ocorrer independente da minha covardia, dos meus receios, dos meus recalques, fobias ou medos. 
Então, eu quero viver um grande amor, eu quero, sim, viver uma grande paixão! Quero beijos apaixonados, andar de mãos dadas, dar boas risadas, tomar bons vinhos, dormir de mãos dadas, brincar, fazer o outro sorrir quando ele estiver triste e a ele confiar o meu coração. 
Não, eu não tenho medo. Não mais. A melhor fase da minha vida foi a que vivi imersa em amor, em paixão e na vontade de ver a noite chegar para estar perto de quem me amava e fazia feliz. E, sem meio termo, é isso que eu quero, um dia, para mim. Meus medos? Mandei-os para bem longe, eles que vão prostrar a felicidade de outro tolo, não a minha. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 30 de maio de 2013.

Casamentos e percalços

Casamentos e percalços 

 Redes sociais não terminam com casamento, sair à noite não estraga relacionamento, ficar na cama, isolado do mundo, também não estraga com casamento algum, conviver com a família, menos ainda. 
A verdade é que não existe algo que, especificamente, segure ou atrapalhe um casamento. Relacionamentos se mantêm, porque existe amor, união, parceria e, principalmente, respeito entre o casal. 
Filhos não seguram casamento, dinheiro não segura casamento, sexo também não, tudo isso podem ser fatores que impulsionem a união, não que sirvam para, realmente, mantê-la. 
Casamentos dependem de intimidade, de cumplicidade, da capacidade de sentir-se a vontade na presença do outro, de poder fazer tudo com ele dentro e fora da cama, de poder lhe contar seus desejos, seus anseios, seus gostos mais exóticos. 
Amor mantém casamento, mas não sem união, amizade, cumplicidade, bom humor, respeito, parceria e liberdade: deixar o outro ser quem ele é, compreender seu gênio, sua forma de ser e deixá-lo a vontade. 
É preciso amar para lutar por um relacionamento, por outro lado é preciso ser um pouco racional, admitindo para si próprio que o outro lhe fará falta, que seu jeito lhe encanta e, se acaso deixou de encantar, com uma boa dose de diálogo e carinho, pode tornar a fazê-lo, dependendo, é claro, da vontade de ambos em manterem-se juntos. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 29 de maio de 2013.

Alguns males

Alguns males 

Lamentavelmente algumas "coisas" estão dominando o mundo. Você pensa que na sua cidade as pessoas são muito superficiais e fúteis. Então, você, por algum caso do acaso, se muda para uma cidade pequena e percebe que lá, as pessoas também são fúteis. 
 Com o tempo, por outro "caso do acaso" você se muda para outra cidade, um meio termo entre a grande e a pequena e percebe o que? Que a maioria das pessoas valoriza mais o ter do que o ser, que a maioria das pessoas querem "aparecer" a qualquer custo, ainda que sendo ridiculamente vulgares ou exibicionistas. 
A maioria dos homens quer poder exibir-se com carros caros, querem sair na noite gastar horrores e conseguir sexo fácil com as mocinhas que malham duas horas por dia para manter a bunda (enorme) empinada e a barriga chapada, além, é claro, de turbinarem os seios com próteses avantajadas. 
Os filhos de ricos pouco ou nada fazem para aumentar o patrimônio dos pais, desejam é exibir-se gastando o que possuem enquanto as moças, que cuidam mais do corpo do que da mente, buscam um marido rico que lhes sustente, independente de terem tido um pai inocente que lhes pagou uma razoável faculdade. 
 Logo, a futilidade, a superficialidade e a banalidade não são males regionais, do interior do sul ou do norte. São males gerais que estão dominando o ser humano. Portanto, em definitivo, você aprende: é o mundo que mudou e alguns males assombram todos os lugares. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 29 de maio de 2013.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Respeito e amor

Respeito e amor 

 Existem pessoas que são realmente incríveis na sua forma de ser e, obviamente, de amar. Mas não é um “incrível” no bom sentido, infelizmente. Exemplo disso são aqueles indivíduos que acham que o amor é um salvo conduto para que se possa falar ao outro exatamente tudo o que se pensa, sem sopesar antes, sem, enfim, colocar-se no lugar da outra pessoa.
 Não quero julgar, mas, sob o meu ponto de vista esta é uma forma um pouco egoísta de amar, ou é, simplesmente, a forma com que as pessoas mais egoístas sabem amar, querendo que tudo venha até elas, inclusive o gênio, os pensamentos e a personalidade alheia. 
 Logo, elas olvidam da necessidade de pensar antes de falar, da necessidade de avaliar se suas palavras poderão magoar ou ferir ao outro. Pensam, portanto, que basta amar, basta ser carinhoso e tudo é possível. 
Mas não é. Não é assim que funciona. Amar não basta, é preciso respeitar, é preciso ter paciência e, portanto, tolerar o que o outro faz e não é tão lindo, tão gracioso, tão perfeito e tão agradável, afinal, as pessoas são imperfeitas e os relacionamentos amorosos não fogem desta realidade. 
Seguidamente você apenas ouve, não porque o outro está falando do seu assunto preferido, não porque suas palavras estejam lhe agradando, mas apenas, porque é a pessoa que você ama quem esta falando e ela merece ser ouvida, ela merece a sua atenção, não a sua critica, ainda que bem intencionada. Guarde-a para si, o outro não pediu a sua opinião, logo, ele esta feliz sendo como é! 
 O amor implica em admiração. Sem admiração o amor morre, todavia, você não vai admirar o outro durante as 24h do dia, existirão momentos em que você não vai concordar com o que ouve, existirão momentos em que o que você vai ouvir não é belo, agradável, nem interessante, logo, isso não vai lhe contentar, pode até causar certo mal estar ou irritação. 
 Todavia, é nesse momento que você demonstra o respeito, que é, praticamente, um sinônimo do amor: você se cala, você tolera, dá uma risadinha amarela, e espera o momento seguinte, que, quase com total certeza, será como a maioria de seus momentos ao lado da pessoa amada: agradável, afetuoso e cheio de admiração. 
 E é assim que o amor acontece, com base na sua paciência, na sua capacidade de tolerar o que não é tão bom, com base na sua astucia para silenciar quando não tem nada de bom para dizer. Parece complicado, mas não é: o amor, o companheirismo e o respeito facilitam praticamente tudo. 
 É por isso que, apesar de ter tido um casamento que findou, eu acho a vida de casado excelente quando existe bom humor, parceria, amor e companheirismo. Ao contrário do que os menos vividos pensam, casar é ótimo, acordar e dormir junto com alguém é uma delicia, tudo depende da pessoa que estará ao seu lado e do que você sentirá por ela. Só isso. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 28 de maio de 2013.

