Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 27 de abril de 2013

Grau máximo

Grau máximo 

 A vida nos deixa mais tolerantes com algumas coisas e totalmente sem paciência para outras, eu, por exemplo, aprendi a tolerar pessoas ansiosas ao extremo, pessoas invasivas, mas não aceito “coitadismo”, futilidade e arrogância. 
 Ando sem a mínima tolerância para gente fútil e superficial que acha que beleza ou dinheiro substituem inteligência, profundidade e bondade! Sou muito profunda e intensa para ver tanta futilidade e superficialidade agradando a alguns seres neste mundo! 
É o tal do “não importa se ele burro ou desonesto, ele é rico”, “não faz mal ela ser meio burrinha e fútil seus olhos azuis são lindos”, “tanto faz que ela só pense em dinheiro, maquiagem, presentes e cabelo, ela tem um corpão”. 
Enfim, eu me dou ao direito de fugir de gente fútil, superficial e sem cultura, cujos assuntos cernes dizem respeito ao mega hair da moda, a cor do cabelo, ao peso, a lipoaspiração e ao sonho de colocar silicone nos seios, me dou ao direito de fugir de quem fala mal do parceiro, mas fica ao seu lado só porque ele tem dinheiro. 
Não dependo e nem preciso da companhia de pessoa alguma para ser feliz, então eu escolho muito bem quem eu vou deixar fazer parte do meu mundinho, afinal já deixei permanecerem nele pessoas que não mereciam nem um “oi” da minha parte, hoje a minha seletividade está em grau máximo! 
 Passo Fundo, 27 de abril de 2013. 
 Cláudia de Marchi

Duas opções

Duas opções 

 Existem momentos em que nossa mente fica tão exausta, em que a vontade de dar uma pausa nos acontecimentos é tanta que a gente não sabe ao certo se precisa de uma bebida alcoólica bem forte ou de uma boa dose de ansiolítico. 
 Fato é que, nem um, nem outro, vai resolver o que nos aflige e irrita, mas com certeza um bom vinho relaxa e inspira, as vezes vale muito a pena, talvez mais do que o ansiolítico que nos deixa mais lentos, presos dentro de nosso próprio animo. 
 Você pode ser a melhor mãe do mundo, o pai exemplar, o filho certinho, a esposa fiel, o marido dedicado, o namorado apaixonado, o profissional mais competente, a pessoa mais inteligente, chega um dia em que você vai se perguntar: tomo um calmante ou uma bebida alcoólica? 
 A realidade de ninguém é perfeita, por trás de toda alegria tem sempre um “porém”, uma “vírgula”, um “talvez”, nada é sempre 100%, nada dá certo todos os dias e nem tudo que desejamos ocorre da forma esperada, então eu lhe pergunto, vai de ansiolítico ou topa um bom vinho nessa noite? 
 Passo Fundo, 27de abril de 2013. 
 Cláudia de Marchi

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Hoje

Hoje 

 Hoje eu estou sem a mínima vontade de ouvir conselho de gente que nada sabe da minha vida, hoje eu to sem vontade de ser cordial com quem merece uns gritos, de ser bem educada com quem quer me deixar no prejuízo. 
 Hoje eu tô sem paciência pra hipocrisia, sem paciência pra gente falsa, pra quem gosta de distorcer a realidade em seu beneficio, independente dos males que causa. 
 Hoje eu tô sem vontade de cansar a minha beleza dizendo sim quando eu quero dizer não, dizendo “aceito” ou “tudo bem” quando eu tenho vontade de mandar para o inferno. 
 Hoje eu quero ser querida, meiga e doce só para quem me ama, para quem nunca duvidou da minha capacidade, para quem sempre agiu com honestidade comigo, para quem sempre esteve ao meu lado. 
Hoje a paciência tá curta e a minha vontade é retribuir na mesma moeda as imbecilidades, idiotices e coisas maldosas que ouço, mas, quer saber? Talvez eu não o faça, porque tem gente que de mim não merece nada, nem mesmo o meu pior. 
Passo Fundo, 26 de abril de 2013. 
 Cláudia de Marchi

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Pseudo psicólogos

Pseudo psicólogos 

 É incrível como as pessoas podem interpretar de forma errônea o que a gente fala, o que a gente aparenta e, quiçá, o que a gente sente. É incrível como existem pseudo psicólogos que nada sabem acerca da nossa realidade e ousam dar a sua opinião! Opinião equivocada é claro! 
 Você fala em tristeza, um sentimento que, uma vez na vida todos podemos sentir, os tolos pensam que você é triste, você fala que negligencia a verdade para algumas pessoas, eles acham que você é falso. Na verdade, esses julgadores toscos não diferenciam o “ser” do “estar”, tampouco a conjugação destes verbos. 
 Você conta que de vez em quando diz que esta se sentindo bem, mas na verdade não está, elas pensam que você é infeliz sempre. É muita gente de raciocínio pequeno, previsível e tosco para o meu gosto. 
Em suas opiniões as pessoas dizem mais sobre elas do que sobre você, em especial quando elas ousam lhe analisar. É a tal da projeção que aparece nestes casos, um prato cheio para pessoas problemáticas e recalcadas se sentirem aliviadas!
 Ou seja, as pessoas projetam em você e na sua vida, o descontentamento que sentem, a tristeza que lhes amarga a alma, suas dificuldades, recalques e medos. A verdade é que quando as pessoas ousam lhe julgar, elas se expõem mais do que imaginam, do contrário, ficariam quietas. 
 Passo Fundo, 26 de abril de 2013. 
 Cláudia de Marchi

Fina, elegante e sincera

Fina, elegante e sincera 

Eu gosto muito de gente autentica, de gente ousada, de quem é espontâneo e diz o que pensa, mas, sobretudo, eu gosto de gente delicada, sensível, de quem, antes de ser franco, é empático. 
Eu gosto de quem pensa antes de falar e sopesa a importância da sua sinceridade diante dos possíveis danos que ela possa gerar. Eu gosto de quem consegue se colocar no lugar do outro e, só assim, manifesta a sua opinião. 
Ser sincero e estúpido é fácil, ser franco e ser grosso também, mas ser transparente, sensível e educado é de um valor inestimável. Poucos são capazes de sê-lo, a maioria acha que sua franqueza compensa a sua estupidez e grossura. 
 Sou a fiel admiradora de gente fina, elegante e sincera, como já nos disse o Lulu Santos. E nestas três virtudes está o que admiro: para a sinceridade compensar é preciso a finesse, da mesma forma que, para a sinceridade ser admirável é preciso ser elegante e sutil. 
 Então não me venha com a sinceridade grosseira, com o ser fino, mas ser grosso, com o ser elegante, mas ser estúpido. Existem coisas que não combinam e, em especial, cuja combinação, eu não aceito, 
Passo Fundo, 25 de abril de 2013. 
 Cláudia de Marchi

Quero!

Quero 

 Eu quero poder trabalhar em paz, fazer o que amo, me afastar do que não me faz bem, fugir de gente invejosa, intriguista e maldosa. Eu quero é distância de gente fútil, de quem valoriza mais o ter do que o ser, de quem confunde bondade e paciência com idiotice. Eu quero mudança na minha vida, porque uma coisa eu garanto: a vida me mudou muito! 
Não quero ter por perto gente bonita que só se interessa pelo belo e não sabe dar valor ao que é valoroso, quero manter-me longe de quem valoriza os outros pelas suas posses e não pelas suas virtudes. 
Eu quero construir a minha história me dedicando ao que sempre amei fazer. Eu não quero a companhia de quem quer que eu construa uma história com base em seus anseios, olvidando dos meus. 
Eu quero poder ser, quero poder ter, mas não quero ninguém me cobrando nada além do que devo fazer. Não quero ninguém dizendo que me ama e exigindo que eu seja quem não sou, que eu tenha atitudes que se coadunam com as suas expectativas e não com o meu gênio. 
Não me importo de lutar, de batalhar, de me dedicar e dar o meu melhor em prol do meu futuro. Se eu tenho expectativas? Claro que sim! Quero que tudo em minha vida evolua, melhore e cresça, mas, sobretudo, quero respeito pelo empenho que tenho em fazer as coisas crescerem, quero ser amada pelo que sou e não pelo que posso me tornar, pelo que fui ou pelo que, talvez, eu nunca venha a ser. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 25 de abril de 2013.

Bloqueio

Bloqueio 

 Descobri, nunca sem muita dor, nunca sem muita alegria, os benefícios do mundo virtual para relacionamentos agradáveis e desagradáveis. Lá podemos fazer o que a vida não nos permite com facilidade: marcar pessoas queridas em fotos inesquecíveis e, no caso inverso, bloquear, excluir e deletar seres poucos agradáveis. 
Lá podemos ter o gostinho de afastar a nossa vida da existência de pessoas que querem, apenas, bisbilhotar, criticar e fazer pouco caso daquilo que é importante para nós. Afinal, quem nos importa, esta ao nosso lado no mundo real. 
E, dentre essas pessoas pouco agradáveis, estão alguns parentes de sangue que, se pudéssemos, não teríamos os escolhido para chamar de nada além de nada! No entanto, temos que dizer que são nossos primos, tios, cunhados, noras, sogra ou algo do tipo. 
Pois lá, se a gente quer, a gente morre para os olhos dessas pessoas que dizem que querem o nosso bem quando, tudo o que desejam, é fazer fofocas e intrigas e, se possível, sair lucrando em detrimento de nossa paciência e boas intenções. 
Então, já que não quero morrer e, menos ainda, matar alguém, uso o bloqueio que as redes sociais me possibilitam, para sumir, definitivamente, da vida de pessoas que nunca me fizeram falta alguma, da vida de pessoas que não quero que saibam quão feliz estou ou quantas batalhas estou enfrentando. Bendita internet, bendito mundo grande de meu Deus! 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 25 de abril de 2013.

Gente nojenta

Gente nojenta 

Você pode cair, pode enlouquecer, pode se desanimar, mas quando você se recupera, fica forte. Muito forte e corajoso. Corajoso o suficiente para colocar quem nunca vai se recuperar de mal algum no seu lugar, forte o suficiente para encarar gente falsa, sem brio e sem caráter. 
Ocorre que tem gente que nunca perde o controle, que nunca perde a razão, que nunca enlouquece, que nunca se sente fraca, que nunca se abala. Tem gente que nunca fraqueja por ser forte, e, por outro lado, tem que nunca o faz por ser fria. 
E é por lidar com essas pessoas frias, calculistas, egoístas, mal intencionadas e falsas, que a vida lhe ensina a enfrentá-las de igual para igual, afinal, embora você não seja igual a elas, foi sofrendo por ser demasiado inocente, que a vida lhe fez forte, mas, também, lhes fez destemido e altivo. 
Elas, no fundo, não são fortes, são, em sua maioria, egoístas e maldosas, logo, você consegue enfrentá-las e, com um pouco de tempo, as esmaga como baratas que é o que, de alguma forma, elas são. 
Gente que acha que tem que tirar proveito de tudo, gente que não se importa, realmente, se você será prejudicado, gente que prefere lhe colocar contra outros inocentes para fazer de conta que são bondosas, gente, enfim, asquerosa e nojenta, o tipo de pessoa que não faz falta alguma neste mundo. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 25 de abril de 2013.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Divertidos e ousados

Divertidos e ousados 

Eu gosto de pessoas que se dedicam em seu trabalho, que querem crescer e progredir, que cumprem horários, que são responsáveis e um pouco ambiciosas, mas, por outro lado, eu gosto de gente que não é muito correta. Eu gosto de gente que me surpreende, que tem uns atos agradavelmente doidivanas, eu gosto de quem não anda sempre na linha, de quem não é sempre certinho. 
Eu não gosto de quem nunca bebe demais, de quem sempre usa o cinto de segurança, de quem sempre faz sexo de luz acessa, de quem não inaugura lugares novos, de quem nunca come além da conta, de quem nunca tem sono durante o dia. 
Eu gosto de gente normal, de gente que erra, que pisa na bola, mas que pede desculpas, que manda flores, que chora e que promete não errar de novo, eu gosto de quem perde o controle de vez em quando. 
Eu gosto de quem pode até me ofender, mas que, em menos de segundos, se arrepende, pede perdão e diz que ama, eu gosto de quem eu vejo que gostaria de me dominar, mas que respeita meu jeito indomável e nada faz diante dele. 
Eu gosto de quem não se sente a vontade com toda a liberdade da minha alma, mas que não cerceia a da sua e nem tenta limitar a minha, eu gosto de gente espontânea, transparente e destemida. Enfim, eu gosto de gente imperfeita, mas legal, divertida e ousada. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 23 de abril de 2013.

Perdão e confiança

Perdão e confiança 

O pedido de desculpas e certas explicações beneficiam mais quem as dá e pede, do que quem ouve ou concede. Até mesmo porque, não raras vezes, o perdão é um gesto nobre de quem o dá, o que não significa que ele volte atrás em seus pensamentos. 
 É por tal motivo que pensar antes de falar e de agir é uma das coisas mais importantes em qualquer tipo de relacionamento humano. Claro que amar implica em perdoar, todavia, dependendo do agravo, a mente não o supera, não o esquece. 
Logo, nestes casos, de bom coração, você pode perdoar quem lhe magoou, mas perdoar e querer viver, novamente, junto ao seu lado é duma coisa tremendamente diferente. 
Até mesmo porque, a maturidade ensina que as pessoas não mudam, que o pensamento infeliz manifestado hoje, embora perdoado, tende a se repedir, ainda que de forma diversa, amanha. As pessoas não aprendem a refletir sobre o que falam simplesmente, porque sofreram na sua ausência. 
Elas tentam, isto sim, sofrendo e desesperadas, recuperar a sua confiança. O seu perdão, elas podem até conseguir, todavia, aquela confiança cega de quem se entrega de corpo e alma a um relacionamento, dificilmente elas conseguem, pelo menos não quando você é uma pessoa realmente madura. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 23 de abril de 2013.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Fadinhas

Fadinhas 

 Algumas mulheres vivem divididas entre desejos e ilusões. Almejam uma carreira rentável e poderosa, mas também anseiam por encontrar um marido rico, que lhes pague as contas e cubra-lhes de presentes. 
Conheço pessoas assim e entendo quão confusas elas são. Essas discrepâncias que habitam dentro delas são causas de grande angústia, como ocorre com os homossexuais que ainda não saíram do “armário”. 
Elas não conseguem admitir que estão cansadas de estudar, de trabalhar e que vão dedicar-se a “caça” de um parceiro abastado. Acho isso triste, porque prefiro não julgar os seus atos. 
Portanto tenho dó dessas mocinhas jovens, bonitas e, inclusive de boa e rica família, que enxergam cifrões ao invés de um namorado ou parceiro, tenho dó dessas moças estudadas que, verdade seja dita, se passam por prostitutas de luxo. 
E, não raras vezes, elas encontram o que procuram, afinal, quem procura acha. Então o homem tolo, inebriado por sua beleza, ignora sua futilidade e falta de vontade de trabalhar, e se torna seu príncipe encantado. Esse é o conto de fadinhas de quinta categoria no mundo atual. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 23 de abril de 2013.

Não julgue!

Não julgue! 

Nunca julgue as atitudes de ninguém. Você não sabe os seus motivos, as suas dores, a sua confusão, os seus traumas. Antes de julgar, tente compreender e, se isso lhe for impossível, pense que hoje você é aquele que, vendo de fora, até pode julgar, mas amanha, pode ser aquele que, de dentro, pode ser julgado. 
O seu dever, enquanto ser humano, é tentar aprender com a vida e tornar-se uma pessoa melhor, logo, quando você acha que esta em posição de julgar ao outro, pense se o que existe, não é, apenas, a oportunidade de você aprender. 
A vida da voltas. O que pode parecer inútil para você aprender hoje, poderá ser útil para você dar como exemplo a seus filhos amanha, portanto, seja prudente na vida, em especial quando ela lhe dá a oportunidade de “sentir-se” por cima e de apontar “possíveis” falhas no proceder do outro. 
É quando você esta bem ou se sentindo bem que as provações acontecem para que você prove, principalmente, que é bom, caridoso e justo. Então pense muito bem antes de se sentir como um juiz da vida alheia, porque, com certeza, você sabe pouco ou nada dela e sabe, menos ainda, do que poderá vir a acontecer na sua própria vida. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 22 de abril de 2013.