Aprendendo

Aprendendo 

 Eu já tive muita paciência com quem não merecia e pouca paciência e tolerância com quem merecia. A maturidade realmente nos faz crescer e, garanto, pouco ou muito e, independente das circunstancias, nos torna seres humanos um pouquinho melhores. 
Com o tempo a gente aprende que deve tentar manter o equilíbrio, a tolerância e a paciência sempre, mas, sobretudo, aprende a ter uma palavra só. Logo, quando a paciência se esgota de vez, é um “com licença, estou saindo e não volto mais.” 
 Então você não volta. Primeiramente, porque a vida lhe ensinou que quem lhe merece não lhe faz chorar, não lhe decepciona, não age com frieza com você, não quer lhe mudar e lhe aceita como é, quer, apenas, lhe ver feliz e lhe ver crescer em todos os aspectos. 
Em segundo lugar, porque você sabe que as pessoas não mudam, apenas porque você gostaria que elas mudassem ou que o relacionamento de vocês melhorasse e fosse aquele que existia em sua mente. (Seguidamente, apenas nela.) 
A vida lhe ensina que o fato de você desejar que as coisas sejam melhores, mais amenas, mais equilibradas, mais alegres, mais pacificas, mais afetuosas e mais respeitosas não irá lhes tornar nada disso. 
 Você pode ter a boa intenção que for, você pode acreditar no melhor do ser humano, no melhor da vida, isso não vai fazer com que as suas crenças se tornem reais. Continuarão existindo pessoas invejosas, pessoas maldosas, pessoas maliciosas, pessoas gananciosas e pessoas interesseiras. 
O mundo não é o lugar que você gostaria que fosse, mas, contente-se ao saber que você foi, viveu, chorou, se decepcionou, tentou, mas, sobretudo, aprendeu e não existe resultado melhor do que o aprendizado, do que o crescimento, do que a evolução. 
Enfim, a vida lhe ensina a dar a melhor fatia do bolo para quem é melhor com você, para quem merece. Você sai perdendo em números: se afasta de alguns pretensos amigos (falsos), fica longe de pessoas que querem lhe usar, afetiva ou financeiramente. 
 Você pode não saber fazer uma faxina em sua casa, mas a vida lhe ensina, pelo seu próprio bem, a fazer boas e grandiosas faxinas ao seu redor e em sua mente. Você muda algumas coisas de posição, coloca outras fora, conserta o que vale a pena ser consertado e, na maior parte do tempo, joga muitas coisas no lixo, dá um nó e nunca mais vê! 
Apesar de sofrer e de se desiludir de vez em quando, você se torna mais forte, você cresce, você aprende, inclusive, a ter mais esperança e mais fé em Deus, na vida e em si mesmo, e esta fé lhe torna forte, lhe faz sentir-se quase imbatível, como se você estivesse protegido por um escudo. Um poderoso escudo! 
Enfim, as lições que a vida dá aos seres humanos não são muito diferentes de um para outro, ocorre que só aprende quem quer, só aprende quem abre a mente para ver o que se passa ao seu redor, só aprende quem descruza os braços da arrogância e se torna humilde, só aprende quem vê que, independente de dinheiro, beleza ou poder, todos estamos neste mundo para nos tornarmos criaturas melhores. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 28 de maio de 2013.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Vá à luta!

Vá à luta! 

 Reclamar do salário é fácil, eu quero ver é se dedicar para ganhar mais, quero ver é tomar um café da manha farto para ir trabalhar animado, quero ver é tomar um pó de guaraná para espantar o sono e dar energia. 
Falar mal do chefe também é fácil, tentar aprender com ele não. Ah, porque ele é “exigente demais”, ele é “chato”, etc. Seja o que for, qualquer pessoa que cresceu na vida e saiu da posição de “tuco” para a de patrão tem uma trajetória a ser admirada. 
Você não pode ter poucas ambições, não deve querer trabalhar apenas para aprender, você tem que trabalhar com ânimo de crescer na vida, de evoluir na sua profissão, de se tornar um profissional realmente bom, além, é claro, de ser melhor remunerado. 
 Não está bom assim? Digne-se a parar e estudar para concurso. Ah, falta tempo? Tempo é questão de preferência. Se você souber o que quer, se dedicar e privilegiar, você vai conseguir o que deseja. 
O grande problema das pessoas é a preguiça, é a vontade de ganhar tudo com facilidade, sem muito esforço, sem perder o sono, sem cansar-se, sem precisar pensar, refletir e se incomodar de vez em quando. 
Como crescer na vida se chega à sexta-feira e você se alivia, na segunda-feira você reclama, durante a semana você faz tudo empurrando com a barriga, quando a sua mesa fica cheia você fica de mau humor, quando a responsabilidade aperta, o seu humor diminui? 
 Então antes de criticar o seu chefe, antes de falar mal do seu emprego, antes de reclamar do seu salário, antes de debochar dos colegas dedicados, tente você ser mais dedicado, tente criar novos sonhos, tente ampliar os anseios que você já tem e vá à luta, ficar parado reclamando não ajuda em nada. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 27 de maio de 2013.