domingo, 21 de abril de 2013

Complexidade humana

Complexidade humana 

As pessoas podem ser boas, mas perfeitas, nenhuma é. Então, se você vê um bom profissional, dedicado e honesto, simpático e atencioso, não tenha certeza que ele também é bom marido, bom amigo ou bom pai. 
De certa forma os seres humanos são feitos de partes que compõe o seu “todo”: a capacidade de se relacionar, a honestidade que se coloca nos relacionamentos, a lealdade, a fidelidade, a dedicação profissional, enfim. 
Nem todo amigo leal e parceiro é um bom marido, nem todo bom marido é um profissional competente e nem todo bom profissional é um pai exemplar. Então, quando você for exprimir a sua opinião sobre alguém, cinja-se aquilo que você conhece e sabe dela. 
Ou seja, não garanta que seu amigo leal e parceiro é um profissional dedicado e honesto se você não trabalha com ele, tampouco diga para uma conhecida que seu marido fiel e carinhoso é um bom amigo se você é apenas a mulher nele, não o conhece como amigo. 
Claro, estes exemplos são para lá de superficiais, mas, no fundo, querem dizer que, não é porque o sujeito traiu a esposa, porque ele é mulherengo ou algo assim, que ele seja mal profissional, mau amigo, enfim, má pessoa. Os seres humanos são muito complexos para serem objeto de análises parciais. 
Seja objetivo: o fulano é bom amigo, ou o fulano é bom pai, ou o fulano é bom marido, ou o fulano é bom profissional, enfim, dê opinião sobre a parte da pessoa que você conhece, não generalize, não seja ousado com suas boas ou más opiniões. Afinal, desde sempre, o silencio é de ouro e a palavra é de prata. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 21 de abril de 2013.

sábado, 20 de abril de 2013

Aja!

Aja! 

Não se iluda. Nem todo mundo faz sucesso fácil, nem todo mundo conquista o que quer com facilidade, nem todo mundo tem a tal da “sorte” ou qualquer coisa que se assemelhe com ela e tenha efeitos parecidos. 
O que se faz sempre necessário  é ter vontade, ter sonhos, ter garra, o que é preciso é não ter medo de empecilho algum, é ir adiante, é confiar em si mesmo e agir, porque, uma coisa eu garanto, ficar estagnado não vai fazer nada de bom por você, pelo contrário, vai deixar as coisas como estão e não é isso o que você deseja, certo? 
Você quer é ir adiante, você quer é realizar seus sonhos, você quer é ser feliz da forma que sempre desejou. Então, tenha coragem e faça o que for preciso para realizar o que sonha. 
Não fique parado, não fique se martirizando ou se sentindo vitima das ocorrências da vida! Pelo contrário, tome uma atitude, faça alguma coisa! Reclamar não resolve nada, muito pelo contrário, só prejudica! 
O seu futuro esta em suas mãos, então não reclame, não chore, não se sinta mal. Apesar de todos os pesares, o que é necessário é ter atitude, boa vontade, dedicação e empenho! Sempre! 
 Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 20 de abril de 2013.

A vida ensina!

A vida ensina! 

Em algum tempo eu pensei que não devíamos achar que criar expectativas era errado, enfim, que não eram elas que causavam as nossas frustrações, pois hoje, finalmente, eu digo e assumo: não crie expectativas demais, viva o presente, pois elas podem lhe ser nocivas. 
Hoje eu vejo que, se minha felicidade dependesse das expectativas que criei, eu seria uma mulher frustrada. Talvez, é claro, em algum lugar "cósmico" eu seja uma pessoa frustrada pelos planos que fim há muito tempo, mas hoje não! Hoje eu prefiro considerar-me uma pessoa que aprendeu. 
Aprendeu que a vida se vive dia a dia, com dedicação, competência e força, mas não com sonhos de que o amanha será “assim” ou “assado”. Somos responsáveis pelo nosso presente e pelos pensamentos positivos que podemos ter, não pelo resultado do que esperamos. 
Então, porque você pensa, aos vinte anos, que não deve ter filhos depois dos trinta? Por que você pensa que estará com sua alma gêmea antes de completar trinta anos de vida? Por qual motivo você acha que será bem sucedido muito antes dos quarenta? 
Enfim, por que tantos planos, tantas expectativas de uma vida que você pouco viveu, da qual você ainda não aprendeu as dores, a melhor forma de encarar a dor e de agir diante do que lhe causa desconforto? 
 Por que esperar muito do que você sabe pouco? Não é melhor viver um dia de cada vez, cair, crescer, aprender e se tornar alguém maduro antes de esperar demais da vida? É, com toda certeza é e, se você ainda não sabe disso, fique calmo, a vida irá lhe ensinar. 
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de abril de 2013.

A oração

A oração 

Já cansei de fazer “balanços” da minha vida e sempre conclui que o importante foi ter tido garra para tentar, afinal, se existiu algum arrependimento, foi por ter feito e tentado, não por ficar inerte. 
Todavia, comecei a fazer balanços diários e semanais da minha vida. Como, no momento, estou privilegiando minha profissão, é ela quem se destaca nas minhas análises. 
Essa semana que finda, a minha última no Rio Grande do Sul, foi extremamente encantadora! Dei passos importantes em ações judiciais que deixarei aqui, mas não passarei a outro advogado. 
Aprendi muito, estou encerrando um inventário tão importante, quanto complicado, cobrando clientes que se eximem de cumprir sua obrigação, muito embora eu tenha cumprido a minha. Não estou deixando para amanha o que posso fazer hoje e, “render”, é minha palavra de ordem! 
Enfim, tive uma semana produtiva que me deixou muito feliz, mas, de tudo, o que mais me alegrou foi ver a minha postura diante de pessoas que se achavam em vantagem em relação a mim! 
A maturidade nos aprimora tanto, que chega um momento que a gente pensa: “Sou eu mesma fazendo isso?”. Então, orgulhoso consigo mesmo, você percebe que é! 
Percebe que você já passou por tudo e não se mixa por pouca coisa, você reconhece sua inteligência, sua competência e percebe que pode falar e fazer o que bem entende, com responsabilidade e prudência, é claro! 
E são nesses momentos que você vê que cada pedra em seu caminho valeu à pena, cada lágrima compensou e que você já é uma mulher crescida e, realmente, não chora e nem se rebaixa facilmente! Logo, você faz uma oração improvisada, (porém sincera), na qual diz: “Deus, obrigada por tudo, obrigada por fazer-me ser quem sou!” 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 20 de abril de 2013.

O melhor do pior

O melhor do pior 

Antes de se achar, seja. Antes de criticar, faça uma análise de si mesmo. Antes de querer ensinar, aprenda. Antes de julgar, reflita sobre a sua conduta. Antes de criticar, critique a si próprio e antes de tentar convencer ao outro, vivencie e convença a si mesmo. 
O problema do mundo é que tem muita gente achando que é melhor que as outras, achando que corpo bonito, roupa de marca, dinheiro e classe social as fazem melhores do que as outras pessoas. 
Tem muita inversão de valores e, humildade, elegância, simpatia, carinho e respeito, estão sendo substituídos por fotos de instagran, celulares com acesso a internet, competição para ver quem tem o melhor carro, a melhor casa, o melhor celular, o corpo mais bonito e a profissão mais rentável. 
Aliás, é nas redes sociais que a falsidade e futilidade se escracham, por exemplo: quem conhece as pessoas de fora delas se surpreende com a habilidade que elas têm de mentir, de fazer de conta ou, na pior das hipóteses, de escancarar certa psicopatia. Na verdade eu não sei o que passa em suas mentes. 
Eu sei, isto sim, que é muito "meu amor", "eu te amo" e "minha vida" para quem eu vi trair a parceira com meus próprios olhinhos! Quanta falsidade, quanta gente canalha e corna fazendo de conta que a sua vida é perfeita só porque tem uns trocos para gastar e se exibir em fotos bonitinhas! 
 Ademais, cada vez mais cedo as crianças estão se tornando adultas. E, de regra, adultos fúteis. Adultos que tiram foto com roupa indecorosa para postar nas redes virtuais, adultos que dão muito valor ao ter e pouco ao ser. Adultos que querem, isto sim, ser melhores do que os outros. 
Todavia, como já dito, a definição de “melhor” mudou. Melhor não é o mais amável, o mais humilde, o mais humorado, o mais dedicado, o mais batalhador, melhor, agora, é o mais rico, o dono da casa mais bonita, o dono do iphone de última geração, o dono do carro mais caro. 
É lamentável, mas as pessoas estão se achando boas por motivos demasiado banais. Por motivos, diga-se, que mostram que de bondosas e inteligentes elas nada ou pouco têm, mas, o que lhes sobra é arrogância, futilidade e ignorância. Valha-me Senhor! 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 20 de abril de 2013.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Seu futuro!