Pacíficos

Pacíficos 

 Não tenho nada contra o divórcio. Nem todos têm sorte e sabedoria para cultivar um relacionamento com base na parceria, na confiança, na cumplicidade e na lealdade, para quem não consegue, existe a separação e um novo começo. 
O que eu acho muito estranho é o materialismo que circunda o conceito de casamento para algumas pessoas, que não desejam encontrar um parceiro para construir uma vida ao seu lado, mas encontrarem um banco para financiar-lhes. 
Logo, admiro os casais antigos, aqueles em que, independente da mulher trabalhar fora, ela ajudava o esposo em seus negócios, fossem eles no campo ou na cidade. Havia tolerância, vontade de vencer juntos, de crescer, de evoluir. Havia o que falta nos casais “independentes” de hoje em dia. 
Eu não simpatizo com a mania infeliz de certas pessoas em agir como se o outro fosse substituível, como se ele pudesse ser deixado de lado como um objeto sem valor, não aceito a ideia de casar-se com alguém e, sem tentar ceder, deixá-lo de lado como se ele fosse uma boneca de criança que, de tão usada, causou enjoo. 
 Ah, “não esta dando certo? Então separa”. Essa visão além de simplista é de uma frieza sem tamanho e olha que eu sou uma pessoa bastante objetiva nos meus relacionamentos. Se eu vejo que não vai para frente, que vou me incomodar muito, pulo do barco e desisto do romance, mas isso sem ser casada, é claro. 
Do contrário, é preciso ter força de vontade para fazer a relação fluir, para leva - lá adiante, para evitar a sua bancarrota. É preciso tentar inovar, renovar, agir, reagir e, se mesmo assim, se constatar que o amor virou mito, a separação surge como a melhor solução. 
Todavia, antes disso, é necessário exercitar a tolerância, a paciência, a capacidade de compreender ao outro, de colocar-se no lugar dele, é preciso, pois, usar de todos os artifícios que o amor nos possibilita usar, é preciso, pois, lutar para fazer dar certo. 
Ninguém é igual a ninguém, ninguém é perfeito e ninguém é melhor do que ninguém. Então respeite ao outro e ao seu jeito de ser, aceite-o, respeite-o, compreenda-o e não exija demais dele, não queira dele o que nem você pode lhe dar. 
Queira, isto sim, amar e ser amado, respeitar e ser respeitado, ser indulgente e receber indulgencia, tente aceitar as esquisitices, as manias, os hábitos e o jeito peculiar do outro, assim como ele ao seu. 
Queira abrir seu coração para o amor, seja um bom parceiro, um bom companheiro, pois, seguidamente, um bom casamento é construído com base na tolerância, no bom humor, na parceria, na cumplicidade e no companheirismo. Sem muitos segredos, faz-se necessário, isto sim, uma boa dose de pacificidade e boa vontade. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 27 de maio de 2013.

domingo, 26 de maio de 2013

Segurança

Segurança 

 Lembro de uma balada de rock gaúcho que animava minhas tardes de sábado ao lado das minhas tias, era uma música dos Engenheiros do Havaí e o refrão era mais ou menos assim: “Você precisa de alguém que te dê segurança senão você se cansa e dança!”. 
 Pois é, o tempo passa, você encara muitos relacionamentos sérios e chega um dia em que você se pega cantando este refrão enquanto passa protetor solar, afinal, você precisa de alguém que te dê segurança. 
 Eu, pessoalmente, não sou o tipo de mulher com perfil para relacionamentos inominados, aqueles que você não sabe se o parceiro é amigo, amigo colorido, namorado ou nenhuma dessas opções, logo, a mais abjeta: você não significa nada demais pra ele e, conseqüentemente, por não lhe dar segurança, passa a pouco valer para você! 
 Você quer saber o terreno em que esta pisando, você não quer ter vontade de andar em nuvens e não poder, sequer, sentar-se ao chão de mãos dadas com alguém em quem você confia e, frise-se, seres humanos possuem alguns objetivos simples em comum: querem alguém em quem confiar, alguém para amar e para poder serem eles mesmos, sem medos, sem receios e sem máscaras. Enfim, sem segurança você se cansa e dança! 
 Você se decepciona, se frustra e se sente mal amado. Você quer saber quem é a pessoa que lhe liga de vez em quando, que quer a sua companhia às vezes e que lhe beija deliciosamente. Você quer alguém que lhe dê segurança, do contrário, quem faz a relação “bailar” é você e sua parca paciência. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 26 de maio de 2013.

sábado, 25 de maio de 2013

Habitat do “faz de conta”

Habitat do “faz de conta” 

Teimo em ver as redes sociais como o habitat das auto-afirmações, o lugar onde todos superam com facilidade as suas frustrações, o lugar em que a realização bate à porta de praticamente todo mundo. 
 Ali gente traída se recupera rapidinho e sai publicando fotos de seus novos momentos de felicidade e alegria, ali ninguém chora no travesseiro, ali as pessoas se manifestam, nem sempre se valendo da verdade, mas, quase sempre, querendo convencer a sociedade de que são mais realizadas do que, de fato, são. 
 O Facebook é o mundo das ilusões, o mundo das superações rapidíssimas, o mundo da alegria, do contentamento, o mundo em que nada falha, nada machuca, nada faz doer, o mundo em que todas as dores são surpreendentemente passageiras. 
 Ali tudo se supera, ali se passa por cima de qualquer espécie de mágoa e dor, ali as pessoas vão a festas e estão sempre sorrindo, alegres e felizes, independentemente de dependerem da ajuda dos pais no final do mês ou de deixarem o filho em casa para saírem se exibir na sociedade e, claro, tirar fotos. 
 Que graça tem se arrumar, colocar salto alto, pedir um drink caro e não tirar foto para postar no Facebook? Nenhuma, é claro. A vida das pessoas não teria a mesma luz e o mesmo brilho se elas não pudessem publicar suas “façanhas” nas redes sociais. 
 Exemplo disso é que as pessoas mais intimistas e melhores resolvidas são as que menos publicam frases alardeando a sua felicidade, a sua realização plena e as bênçãos que a vida lhes deu. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 25 de maio de 2013.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Muito bom!

Muito bom! 

 Como é bom quando a vida lhe apresenta pessoas surpreendentes. Pessoas sinceras, discretas e decentes, pessoas que respeitam os seus limites e admiram os pequenos detalhes do seu ser. 
 Como é bom receber da vida a honra de poder ter bons momentos com quem lhe faz sorrir, com quem lhe aceita como você é, com quem é bom, esforçado, educado e admirável, mas não faz propaganda de si mesmo. 
 Alguém que é inteligente, mas é sensível, alguém que é educado, mas é humorado, que é simpático, mas reserva para si próprio os detalhes de sua intimidade, alguém que é excelente, mas não é idêntico a você e, nem por isso, reclama do seu jeito de ser. 
 Conhecer pessoas de alma humilde e coração simples é uma benesse que a vida reserva para poucas pessoas. Felizes, portanto, os que sabem valorizar o bem que encontram neste mundo de pessoas intransigentes que teimam em querer uma cópia fiel de si mesmas, e não uma boa companhia. 
Se a vida não está do jeito que você espera, se algo lhe frustrou, se algo lhe feriu, ignore, siga seu caminho, batalhe pelos seus sonhos e nunca deixe de acreditar que, apesar dos pesares, existem exceções as regras, existem muitas pessoas boas neste mundo. 
 Então, espere a vida lhe trazer uma pessoa que irá lhe surpreender, lhe fazer sorrir, que irá respeitar suas vontades, seu jeito, que vai admirar o que nem todos gostam em você. 
Espere o dia em que a vida colocará em sua frente alguém que você será capaz de realizar, de fazer plenamente feliz e de ser, também, um ser humano realizado ao seu lado. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 25 de maio de 2013.

Entrega

Entrega 

Vivo entre meus pudores e entre a minha intensidade. Vivo entre minha esperança, meus anseios e algumas lembranças desagradáveis. Vivo entre minha fragilidade, minha doçura e delicadeza e minha garra, minha força e minha audácia. 
Decepção alguma limita meu jeito intenso de ser e de viver. Não deixarei de ser quem sou, porque alguma coisa não deu certo na minha vida, porque alguém me enganou ou porque eu me iludi. 
 Diga-se que é esta ultima, a hipótese válida. Ninguém nos engana, quem insiste, quem teima no que já esta falido, quem dá murro em ponta de faca somos nós, mais em prol de nosso orgulho do que pelo amor que, quiçá, nem sentimos ou deixamos de sentir por alguém. 
 Então a vida passa, então eu caio, me levanto, mas não desisto de acreditar no amor e na bondade de certas pessoas. Eu acredito nas exceções as regras, afinal, eu sou uma. Então o tempo passa e eu entrego intensamente a minha alma e cada célula do meu ser, cada pedaço da minha pele, do meu corpo.
É assim que eu sei viver. Sem fazer nada por fazer, sem jogar pérola aos porcos, sem desmerecer o que tenho de melhor para oferecer: o meu carinho, o meu afeto, a minha paixão, a minha confiança, a minha admiração, o meu amor e a minha entrega. Entrega intensa, entrega de corpo, alma e coração. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 25 de maio de 2013.

Burrice

Burrice 

 Burrice não é falta de caráter, mas dentre a maioria das falhas humanas é uma das mais irritantes! E tem quem diga que não é defeito. Pobreza financeira não é defeito, mas burrice é, em especial quando o asno se acha inteligente! Dê-me paciência, Senhor! 
É muita gente lerda, incapaz de conectar uma coisa a outra se passando por intelectual, é muita gente incapaz de conviver ao lado de alguém, desprovido de inteligência emocional, se achando genial e incompreendido. 
Tem gente que não tem talento nem para ouvir os problemas alheios, menos ainda para ajudá-los, menos ainda para fazer alguma conjetura com base no que ouve! Então, quer saber? 
Eu não tenho nada contra gente sem cultura, sem dinheiro, sem instrução, sem elegância, mas gente burra me irrita, em especial porque elas gostam de teimar, elas gostam de crer que a razão nasceu ao seu lado. 
Só pedindo paciência aos céus para conseguir conviver numa sociedade em que as pessoas, cada vez mais, estão deixando de se dedicar a pensar e refletir para gastar o salário em bebedeira, roupas e passeios. Nada contra gente ignorante, mas que seja humilde. Ao menos isso, por favor! 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 25 de maio de 2013.

Lamento muito!

Lamento muito! 

 Corpo sensual, sarado e definido atrai, mas não conquista, lábios carnudos e sorriso bonito, atraem, mas não conquistam, decote, bundão e seio siliconado, atraem, mas não conquistam. 
 Existe um abismo entre o que pode ser tido como atraente e o que é capaz de encantar e conquistar um ser humano inteligente. 
Não importam os lábios se da boca só saem asneiras, não importa a beleza do corpo, se ele é incapaz de aquecer, de acarinhar, de criar momentos prazerosos. 
 Então você vê uma moça gordinha, fora dos padrões de beleza, feliz com seu namorado carinhoso e fica pasma! Faz mil e uma conjeturas fúteis, pensa que a moça é rica, que é isso ou aquilo, que há algo errado no que você viu. 
 Pois aí você manifesta o seu lado vil, o seu lado maldoso. A beleza não está apenas nas curvas, no abdômen definido, no bumbum duro, na cintura fina, nos seios firmes, no bíceps forte, nos olhos claros ou no olhar marcante e sensual. 
 Talvez a gordinha acompanhada tenha o que miss alguma possui: equilíbrio, alegria de viver, bom humor, paciência e inteligência. Talvez ela se preocupe em ser uma boa parceira, em ser um bom ser humano e não um belo pedaço de carne para ser devorado pelo parceiro e pelos olhares alheios. Quiçá ela nem precise disso para ser feliz! 
 O encantador, o atraente, o fascinante e o apaixonante seguidamente estão muito longe de corpos bem delineados e fortes, estão muito longe das baladas onde a maioria procura companhia para uma noite só, para massagear o ego e ir dormir entretido com uma besteira fugaz em mente. 
Todavia, só vê o valoroso, quem tem valores e procura por eles, o resto esta ai, formando um mundo de pessoas mais vulgares do que sensuais, mais fúteis do que legais, mais superficiais do que profundas, mais grosseiras do que carinhosas, mais atraentes do que interessantes. É lamentável! 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 25 de maio de 2013.