Seu futuro! 

Eu acredito em milagres, mas, sobretudo, eu acredito nos milagres que os nossos pensamentos podem fazer. A mudança esta em nossas mãos, ou melhor, em nossas mentes. 
Talvez seja um pouco duro admitir isso, mas quem define tudo é você! É você quem escolhe pensar positivo ou pensar negativo, afinal, diante de qualquer situação, sempre existirão duas ou mais formas de interpretá-la e solucioná-la. 
E é a escolha que você faz que define o seu amanha: se você escolher ver dificuldades e empecilhos, se você escolher sentir-se pequeno diante do que lhe parece doloroso, assim será! 
Por outro lado, se você imbuir-se de força e fé, se você acreditar que vai fazer diferente, que vai fazer melhor, que conseguirá, enfim, o melhor possível, será ele que você vai alcançar. A vida é imprevisível, mas os seus sonhos devem ser sempre previsivelmente grandiosos! 
Enfim, a verdade é que há graça na imprevisibilidade! É a forma com que você lida com o imprevisível que mostra quem você é e do que é capaz. Só pessoas fortes, determinadas e equilibradas superam barreiras e, portanto, conseguem realizar-se e ser felizes. 
 A vida reflete os seus pensamentos, portanto se afaste do que lhe faz triste, do que lhe faz sentir-se pequeno, do que lhe faz sentir-se incapaz e pouco competente. Procure o que lhe faz bem, fique perto de pessoas positivas. 
A energia positiva é contagiosa, mas, cuidado, a negativa também é! Então não se quede inerte perto de pessoas de pensamentos mesquinhos, de pessoas que se sentem miseráveis e vitimas da vida e dos outros. 
Fique só, fique na companhia de sua fé em Deus ou opte por manter-se perto de pessoas de bom coração, de pessoas batalhadoras, de pessoas destemidas, de pessoas corajosas e que querem o melhor para si e para o mundo. Faça boas escolhas no presente, o seu futuro depende delas. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 19 de abril de 2013.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vamos!

Vamos! 

Vamos dar um basta no que nos incomoda, vamos dar um “viva” à alegria, um abraço no ânimo e um beijo na felicidade! Vamos nos mexer, sair do comodismo e ir a busca de nossos sonhos e do que nos realiza! 
 Não importa o quanto você vai ter que caminhar, não importa o que você vai ter que deixar para trás, o que realmente tem valor é a sensação de que o esforço valeu à pena! E ele sempre vale, é só fazer a sua parte, trabalhar e se dedicar, o resto vem! 
Se esforce, se dedique, reclame menos, aja mais, dê valor a leitura, ao conhecimento e as formas que existem de adquiri-lo, tenha vontade de aprender, se esforce para ser melhor do que você é. Não inveje os outros, apenas aprenda que eles podem lhe dar bons exemplos. 
Confie mais em si mesmo e saiba que caráter e honestidade não têm, definitivamente, nada haver com classe social, cultura, educação, grau de ensino ou poder aquisitivo! A vida vai lhe mostrar que estranhos podem ser mais justos do que parentes e também vai lhe ensinar que, apesar disso, você deve aceitar quem Deus colocou na sua vida vinculado a você por laços sanguíneos. 
Todavia, os incomodados devem se retirar, logo, não hesite em ir para longe de quem lhe faz mal, de quem faz intrigas, fofocas, de quem tem tudo para ser bom, mas não é. 
A vida é muito curta para você se manter ao lado de gente que não lhe faz plenamente feliz! Compre um cachorro, compre um gato, leia um livro, veja um filme, um seriado, aproveite seus momentos de folga e trabalhe com dedicação no que escolheu para fazer! Faça o que você ama que alegria será uma constante em sua vida! 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 18 de abril de 2013.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Entendeu?

Entendeu? 

O fato de eu escrever sobre comportamento, de falar sobre o agir das pessoas, não raras vezes, me coloca em maus lençóis. E, para falar disso, terei que, logicamente, opinar (logo, alguém vai “macular-se” com minhas palavras). 
Nós, seres humanos, não sei por qual motivo, tendemos a nos colocar no centro do que as pessoas que nos importam ou cercam pensam. Não é voluntário e isso não significa que você seja um idiota narcisista. 
 Explico: as pessoas com as quais você se relaciona, seja no trabalho, na academia, em família, em algum clube, terminam tendo alguma importância para você. Grande ou pequena, depende, é claro, das afinidades e do carinho que existirão entre vocês. 
Logo, as opiniões de algumas pessoas passam a ter relevância para você e, quando elas fazem alguma critica negativa a algo ou a alguma forma de proceder, dependendo de seu estado emocional e de consciência, você se identifica com aquilo. E se ofende ou se lisonjeia. No primeiro caso, toma como uma “indireta”, no segundo, como um discreto elogio. Não raras vezes não é nem um, nem outro! 
Enfim, quem passa a ler meu blog ou meu perfil em redes sociais passa a se sentir bem ou se ofende com o que lê, independente do fato de eu ter escrito algo baseado no que vi no supermercado, com base em algo que uma conhecida me conta, com base do que passei numa viagem, com base em meu próprio jeito errante de agir, em inúmeros casos! 
Quem quer, encontra em minhas palavras pedras jogadas contra elas. Ocorre que, raramente são. Eu escrevo para me aliviar, escrevo porque gosto e, infelizmente, sobre a ofensa gerada pelas minhas palavras, só me resta usar uma frase, que acredito ser do Enéas: “Eu só sou responsável pelo que eu falo, não pelo o que você entende”. Entendeu? 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 16 de abril de 2013

Projeto de homem

Projeto de homem 

Que coisa triste! Não há nada mais démodé e lamentável do que briga de casais em que o homem grita: “Não esta bem assim, procura outro, nessa casa quem manda sou eu!”, e a infeliz, sussurrando fala “chega”, e ouve como resposta (para quantos “chega” ela venha a dizer), “aqui só chega quando eu mandar”. 
Incrível e lamentável a falta de auto-estima de algumas mulheres, afinal das contas, a paixão pode ser cega, mas elas não. Ou será que se trata de dependência financeira? Sei lá! Mas eu preferiria trabalhar de garçonete de prostíbulo a agüentar um pseudo-homem tentando mandar em mim e sendo, de tal forma, desrespeitoso. 
Infelizmente eu convivi com quem, de uma forma ou outra, me maltratou, apesar da paixão que eu tinha. Depois de cada cena humilhante vinha o “perdão, eu me exaltei, mas eu te amo”. E você, tola, confusa e apaixonada aceita. 
Todavia, as brigas que, infelizmente ouço, vem do prédio novo em que moro. Normalmente ao final da tarde e se dão com uma freqüência assustadora! De regra, pessoas que abusam da paixão da outra se contém por uns dias, mas neste caso não. Eu entendo o que a pobre mulher, jovem, classe média e sem filhos sente. 
Provavelmente, ela se sinta desamparada, talvez lhe falte uma figura masculina e o marido seja a única pessoa que, nos bons momentos, lhe acolhe e protege. Ela é carente, além de estar com a estima própria diminuída. 
Todavia, numa relação assim a auto estima tende, com toda a certeza, a diminuir ainda mais. O homem age como um psicopata ou, ainda que sinta algo forte por ela, precisa menosprezá-la para sentir-se mais forte e melhor. Opa! Eu falei homem? Desculpa, trata-se de um projeto mal feito de homem, como todos os que maltratam, verbal ou fisicamente, as suas mulheres, são. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 16 de abril de 2013

Tentando

Tentando 

A verdade é nunca é tarde para quem tem sonhos. Sempre é tempo de inovar, de sonhar e de agir em prol da realização de suas metas. Pensando bem, "nunca" é uma palavra que não existe no vocabulário de quem tem coragem para tentar realizar os seus sonhos.
Não importa se vai dar medo, se você vai estar só, se você não vai ter apoio, se vai ser criticado ou tripudiado. Você pode decepcionar quem lhe ama, você pode decepcionar o mundo, só não pode decepcionar a si mesmo. 
Portanto, use a maturidade a seu favor! Não tenha medo, você não é mais criança e, provavelmente, já teve as suas dores no passado e as superou, então, ficar parado reclamando que nada nunca é algo válido. 
O mundo é muito grande para você ficar parado, no mesmo lugar, reclamado da vida que, a cada amanhecer, lhe dá a oportunidade de fazer o melhor, de ser alguém melhor, enfim. 
Atitude é a palavra de ordem! Tentar é o seu dever. Se você fracassar? E daí, ao menos você tentou!? Fracassados não são os que se decepcionam, são os que têm medo, os que não tentam, os que não tomam atitude alguma em prol da realização de seus desejos. 
Aproveite a saúde que você tem, aproveite as oportunidades que existem neste mundo enorme, acredite em você mesmo, desconfie de alguns indivíduos e siga adiante, pois, uma coisa é certa: a felicidade pertence a quem batalha. 
Todos podem alcançá-la, mas tem gente que a desperdiça reclamando da vida e olvidando das chances que ela lhes apresenta enquanto se mantêm sentados em seus confortáveis sofás. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 16 de abril de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Honra

Honra 

 Inocência é algo que as experiências negativas que temos no convívio humano nos tira lentamente, todavia, não é sem pesar que a gente passa a desconfiar mais do que confiar. 
Seria muito melhor viver num mundo em que eu posso falar o que penso sem medo de ser mal julgada, num mundo em que posso ser sincera sem ter que me preocupar com as pedras que receberei por querer o bem de quem me cerca e por ser justa. 
No entanto, a vida esta ai! Uma vida em que bichos são mais leais do que muita gente, um mundo onde um estranho pode ficar mais grato por um sorriso seu do que um parente próximo por qualquer espécie de auxilio que você possa lhe dar. 
As coisas estão realmente viradas de cabeça para baixo! Na verdade, acho que nunca o mundo foi realmente justo, mas antigamente as pessoas davam mais valor a promessas cumpridas. 
Hoje em dia se diz e desdiz, se afirma, depois se nega, se faz um compromisso e depois se ignora, as pessoas visam o que lhes beneficia e esquecem do significado da palavra honra e, conseqüentemente, deixam de lado o dever de honrar o que dizem. 
Nada nunca foi perfeito, mas teve uma época em que havia mais pudor, em que as pessoas se davam mais valor e valorizavam mais as outras, seu trabalho, sua conduta. Teve um tempo em que as palavras eram honradas, hoje em dia até contratos escritos são descumpridos por pessoas tolas que juram que são espertas. 
Sabe por quê? Porque conseguiram “lograr” alguém. Infelizes! Espertos mesmo são os homens honestos, porque estes são exceções neste mundo estranho em que estamos vivendo. E exceções são como jóias em meio a bijuterias. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 15 de abril de 2013

Casca grossa

Casca grossa 

Acho que a vida e as decepções que a gente toma nos tornam pessoas mais fortes. A nossa “casca” engrossa e descobrimos que, quanto mais nos abaixamos, mais pessoas tentarão nos pisar. Diante de inúmeras situações em que, outrora, quedaríamos inertes, com o tempo, passamos a nos defender melhor, ainda que seja através do ataque. 
 O ataque, ao contrário do que dizem, não é a melhor defesa, mas, com certeza, é muito superior a inércia. A melhor defesa é a inteligência e a paciência para que o tempo mostre quem é quem, para que as máscaras caiam e tudo se ajeite. 
Ademais, quanto mais maduro você fica passa a se conhecer melhor, em todos os aspectos e, em conseqüência disso, valoriza-se mais, logo, não raras vezes, em certas situações, não é por ou pelo dinheiro, por exemplo, que você briga, nem pela opinião sobre este ou aquele assunto, você se manifesta, isto sim, porque se sente desrespeitado. 
Logo, para que o outro respeite e valorize o que você é e a sua capacidade intelectual, você argumenta e age, não fica quieto no seu lugar, sentindo-se mal por nada falar. Enfim, com a maturidade você se torna bom e não “bonzinho”, logo, você quer ser respeitado e não “usado”. E quer deixar isso bem claro para quem interessar possa. 
Portanto, na impossibilidade de contar com o decurso do tempo é a força das suas palavras e atitudes que lhe protegem de muitos males, dentre os quais, é claro, a malícia e o menosprezo de algumas pessoas. 
Na realidade, o tempo lhe torna mais esperto. Você percebe mais rápido quando as pessoas estão agindo com más intenções ou quando querem se aproveitar de sua boa vontade, então você reage e, assim, conquista o respeito delas. 
Claro, você sabe que também conquista a inimizade de algumas pessoas, mas a esta altura da vida você também já sabe que é melhor ter o respeito de poucos e bons indivíduos do que a simpatia de muitos que lhe menosprezam. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 15 de abril de 2013

Se for...

Se for... 

 Se for para mentir que seja para evitar as lágrimas de alguém, se for para invejar, que não você não inveje, pelo contrário, admire e elogie de todo o coração, se for para chorar que seja de emoção, de alegria, de saudade ou, até mesmo, de raiva para não ter que dizer ao outros os enxovalhos que você sente vontade de dizer-lhe. 
Se for para ser um ouvinte, que seja bom, que seja sensível e empático, se for para ser amigo, que seja leal, que seja nos momentos bons e nos ruins, se for para ser mãe, que seja zelosa, que saiba amar incondicionalmente. 
Se for para assumir um dever, que seja para cumpri-lo com boa vontade e responsabilidade, se for para se aproximar de alguém que seja com confiança e boas intenções. 
 Se for para sorrir que seja com espontaneidade, com franqueza ou, até mesmo, para evitar o choro na frente de pessoas que não merecem ver sua fragilidade. 
Se for para ser sincero e transparente que seja sem estupidez, sem grosseria, se for para ensinar alguém, que seja com humildade e com a certeza de que você também pode aprender com os outros. 
Se for para mudar, que seja com vontade, que seja para melhor, mas que nunca se esqueça que nada melhora se você mesmo não crescer, não evoluir e não progredir psíquica e emocionalmente, portanto, busque tornar-se alguém melhor. 
Enfim, se for para amar alguém, que seja desprovido de qualquer pretensão que não seja a entrega da alma e do coração, que exista humildade para pedir perdão, e, principalmente, vontade de fazer o relacionamento dar certo. 
Querendo ou não, sempre existirão algumas pedras em seu caminho, todavia, mantém-se em pé quem sabe desvencilhar-se delas sem ter que atrapalhar a caminhada de outra pessoa. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 15 de abril de 2013

domingo, 14 de abril de 2013

Missão dada é missão cumprida!

Missão dada é missão cumprida!

Sou uma inveterada fã do Capitão Nascimento e suas afirmações marcantes. Na verdade, me identifico positivamente com elas, pois, para mim “missão dada é missão cumprida” e, quem não tem competência para cumpri – lá, deve ter a decência de “pedir para sair”. 
No entanto a vida esta assim: um bando de gente preguiçosa, sem força de vontade, empurrando tudo o que fazem com a barriga, sem a mínima dedicação e ambição de futuro e, ainda, querendo manter-se nos “postos” em que estão! Haja paciência! 
Ninguém quer ter muito trabalho, mas todo mundo quer ter o dinheiro para a cervejinha do final de semana, a taça de vinho do happy hour, o churrasco no domingo, a jantinha do sábado, a TV a cabo em casa, o passeio de carro! O próprio carro, inclusive. 
Ah, mas ninguém gosta de segunda-feira, né?! Menos ainda de uma segunda cheia de compromissos e tarefas para cumprir. O fato é que todo bônus tem seu ônus nesta vida. Ocorre que a maioria gosta é de vida mansa. Todavia, é preciso trabalhar muito, inclusive, para conseguir ter uma vida só “de boa” no futuro. 
Com exceção da chuva, nada cai do céu. É preciso gostar do que se faz, para, então, cumprir cada missão que lhe é dada, do contrário, se “pede para sair” e deixa a vaga para outro, porque uma coisa eu garanto: o que você acha que é demais, difícil ou ruim, vai ter gente achando pouco, fácil e bom e são estes os que irão crescer na vida. 
 Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 14 de abril de 2013

Abjetos

Abjetos 

Algumas pessoas pensam que porque são bonitinhas, riquinhas ou inteligentes podem transformar franqueza em grosseria. Coitadas! Mal sabem quão tolas são, nem o quanto as virtudes materiais que têm são inúteis para fazer delas seres humanos respeitáveis. 
 Tem gente que acha que charme, roupa bonita, sapato da moda e status social lhes dá a liberdade de falar o que bem entendem sem a mínima sensibilidade e empatia.
Pessoas realmente inteligentes não são grossas com ninguém, sabem respeitar ao outro e, principalmente, sabem que o mesmo copo que quebram, pode ser capaz de lhe ferir quando transformado em cacos espalhados pelo chão. 
Todavia, tem gente que, quando está mal humorada, espalha fel por onde passa. Pessoas toscas que não sabem direcionar, sequer, a sua energia negativa, enfim: se A lhe deixou irritado, não é o B quem deve ser vitima de sua “vingança verbal”, mas, apenas e tão somente, quem lhe magoou, lhe feriu e irritou. 
No entanto vivemos num mundo em que o fútil é supervalorizado: a mulher bonita, de regra, acha que pode ser antipática e arrogante, o homem que se acha bonito ou, principalmente, bem sucedido, da mesma forma. 
Existem pessoas que sabem que são inteligentes e fazem de seus conhecimentos uma artimanha para menosprezar ao outro e feri-lo. Infelizes! É só o que me resta afirmar sobre esse tipo abjeto de ser humano que se acha muito bom, mas não é! 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 12 de abril de 2013

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cale-se II!