Medos II

Medos II 

 A principal diferença entre homens maduros e imaturos é que os primeiros sabem reconhecer uma exceção e, por medo de perdê-la, fazem de tudo para estar ao seu lado. 
 Os imaturos, por sua vez, nem sempre reconhecem uma mulher rara e terminam, por medo de se decepcionar, desperdiçando a joia por já terem visto bijuterias brilhantes demais. 
Todavia, a vida ensina as pessoas a serem mais perspicazes em seus relacionamentos, ela ensina os indivíduos a conhecerem uns aos outros de forma mais rápida e, principalmente, lhes ensina a temer menos. 
Ter medo de sofrer e de se desiludir é normal, mas deixar de vivenciar algo ou prostrar-se por ele é tolice. O mesmo medo que você tem de uma aranha não pode ter de uma mosca, logo, é preciso ter boa visão para distinguir uma mosquinha de uma aranha venenosa. 
 Logo, seja cauteloso, mas não seja medroso, seja cuidadoso, mas não seja covarde, confie na sua intuição, confie no que você sente, confie naquilo que a voz em seu interior lhe diz. Não tenha pressa, mas também não vá muito devagar. 
 Todos querem a melhor vaga de estacionamento, o melhor emprego, a melhor carne na churrascaria, então, se agilize, pois se a lentidão lhe dominar, você perde o que poderia ter sido seu e não foi, graças ao seu medo vão de reviver dores e enfrentar seus medos. 
Memórias de sofrimento, de desilusões e de decepções todos guardam. Ninguém é e nem nunca foi ou será imune a dor. Ocorre que o que diferencia as pessoas felizes das infelizes é a capacidade de confiar novamente e de apostar num futuro melhor apesar de seus pesares já passados. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 24 de maio de 2013.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Culpa

Culpa 

 O mundo é dividido entre as pessoas boas e honestas e entre as pessoas que sentem culpa e, acredite, as segundas agem, nas relações pessoais e afetivas, de forma muito parecida com as primeiras.
Tem gente que se gaba porque o marido faz tudo o que pede, tem gente que se gaba, porque o marido dá presente, manda rosas, obedece. Alguns acham isso lindo, eu acho atitudes típicas de gente culpada. 
 Assim como tem marido que se sente o máximo, porque a mulher nunca o contraria, porque a mulher faz tudo o que ele pede sem manifestar suas opiniões, sem brigar, sem contrariar, porque a esposa faz tudo o que os filhos solicitam. 
 Ora, mas tais pessoas são “culpadas” pelo que? Culpadas por serem infiéis, culpadas por serem demasiado egoístas, culpadas por serem ausentes, por não darem, pessoalmente, o amor que a família merece. Então, a culpa lhes torna mansos, pacíficos e extremamente agradáveis. 
A culpa os torna preocupados, atenciosos e termina por torná-los, enfim, melhores do que eles seriam se fossem realmente bons, realmente honestos, realmente prestimosos. 
 Existem aqueles que acreditam nas atitudes de quem age mais por culpa do que por amor. Eu não. Não sou uma pessoa desconfiada demais, mas tenho perspicácia suficiente para distinguir atitudes e sentimentos sinceros, daqueles forçados que existem, apenas e tão somente, para que o culpado possa dormir em paz à noite. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 23 de maio de 2013.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Limites da desconfiança

Limites da desconfiança 

 De regra existem dois tipos de pessoas estranhas no mundo: as que querem exibir-se e parecerem “mais” e “melhores” do que são e as que se omitem tanto que, da mesma forma, transparecem ser quem, na realidade, não são. 
 Tem aquelas pessoas que necessitam expor suas experiências, suas vivencias e suas aventuras como se fossem as únicas pessoas ousadas e cheias de boas recordações na terra. 
 Outras, por sua vez, têm medo de contar o que lhes ocorre. Dizem que sentem receio de serem “invejadas” e têm medo da inveja alheia. São, no fundo, egocêntricas e narcisistas, pois super valorizam a própria felicidade a ponto de achar que ela “chocará” alguém. 
 Eu acho que existem coisas que se fazem entre quatro paredes, eu acho que existem momentos que não precisam ser relatados para ninguém, eu acho que o bom da vida a gente faz a sós e bem acompanhado, mas não precisa publicar na internet ou num outdoor. 
Todavia, não é preciso esconder o óbvio do mundo. Não é preciso ser paranoico e ter medo da reação das pessoas frustradas em relação a sua felicidade, o que não afasta a necessidade de ter um pouco de receio quanto aos seres humanos, afinal, esta é a raça menos leal e confiável da face da terra, todavia existe limite para tudo, inclusive e principalmente, para a sua desconfiança. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 22 de maio de 2013.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Cale-se III

Cale-se III 

Dizem que a gente não se arrepende do que faz, mas do que deixa de fazer, do que deixa de tentar, do que deixa de ousar. Com prudência, concordo plenamente com este pensamento. 
Todavia, em algumas situações, eu acho mais elegante e saudável arrepender-se do que se fala, não do que e porque se cala. O silencio é amigo das pessoas inteligentes, o silêncio é irmão da esperteza. 
Falar tudo o que você pensa sobre tudo, contar tudo o que você fez na vida para pessoas estranhas, contar para quem não é seu intimo as intimidades de sua vida não é legal, não é inteligente e, sobretudo, não é nada elegante. 
Reserve-se um pouco. Se abra, se divirta, dê risadas, mas guarde um pouco das suas experiências, dos seus pensamentos, do seu jeito, da sua intimidade para você mesmo. 
Não se revele demais, não se desnude psiquicamente na frente de pessoa alguma, eu garanto, ninguém merece saber detalhes da sua vida, se existe alguém que mereça, essa pessoa já sabe sem que você lhe tenha contado. 
Seja humorado, seja alegre, seja espontâneo, mas seja um pouco discreto, um pouco silencioso. Existem coisas a seu respeito que ninguém precisa saber. A vida é sua e você faz o que lhe convém, não precisa, porém, anunciar isso aos quatro ventos, portanto cale-se. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 21 de maio de 2013.

Insuficiente

Insuficiente 

Não é do meu feitio ficar em silencio. Todas as vezes que me quedei silente quando me requeriam respostas, não foi por maldade, por má-vontade ou por orgulho, foi por cansaço, por exaustão. 
Foi, na verdade, principalmente, pela vontade de não magoar ao outro lhe dizendo o que, eu já havia lhe dito e, principalmente, o que, sabia eu, contrariaria as suas expectativas, ainda que aliviasse o meu coração. A minha consciência, enfim não perdeu a tranqüilidade por tal motivo. 
Creio que todos mereçam respostas para as suas indagações, ocorre que, em determinados casos, as respostas são dadas todos os dias, a cada situação indesejada, a cada palavra que fere, a cada atitude que magoa. 
Então, quando você vê, chega um dia em que você cansa e que, por melhores que sejam as intenções do outro, por maior que seja a falta que você lhe faz e a vontade que ele tem de ter feito tudo diferente, você cansou, você desistiu. 
Algumas circunstâncias em relacionamentos afetivos são como um bife que a gente vai, animadamente, fritar. Enquanto nos distraímos, ele passa do ponto e fica ruim, sem graça, duro, sem sabor. 
 Então, às vezes, a gente deixa os nossos relacionamentos passarem do tempo e ficarem intragáveis, insuportáveis. Distraímos-nos, deixamos de dar atenção a relação, deixamos de dar atenção ao que o outro nos diz e, quando vemos, não tem mais solução e a nossa tristeza não é suficiente para modificar nada, apenas e, quem sabe, a nós mesmos. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 21 de maio de 2013.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Reciprocidade