Cale-se II! 

Às vezes a melhor das intenções acarreta o pior resultado. O que aprendi sofrendo, logicamente. Com minha capacidade extrema de confiar nas pessoas, me apegar a elas e querer o seu bem, acabo, quase sempre transformando um pombo branco em um corvo. 
Explico: dou muito valor a laços sanguíneos, respeito muito as pessoas mais velhas e, sobretudo, admiro quem conquista o sucesso se dedicando para isso. Dou valor a pessoas de boa vontade e me apiedo quando vejo que elas são menosprezadas. 
Logo, quando conheço pessoas com um ou mais destes requisitos acabo por querer-lhes demasiado bem e, portanto, falo o que penso sobre o que vejo ser capaz de causar-lhes prejuízo ou algo assemelhado. 
Isso é errado, extremamente errado! As pessoas não querem ouvir o que lhes contraria, as pessoas não gostam de ser julgadas e, seguidamente, se acostumam com o ruim para não ter que procurar o bom que, diga-se, existe, sempre existe. 
Neste mundo existem pessoas que tem competência, pessoas que tem talento, pessoas que se dedicam e pessoas que tem sorte. E só. Sorte por estarem onde estão sem que demonstrem nenhum indicio de competência, talento e dedicação. 
Mas, fazer o que? Alertar ao marido, a esposa, ao namorado, ao patrão ou ao colega? Não, jamais. O certo é sempre entrar mudo e sair calado, exercer a sua função, ouvir a namorada, ou seja lá quem for, e não manifestar opinião alguma quando ela não é solicitada. 
É por falar demais, imbuídos de boas intenções, que a gente aprende a se calar, mais pela esperteza angariada dos erros cometidos quando manifestamos nossas opiniões por carinho e com boa vontade, do que por pureza que, diga-se de passagem, a vida tira quase todos os dias da gente. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 12 de abril de 2013

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O término da infância

O término da infância 

Essa fase de músicas de embalo bom e letra vulgar esta fazendo as crianças descobrirem cedo demais o significado de coisas e palavras que não deveriam, sequer, sair de suas boquinhas. 
O sertanejo universitário, o tal do “arrocha” (nome que nunca entendi o sentido, porém até a palavra eu acho vulgar), assim como o funk estão cada vez mais degradantes. 
Essas letras falam de sexo, de excitação, o álcool é quase apregoado, assim como se divulga a crença de que com carros bons os homens conseguem mais mulheres, com dinheiro o homem se dá “bem” com a mulherada. 
Ou seja, nossas meninas estão ouvindo musicas que degradam as mulheres. Não tenho a ambição de dizer que elas gostem realmente das letras, mas o embalo e os cantores simpáticos e com boa voz lhes “seduzem”. 
Então, cada vez mais cedo as jovens se preocupam com o corpo, com o tamanho dos seios, com as celulites no bumbum. As crianças não estão curtindo a infância, essa fase esta sendo, praticamente, suprimida de suas vidas. 
Ademais, os pais, cada vez mais ocupados, passam a fazer seus filhos ocuparem-se demais, o que por um lado é bom e por outro é ruim: a cultura cresce, mas o tempo para ser criança, para brincar e receber carinho e atenção dos pais diminui. 
Enfim, criar filhos esta se tornando uma tarefa cada vez mais árdua para os pais que, preocupados com suas vidas, terminam dando menos atenção e amor do que as crianças precisam para serem felizes. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 11 de abril de 2013.

Fofocas!

Fofocas! 

 Cobras não devem ser domesticadas e criadas por você, então se mantenha longe de pessoas que falam mal das outras pelas costas, ou seja, fuja de quem critica alguém para você. Você também tem costas e cedo ou tarde vai dá-las para esta pessoa e, sabe o que ela tende a fazer? Falar mal de você! 
As pessoas costumam criticar e menosprezar o que elas invejam, o que lhes é admirável, não o que é, de fato, ruim. Por isso que as fofocas são um indicio de incompetência e baixa estima do cidadão fofoqueiro por si mesmo. 
Homens podem ser fofoqueiros, mulheres também, o que explica a “fama” delas em serem mais chegadas a fofocas do que eles é que mulheres dão valor a coisas que homem não dá, ou, ao menos, nem sempre percebem: sapato, unhas, cabelo, batom, esmalte, marca de bolsa, marca de maquiagem, marca de sapato, etc. 
Apegadas a banalidades as mulheres tem mais motivos para invejar e, em decorrência disso, para criticar e falar mal, principalmente quando se sentem em desvantagem em relação à outra. 
Então fuja de pessoas que criticam demais, que falam mal do conhecido, do amigo, do colega, do chefe, enfim, mantenha-se longe de quem tem fel na língua, porque, cedo ou tarde, quem será criticado pelas costas será você. Tenha certeza disso. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 11 de abril de 2013.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Empregados

Empregados 

Empregado falar mal de patrão continua sendo muito démodé para o meu modesto gosto! Eu não sei qual a razão, mas nem o melhor dos chefes contenta a maioria de seus empregados. 
Talvez seja recalque, uma espécie de preconceito às avessas: “ele tem dinheiro para mandar em mim, então ele é ruim e chato”. Algo totalmente ridículo. Chefes costumam ser exigentes, porque possuem muita responsabilidade. 
Enquanto o empregado vai para a empresa, faz o que tem que fazer (e às vezes muito menos que isso) e sai em determinado horário, o chefe se preocupa, chega mais cedo, sai mais tarde com maiores problemas para pensar e resolver. 
Se as pessoas admirassem mais o lado bom de seus empregadores ao invés de desdenhá-los, talvez existissem mais “patrões” no mundo. Cresce na vida profissional quem se preocupa em fazer um bom trabalho, quem não se sente mal por achar que ganha menos do que deveria, mas se esforça para, um dia, ganhar mais. 
Forma alguma de recalque ajuda a pessoa a crescer, pelo contrário. Chegar à segunda-feira com preguiça e falar que o chefe acordou de mau humor é fácil, difícil é chegar ao final do dia com todas as tarefas feitas e ansioso para ter mais o que fazer no dia seguinte, ambicionando o dia de ter que pagar, ao invés de receber salário. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 10 de abril de 2013.

Deixe!

Deixe! 

Deixe os descontentes serem descontentes, deixe os infelizes serem infelizes, não seja inoportuno! Deixe cada pessoa ser e fazer o que quiser, a sua intenção salutar em ajudar alguém pode ser péssima para você mesmo. 
A possibilidade de ser feliz nos é dada a cada novo amanhecer. Pessoas positivas e de bom astral atraem coisas boas, atraem realizações e alegria, então, por favor, compreenda que você não é pai de quem não é, realmente, seu filho! 
Não queira salvar alguém, as pessoas só se salvam do que lhes aflige quando desejam. As pessoas só mudam quando sentem tal necessidade, então, ouça mais e fale menos quando o assunto for a vida de quem se lastima com você. 
Não sou o tipo de pessoa que acha que tem uma “missão”, menos ainda que o motivo de minha existência seja fazer bem para alguém. Não tenho pretensão de ser professora de pessoa alguma, menos é claro, dentro de uma sala universitária dando aulas para alunos e ganhando um salário que me ajude a viver um pouco melhor, com mais lazer e conforto, enfim. 
Se eu acredito que todos temos algo para fazer no mundo? Não sei. Sei, isto sim, que devemos amar quem nos ama, valorizar quem nos valoriza, ter paciência quando mais tendemos a ser impacientes, aceitar quem nos cerca da forma que são, enfim, eu sei que todos os seres humanos devem buscar a melhor forma de sentir-se bem na própria pele. 
 E eu me sinto bem amando minha família, amando mais aos animais do que a algumas pessoas, confiando muito nuns, desconfiando demais de outros, trabalhando e batalhando mais do que vadiando. 
Tentando tomar mais água e menos refrigerante, exercendo a profissão que amo e esperando que, um dia, o amor da minha vida me encontre e me aceite como sou. 
Enfim, no momento não estou pensando no mundo, mas na pessoa que mais me interessa nele: eu mesma (e quem amo, afinal essas pessoas fazem parte de mim). 
 No momento eu só quero viver uma vida boa, organizar o que preciso e manter-me sempre psiquicamente equilibrada. Estou preocupada demais comigo para pensar nos outros. A eles, isto sim, não faço mal algum, pelo contrário, sou engraçada e lhes faço rir, afinal é só o que posso lhes oferecer nesta fase da minha vida. 
Os outros? O mundo? Não sei deles. Sei, isto sim, que se cada pessoa batalhasse para realizar-se intimamente teríamos um mundo com menos pessoas frustradas, mal humoradas, invejosas, preguiçosas e maldosas. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 10 de abril de 2013.

Os não passionais

Os não passionais 

 Quase sempre queremos nos apaixonar por alguém, assim como queremos uma pessoa loucamente apaixonada por nós, todavia, a maioria das pessoas não sabem conviver com os “efeitos” da paixão em suas vidas. 
A passionalidade nos deixa suscetíveis ao outro, ao que ele fala, a forma com que pensa e age. Sofremos por não querer sofrer. Sofremos por saber que, não raras vezes, o “para sempre, sempre acaba”. 
Apaixonados costumam exagerar, são tal qual disse Cazuza, “exagerados”, só que não querem um amor inventado, querem viver um amor real, apesar de possuírem expectativas, comumente irreais. 
É por tal motivo que relacionamentos em que um é mais apaixonado do que o outro costumam ser mais tranqüilos e, até mesmo, duradouros. Enquanto um é passional, enquanto um se fere com as palavras e gestos alheios, enquanto um reclama suas razões, o outro, menos apaixonado, consegue ser mais “frio”, mais racional. 
E, quer você acredite, quer não, a racionalidade pode ser boa amiga de um relacionamento amoroso. Na circunstancia mencionada e em muitas outras. Todavia, para ser realmente racional, é preciso não ser passional, é preciso, enfim, não sentir paixão. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 10 de abril de 2013.

Competentes

Competentes 

 Em relações profissionais e afetivas faz-se necessária certa objetividade: ou faz bem ou não faz, ou nos contenta ou desaponta. Simples! A nossa fé e boa vontade não fazem milagres com nada, nem com ninguém. 
As pessoas são como elas são e só mudam quando lhes convêm. A causa da mudança? Depende de cada um, mas não raras vezes o que ínsita os seres humanos a crescerem são os tombos que caem quando acham que estão agindo “certo”. 
“Existem três opções na vida: ser bom em algo, ficar bom ou desistir”. Frase do eterno Dr. House na qual eu assino embaixo. Mas, acrescento que as pessoas que o cercam dão estas mesmas opções para você. 
Enfim, ou as pessoas são boas, ou você vê que elas têm potencial para ficarem boas ou você desiste delas por perceber que elas jamais serão aquilo que você espera que sejam: competentes, inteligentes, responsáveis, educadas, simpáticas, amáveis e etc. O fato de distribuir “votos de confiança” para quem você julga ser merecedor é um mérito seu, não do outro. Enfim, crer que a outra pessoa é boa ou pode melhorar é uma expectativa sua, não significa que seu anseio se tornará realidade. 
Uma coisa é desejar, outra é realizar. Claro, existe o tal do “querer, poder e conseguir”, mas isso vale apenas para a sua vida pessoal, profissional, afetiva e financeira. Querer, poder e conseguir transformar o joio em trigo é impossível. 
 Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 09 de abril de 2013.

"Facebookers"

"Facebookers"

Sinceramente? Eu sou fã das redes sociais, do Facebook especificamente. Também gosto de vinho, caipirinha e licores, mas não os tomo todos os dias e, quando o faço, me seguro quando o efeito do álcool aumenta. Enfim, para tudo na vida é preciso uma dose de bom senso e moderação. 
Logo, acho que o fato das pessoas, em seus locais de trabalho, dispersarem o dia todo a sua atenção com as redes sociais é um indicio de irresponsabilidade. 
E a ausência de responsabilidade é irmã da imoderação. Não importa se você esta se sentindo desocupado. De regra, sempre há o que fazer quando se esta em ambiente profissional. 
 Claro, não estou dizendo que dar uma olhadinha no Face durante o dia de trabalho seja um pecado, uma heresia trabalhista. Falo das olhadas constantes, dos diálogos que se estabelecem ali com freqüência demasiada enquanto a sua atenção deveria estar voltada para algo mais importante. 
 Sempre existe um livro para ler, algo para estudar, uma pasta para organizar, algo que faça bem para a sua carreira e alma, afinal, ocupar-se trabalhando, fazendo o que se gosta é o melhor antidepressivo que existe. 
A menos que você seja aposentado, recebedor de beneficio previdenciário ou desempregado existirá sempre algo mais útil a fazer do que usar sites de relacionamento durante o período de trabalho. Pronto, falei! 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 08 de abril de 2013.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Beleza da alma

Beleza da alma 

Não é a idade, ou, enfim, o passar dos anos que tira a beleza de uma pessoa. O que as torna jovens ou idosos feios é a intolerância, o orgulho, o egoísmo. 
O que deixa as pessoas feias é a amargura pelas frustrações tidas e, principalmente, aquela infeliz necessidade tola de falar tudo o que pensa sobre os outros mesmo que eles não lhes tenham indagado. 
Na verdade essa “necessidade” provém de certo orgulho, de uma vã crença de que os seus pensamentos são o “caminho” para a evolução alheia quando, na verdade, não passam de meras idéias. 
E “meras idéias” só devem ser ditas quando solicitadas. Conselhos só se dão para quem pede, do contrário, ao invés de ajudar ou consolar, eles irritam e magoam. Ninguém neste mundo quer ouvir opinião que não solicita. 
As pessoas correm demais, têm suas vidas, suas batalhas interiores, seu trabalho, vivem atordoadas em nome da construção de uma vida mais equilibrada em todos os aspectos. 
Enfim, os seres humanos não têm necessidade de ouvirem dos outros conselhos que não lhes solicitam. Nem necessidade, nem vontade e, não raras vezes, nem tempo! 
Portanto, aprender a guardar seus pensamentos para si torna as pessoas mais agradáveis e, portanto, mais belas, não fisicamente, mas com aquela beleza que realmente encanta: a da alma. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 08 de abril de 2013.

Aparências

Aparências 

Estava viajando de ônibus com minha mãe e havia uma mulher de quase quarenta anos de idade usando um salto altíssimo (diga-se, numa viagem longa), acompanhada de um rapaz de vinte e poucos que parecia ser seu esposo, um menininho de quase dois anos e uma menina de quatro que a chamavam de “mãe”. 
As duas crianças não paravam quietas e lhes era permitido andar com o ônibus em movimento e, inclusive, acordar as pessoas sem reprimenda. Além do “suposto” pai ser bastante grosseiro com os “filhos”. 
Eu e minha mãe pensamos que a mulher e o marido pouca educação e importância davam para aquelas crianças agitadíssimas. No entanto, quase ao final da viagem ouvimos a história de ambos, ou, mais especificamente, da mulher “muito mais velha do que o marido”. 
Ela era mãe do rapaz e avó das crianças que lhes foram deixadas após a morte da filha de 19 anos, atropelada. Como, desde pequenos a avó os criou, chamavam-na de mãe. O rapaz era um de seus filhos. Ela teve três. 
Minha mãe, após conversar com a mulher e sem muito pensar me disse: “Como julgamos mal as pessoas”. Eu fiquei quieta, pensei um pouco e disse que não. Pelo contrario, afinal, de regra eu e minha família julgamos bem demais as pessoas e nos decepcionamos com elas depois. Mas, apesar dos pesares não desistimos de confiar. 
O fato é que as aparências enganam. As crianças a chamavam de “mãe” e hoje em dia é normal casais com diferenças de idade grande e, infelizmente, pais serem bruscos com os filhos. 
O que aparenta, quase sempre não é. Esta é uma lição que a vida não cansa de nos dar: famílias perfeitas, casais unidos, vida financeira folgada, humor agradável, simpatia constante, alto astral, tudo isso, seguidamente é o que os outros aparentam ser e ter, mas não são, nem possuem. 
Viver é descobrir que é preciso muito mais do que olhar para ver. É preciso muito mais do que analisar o que se enxerga e concluir com base nisso. É preciso ouvir, conviver e conhecer para, apenas depois, tirarmos conclusões acerca de algo ou de alguém. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT 08 de abril de 2013.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Própria vida