Reciprocidade 

 Ligue para quem lhe liga, mande mensagens para quem, por pensar em você, o faz. Não desperdice seu tempo esperando atenção de quem não lhe dá, pelo contrário, dê carinho para quem lhe preza, ainda que seja um bichinho. Isso evita a frustração com a raça mais complicada do mundo, a humana, obviamente. 
Pare com o hábito de ler as “entrelinhas”. Pessoas não são livros complexos que você precisa decifrá-las, ao menos, não pessoas emocional e psiquicamente saudáveis. 
Pessoas saudáveis e amáveis deixam claro o que sentem por você, deixam claras as suas intenções por você, logo, por tal motivo, são carinhosas, afetuosas e atenciosas se é a sua presença que elas desejam em sua vida. 
Pelo contrário se elas não lhe quiserem ou se estiverem no tal do “tanto faz” em que, enfim, tanto faz estar ao seu lado, tanto faz ter a sua presença, tanto faz ter o seu carinho, tanto faz ter os seus beijos, é porque elas estão ocupadas demais com outros planos para pensar seriamente em você. 
Então aprenda a dançar conforme a música. Bata uma vez só na porta, se a pessoa não for surda, ela irá lhe atender, caso contrário, vire as costas e não volte a insistir. Pessoas como você, de regra, são transparentes, logo, o outro sabe o que você sente, se ele não retribui, é por reciprocidade não há e, sem ela, nada vai adiante. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 20 de maio de 2013.

domingo, 19 de maio de 2013

Nada passiva.

Nada passiva. 

Eu não tenho nada contra ser persuadida, pelo contrário, como sou aventureira, ser persuadida é algo instigante, excitante. A questão, todavia, está na forma com que me persuadem. 
Eu gosto de discrição, de carinho, de palavras ao pé do ouvido, então, meu caro, eu lhe garanto, com este misto de táticas e um pouco de amor e muito respeito, não tem nada a que eu não seja convencida. 
Todavia, se começar com imponência, orgulho, arrogância e aquela vontade doentia de tentar me convencer a fazer o que eu (ainda) não desejo, não tem jogo, não tem transação, não tem conversa. 
Um homem inteligente consegue tudo de mim, um homem burro, não consegue nada, assim como nada merece da minha pessoa. Sou inteligente e boa demais no que faço para ser persuadida por pessoas de raciocínio lento ou fraco. 
Gosto de pessoas que sabem comer pelas beiradas, que sabem ser discretas, amáveis, mas que são capazes de serem diretas e, principalmente, surpreendentemente sedutoras. 
Não me venha com palavreado vulgar, com atitudes bruscas, com atos estúpidos e com imposições. Sou capaz de fazer de tudo, mas preciso, no mínimo, de 50% da sensação de comando. 
Gosto de saber o que estou fazendo, o que quero e sobre o que posso me manifestar, me posicionar, opinar e, em certos casos, até ordenar. Não sou o tipo de mulher passiva. Quem quer este tipo de companhia deve, com certeza, fugir da possibilidade da minha presença. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de maio de 2013.

Ciúme?

Ciúme? 

Sei lá se o ciúme é inerente ao amor. Não quero falar sobre as questões psíquicas filosóficas que rondam o tema. Eu posso falar por mim: não sou paranoica  não me importo com amigos e amigas, confio muito em mim e em quem amo, mas não sou imune a um ciuminho. 
Caracterizo, neste texto, ciúmes como o medo de perder o nosso objeto de desejo, de amor, enfim. Todavia, como em tudo na vida, existem formas de vivenciar sentimentos sem a mínima racionalidade, para não dizer inteligência. 
Quando saio com um companheiro eu observo discretamente duas coisas: quem atrai seus olhares e os olhares de quem ele atrai. De regra nunca me decepcionei vendo parceiros olharem para outras.
Todavia, pelo que já vi nesta vida, surgem surtos de ciúmes porque o fulano olhou para a sua parceira ou porque a infeliz olhou para alguém, acreditando, por exemplo, ser um conhecido. 
 Então, aviso: mulheres, de regra, não paqueram na frente de seus parceiros, o que não impede de existir as safadas mal amadas que olham para outros longe de seus companheiros, sejamos realistas, vadias fantasiadas de santas é o que mais existe neste mundo. 
Falo, portanto, que é essencial, para se conhecer quem lhe cerca, observar quem esta ao seu redor e se essas pessoas olham para a sua companheira ou companheiro, afinal, para o bem estar da relação, a confiança mutua deve ser o seu cerne. 
Então, pegue no ombro de sua amada e observe seus amigos que olham para ela com olhos cobiçosos, observe aqueles seus conhecidos que sempre batem em suas costas, mas que observam demais a sua namorada. 
Observe os homens que cobiçam a sua parceira que, por sua vez, nove em dez vezes, só tem olhos para você, mas que, não por isso, gostaria que você soubesse o que ocorre ao redor de vocês dois e que parte dos outros, não dela. Eis o dilema de toda mulher bonita, mas decente. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de maio de 2013.

Espontânea e transparente

Espontânea e transparente 

Às vezes acho que com a minha idade e experiência de vida eu devia aprender a seguir os conselhos de revistas femininas. Sei lá, aqueles do tipo, não diga o que você, realmente, pensa ou sente, não fale nada que envaideça o pretendente e etc.. 
Enfim, todavia eu não sou o tipo de pessoa que segue conselhos de revistas, a menos que a editora fosse a minha mãe. Se alguém me desperta o interesse eu não corro atrás, não persigo, não dou em cima, mas não consigo deixar de dizer se estou me sentindo bem ou mal, se estou contente, se estou animada ao seu lado. 
Sou espontânea demais para ser calculista na vida afetiva, para ficar fazendo pseudo contas a respeito do que devo ou não devo manifestar, dizer e demonstrar. Se eu gosto, eu gosto, se não gosto, eu sumo, simples assim. 
E quando gosto, se não posso ser carinhosa fisicamente, eu sou verbalmente: não escondo e não omito o que penso, o que sinto, enfim, não dou importância para o que irão pensar ou deixar de pensar a meu respeito. 
Sei, isto sim, que eu não deixo de dizer a ninguém o bem que essa pessoa me faz, o entusiasmo que me causa, o encantamento que me conquista lentamente. Não tenho malicia, não tenho aquela tal capacidade de “me fazer”, de esconder o que sinto para parecer que sou complicada, intocada e difícil, o tipo de mulheres que as revistas dizem que agradam aos homens. 
Eu valorizo meus sentimentos e meu corpo, logo, sou lenta para algumas coisas, mas não contenho a vontade de dizer o que sinto, não finjo que não estou nem aí, quando estou encantada. Sou espontânea e transparente, logo, se isso for defeito, coitadinha de mim! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de maio de 2013.

Tenha fé!

Tenha fé! 

Não importa o que aconteça, não importam as dificuldades que esteja enfrentando, tenha fé. Não desista do que você sonha, não desista de seus sonhos, de encontrar seu grande e verdadeiro amor, de poder confiar plenamente em alguém. 
Tenha fé. Acredite, mas, sobretudo, tenha valores. Admire o que o dinheiro pode comprar, admire o que é belo e atraente, admire o que é confortável, trabalhe e batalhe para poder comprar o que você sonha. 
Mas, não esqueça que dinheiro não compra amor, não compra afeto, não compra admiração, não compra paz de espírito. Todavia, nunca se desvencilhe do que realmente importa, nunca se esqueça de acreditar naquilo que irá fazer bem para a sua alma, para o seu coração, não olvide de seu bem estar mental e psíquico. 
Acredite em si mesmo, acredite nos seus sonhos, nos seus planos mais íntimos, naqueles que as desilusões e as decepções com a vida e com as pessoas insistem em fazer-lhe varrê-los para debaixo do tapete. 
Tenha fé e acredite que a vida é muito mais do que materialismos, a vida se passa naquilo que você não pode tocar, mas pode sentir, e ter fé é isso, é, apesar de não poder pegar com as mãos, assim mesmo, poder confiar e, acima de tudo, poder acreditar.   
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de maio de 2013.

Encanta

Encanta 

Você quer ser surpreendido, você quer encontrar uma pessoa que não mexa apenas com o seu corpo, que não toque apenas na sua mão, no seu rosto e em seus cabelos, você quer alguém que toque seu coração, sua alma. 
Você quer alguém que lhe mostre a importância das exceções a qualquer tipo de regra, você quer alguém que demonstre a relevância que dá a sua existência, sem ser falso, sem mentir, sem criar confusões e, principalmente, ilusões. 
Você quer alguém que lhe agrade sem querer agradar, alguém que seja ele mesmo, que seja espontâneo, que seja como, realmente, é. Alguém que diga o que pensa sobre o mundo, sobre seus filmes preferidos, seus livros, seus seriados, suas músicas, você quer alguém que mostre seu jeito e, ainda assim, lhe faça sorrir, lhe dê entusiasmo, lhe cause emoções boas e alegrias. 
Ninguém costuma trair mais ou trair menos: mulheres traem, homens traem. Caráter não se define por sexo. Mulheres não são “tão” mais sensíveis do que eles, nem homens são tão materialistas. Pessoas são pessoas, e cada uma tem seus sentimentos e a profunda vontade de serem valorizadas pelo que são, pelo que sentem e pelo caráter que possuem. 
É fácil, enfim, sentir-se bem ao lado de quem calcula cada passo que dá, visando fazer o que você deseja, é fácil sentir-se a vontade junto a quem tenta ser uma cópia fiel de você mesmo. 
Boas mesmo, saudáveis e maduras são as relações que nascem com calma, são os relacionamentos em que, através de uma amizade, as afinidades são constatadas, sem que ninguém force nada, sem que o sexo seja o objetivo primordial. 
 E é isso que você quer: uma boa, leve, porém grandiosa surpresa, que faça todos os seus conceitos e preconceitos a respeito de relacionamentos afetivos caírem por terra, enquanto você suspira contente lembrando-se dos doces beijos, palavras e sorrisos de quem lhe encanta. E encanta muito. 
Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de maio de 2013.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Deu pra ti!

Deu pra ti! 

 A gente tende a fantasiar quando algo nos atraí ou nos encanta. E não falo apenas de pessoas bonitas, altruístas, independentes e inteligentes, falo de fatos, de circunstâncias, de sonhos, de ideais. Eu, por exemplo, sempre admirei famílias grandes, com no mínimo dois filhos, com pais que se mantêm casados ao longo da vida e que dão, diariamente, apoio e força aos objetivos de seus filhos. 
 A gente superestima o que admira por desconhecer. Só Deus sabe os embates que podem existir em famílias grandes, só Deus sabe a paciência que a esposa tem que ter com o esposo e vice versa. Enfim, de longe a gente enxerga, mas pouco vê. 
Tudo parece melhor do que realmente é para quem está de fora, afinal das contas, quem é que vai brigar na frente dos outros, discutir e perder as estribeiras? Na frente da sociedade a perfeição tem que ser “propagandeada”. 
 Logo, todos os irmãos se relacionam bem, ninguém é infiel, ser humano algum precisa tolerar infidelidade ou as esquisitices quase insanas do outro, nenhum casal de namorados briga por banalidades e nenhuma amizade conhece a palavra inveja. De longe, tudo é lindo, todos são unidos e felizes. 
Ocorre que a verdade está dentro, onde, seguidamente, seus olhos não alcançam e não é do interesse de ninguém que eles vejam como a realidade de suas vidas é. Sabe a tal da superestima que a sua fantasia gera em relação à vida alheia? 
Existem pessoas que, noite e dia, se alimentam dela, olvidando do fato de serem infelizes e frustradas crer que os outros as acham alegres, contentes e realizadas lhes anima e, quem sabe, seu intento tenha um efeito terapêutico e evite uma possível depressão, afinal, vivemos no mundo da hipocrisia! 
Sim, meu amigo, acredite, você não é o único que, às vezes, se sente desanimado e sem vontade de fazer nada, você não é o único que fica “down” de vez em quando e, para “ajudar”, não pode ir pra Porto Alegre, como diriam meus amigos Kleiton e Kledir Ramil*. 

Cláudia de Marchi 

 Sorriso/MT, 18 de maio de 2013. 

*Para quem não conhece a música se chama “Deu pra ti” e foi composta pelos mencionados compositores gaúchos.

Não bastam.

Não bastam. 

 O fato é que tem coisas que, apesar de chamarem a atenção, são muito poucas e pequenas, enfim, não bastam por si só. Exemplo disso é a beleza, o senso de humor, o dinheiro, as boas aspirações, os sonhos grandiosos. 
 Nas basta ser belo e ser ignorante, não basta ser bem humorado e não ouvir com paciência os assuntos menos alegres que os outros precisem contar, não basta ter dinheiro e não ter humildade e confiança em si mesmo, não basta ter boas aspirações para o mundo e não viver bem dentro da própria casa, em família. 
 Da mesma forma, não basta amar e ser possessivo, não basta amar e querer mandar e dominar o outro, não basta amar e desejar que o companheiro faça tudo do seu jeito, e, desta forma, seja uma pessoa que ele não é. 
 Não basta ter sonhos grandiosos, sonhos para uma Nação e olvidar da própria família, do dia a dia dos filhos, de suas aspirações, necessidade de carinho e de, simplesmente, ser quem eles são, sem imposições para que sigam este ou aquele caminho. 
Beleza atrai, mas não mantém conquista, não de pessoas inteligentes, da mesma forma, inteligência atrai, mas não conquista se não vier acompanhada de humildade e alegria de viver, assim como bom humor é interessante, mas não é nada sem a capacidade de ser empático com as dores que o outro trás. 
 Todo o ser humano trás um mar de emoções em seus corações. Todos já foram extremamente felizes, todos já se sentiram ótimos, por outro lado, todos já sentiram pena de si mesmos e raiva por não conseguirem realizar o que tanto desejavam. O fato é que cada um vive de seu jeito, mas sempre existirão coisas em comum entre uma pessoa e outra, independente de sua cultura, grau de instrução ou condição sócio econômica. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 18 de maio de 2013.

Que se dane!

Que se dane! 

 Eu sou ou devo ser uma monstra. Mas uma monstra anti-hipocrisia, com toda certeza. Eu estou pouco me lixando para a felicidade do mundo, para o meio ambiente, para a natureza, para a pobreza da África. Se eu não estiver me sentindo bem, me sentindo feliz profissionalmente, em especial, não consigo me preocupar com as lágrimas alheias derramadas por este mundo imenso. 
 Não tenho tempo a perder com ONGs, partidos políticos ou coisas assemelhadas, eu quero mesmo é endireitar a minha vida financeira, quero reconhecimento na minha profissão, quero realizar minhas ambições e, quem sabe, encontrar e viver um grande amor, construir um lar, uma casa que eu adore, uma família feliz. 
 Se eu me emociono pelas tristezas que existem neste mundo? Se o que esta fora da janela do meu quarto me toca? Claro que sim, eu sou uma pessoa sensível, mas uma coisa é chorar de emoção e sentir-se “tocada”, outra, muito diferente, é ter ânimo para largar a minha vida e sair em busca de uma “causa”, enquanto estou vivendo no caos. 
Ajudar com que dinheiro se minha vida econômica esta caótica? Se eu preciso me sustentar e ajudar quem me cerca? Eu só posso orar, dar palavras de força, dizer que ter fé ajuda, que a esperança é um elixir contra as dores, enfim, só o que eu posso fazer para ajudar é falar, é escrever. 
 Não sou hipócrita e digo outra coisa: o mundo poderia ser perfeito, cheio de boas pessoas, ruas limpas, carros econômicos, ar puro, se meu coração ou minha alma estivessem descontentes eu ia pouco me importar para a maravilha que o planeta terra se tornou. 
 Não, eu não sou louca, apenas falo o que algumas pessoas pensam, outras negam que pensam e outras, talvez, não pensem, porque se imergem no egocentrismo de que a sua presença e atitude vão mudar o mundo, enquanto, na verdade, não tentam sequer mudar a si mesmos e tornarem-se pessoas melhores resolvidas, mais bem sucedidas, menos exigentes e mais amorosas. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 17 de maio de 2013.

Pronto, falei!

Pronto, falei! 

Ignore. Tenha dó. Valorize sua força, inteligência e charme. Hoje em dia, só perde quem perde você e desperdiça o que, de tão bom, privilegia a poucos. 
Então não se preocupe quando você acha que não recebeu a atenção devida. 
 Se uma pessoa não lhe dá o afeto, a atenção e o carinho que você precisa ou acha que merece, não encane, não ligue, não corra atrás, deixe de lado, deixe para trás, com certeza a vida lhe reservará uma pessoa que não conseguirá sentir-se tão bem só, como ao seu lado. 
 Deixe de ser carente, de reclamar o que não acontece da forma com que você deseja. Você não perde quem não lhe valoriza, é quem não sabe lhe valorizar quem perde você, afinal, você deve saber o valor e as virtudes que possui, certo? 
 Então, pra que chorar, pra que mandar mensagens de carente, pra que telefonar, pra que se humilhar? Você não sumiu, não foi abduzido por um extraterrestre e seus números de telefone continuam os mesmos, logo, quem quer, irá lhe procurar e, obviamente, encontrar. 
 E se isso não ocorrer? Deixe pra lá, na vida da gente só não ocorre o que não deve acontecer, não é isso que você pede quando reza “livrai-me de todo o mal”? 
Então, agora, porque você esta carente de afeto e companhia vai deixar de ser lógico, vai deixar de ser esperto e perder a autoestima? 
 Fique na sua, aguarde, o que tiver que ser seu, será, mas no momento certo e sem que você precise se humilhar para tanto. Ah, e não se esqueça de uma regra básica: por trás do modernismo, ainda existe o machismo: deixe o galanteio a cargo dos homens, a menos que você queira companhia para uma noite, não para a vida inteira. Pronto, falei! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 17 de maio de 2013.