Própria vida 

Quase todos os seres humanos que conheço são ótimos em dar conselhos. Sabem por quê? Porque analisar a vida do outro e usar a racionalidade para dar dicas e conselhos é fácil. 
Difícil mesmo é ser racional na própria vida, difícil mesmo é analisar os próprios atos, pensamentos e omissões. Todos somos “deuses” da vida alheia. Na nossa, só resta-nos resignarmo-nos e pedir a Deus que seja nosso melhor conselheiro. 
Quem vê de fora, enxerga qualquer situação com mais clareza, justamente por não estar plenamente envolvido com o que aflige a outra pessoa. Somos imparciais em nossos conselhos. Todavia, em nossas vidas somos parciais. Seguidamente requisitamos a sinceridade alheia e a repudiamos. 
Queremos, no fundo, que nossos sonhos cor de rosa se tornem realidade. Mas, não raramente eles se tornam cinzas, escuros e, enfim, capazes de ferir nosso brio, e fazer nosso coração e alma sofrerem.. Enfim, é fácil cuidar da vida alheia e aconselhar aos outros, difícil mesmo é cuidar da própria vida. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 03 de abril de 2013.

Músicas

Musicas 

Pois é, quando eu era criança e adolescente viajava de caminhão com meus pais. Eu amava aquela vida, aqueles momentos, aquelas viagens, familia unida, alegria constante. Todavia, havia uma guerra latente entre nossos gostos musicais: eu queria Legião. Engenheiros, Guns, Led Zeppelin, etc.. 
Mas meu pai e minha mãe queriam ouvir Roberto Carlos, Chitãozinho, Leandro e Leonardo, Zezé e Luciano, sertanejos românticos enfim (digo isso, porque surgiu o tal “sertanejo universitário, que, para o meu gosto, as letras são quase tão vulgares quando as do malfadado funk). 
Pois bem, eu ouvia aquelas musicas românticas e, apesar de achá-las bonitinhas, não as entendia. De certa forma, me irritavam. Pois nada que a vida não mude. Cresci, amadureci, me apaixonei, amei, sofri e me tornei encantada pelas letras que falam de amor. 
Brega? Talvez, mas as musicas românticas tocam a minha alma, mexem comigo. Letras que falam de romances felizes, de outros “malsucedidos”, com quase todas, enfim, em algum ponto eu me identifico. 
Continuo adorando o bom e velho rock´n roll, mas não deixo de me emocionar ouvindo as letras do Robertão e do Mirosmar (Zezé di Camargo), em especial as do segundo que, não raras vezes, parece ter escrito em suas letras a historia da minha vida amorosa! Sou eclética para tudo, mas uma coisa eu garanto: adoro assuntos de amor. Felizes ou não. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 03 de abril de 2013.

Simples, muito simples.

Simples, muito simples. 

Ser feliz é uma responsabilidade personalíssima: sua com você mesmo. Não é preciso ter o corpo perfeito, o rosto lindo, a conta bancária avantajada, salário alto, amigos maravilhosos e o marido perfeito. 
 Você precisa ser realista para ser contente e, conseqüentemente, feliz. Não coloque a sua felicidade nas mãos de ninguém ou de coisa alguma. 
Aprenda, isto sim, a ser grato pelas possibilidades que se abrem a cada amanhecer, afinal o seu futuro esta em suas mãos, então escolha ser feliz desde já! Todo o dia que amanhece, cada momento que você respira, todos os instantes em que você pensa, se move, se alegra ou, até mesmo, se entristece, são motivos para rejubilar-se perante a vida. 
 Você esta vivo! Se algo lhe incomoda, depende de sua boa vontade mudar. Existem soluções para todos os problemas desde que você esteja vivo, desde que tenha saúde, então, não desperdice suas oportunidades se lamuriando, quando deveria estar agindo. 
 Não pense que você vai ser mais feliz quando ganhar mais, quando encontrar um grande amor, quando tiver um filho, quando se aposentar, quando for promovido, quando comprar um apartamento maior, um carro moderno, quando colocar silicone nos seios, quando fizer uma lipoaspiração. 
Tais motivos podem lhe entusiasmar, lhe animar, lhe alegrar, mas se você, antes de tudo, não sentir-se feliz, em paz e contente com quem você é e com as dádivas que a vida lhe apresenta todos os dias, será impossível se realizar por meras mudanças físicas, afetivas ou financeiras. 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 03 de abril de 2013.

Barriga chapada

ESSA É DO "FUNDO DO BAÚ", MAS O TEMA NÃO DEIXA DE SER "ATUAL". Infelizmente: ANO 2006. 

Barriga Chapada 

Sábado ao meio dia procuro uma revistinha de assuntos tolos na rodoviária de Porto Alegre para ler e me distrair na viagem de regresso à Passo Fundo. Semana cansativa, aula da especialização, não queria saber de literatura jurídica ou culta. Confesso que não tenho o hábito de ir a revisteiras, e me imergir no universo de Nova, Caras, Boa Forma, Marie Claire, Cláudia e companhia. 
Surpreendente. As revistas continuam com as mesmas reportagens. As femininas em especial: dicas de sexo repetidas, dietas e mais dietas, "o que os homens pensam", como "conquistar um namorado em 7 dias" e, agora, um jargão pobre: barriga chapada. Em mais de quatro revistas havia reportagens sobre a tal “barriga chapada” como se malhar e definir o abdômen fosse levar as ladies à realização completa, a felicidade constante. 
Barriga chapada. Esta palavra não me sai da cabeça. Não me preocupo com a minha porque sei que além de barriga definida, coxa sarada e peito firme uma mulher deve ter muito mais a oferecer (mas "muito" mesmo!). Todavia na época em que a bulimia, a anorexia e outros distúrbios vêm se tornando comuns creio que a futilidade seja o mal do momento. 
O mal do novo século, aquele mal latente que leva ao descontentamento pessoal e físico, que finda relacionamentos, que torna as pessoas cada vez mais tolas e o mundo um local onde sobram mulheres em números e falta em qualidade, onde existem muitos homens- muitos mal amados, muitos infelizes, solitários que fingem alegria com mais de 20 cervejas forçando o seu pobre fígado. Um mundo onde pessoas passam fome e outras comem e provocam o vômito. Outrora se dizia que a depressão era o mal do século. Não, não é. Acho, na verdade, que nunca foi. 
O mal do século, o mal da vida e do mundo é a futilidade, a banalização de corpos, a vulgarização do sexo e das relações afetivas, estas três nitidamente ligadas à superficialidade - irmã gêmea da futilidade. E relações superficiais, vidas banais, crenças frívolas levam à solidão e a tristeza depressiva. Tempos modernos, tempos de crise. Crise de valores, crise de atitudes, crise de pensamento. 
Quem tem dinheiro, um carrinho legal, um bom estilo de vida acha que pode tudo, quem tem uma barriga sarada e cabelo comprido acha que não precisa ter mais nada por baixo. O segredo da felicidade?A "arma" da conquista?O "sonho de consumo"?Uma barriga definida! Dane-se o cérebro, a inteligência, a educação, a forma de bem tratar, o saber ser amigo, ser fiel, ser parceiro. Viva às coxas, as bundas, e, logicamente, as barrigas chapadas. 
Tenho certeza que eu preciso me "chapar" de algo que nunca provei para agüentar esta futilidade imbecil, ou melhor, como fico bêbada fácil, o melhor é tomar umas tacinhas de champagne e não ver mais nada, não tentar entender pelo menos. Às vezes, realmente dá vontade de ser cego e surdo. 
Mudo não, para poder gritar para que parem de gesticular e mostrar suas barrigas, costas, e coxas "chapadas", e deixar claro que coisas perecíveis e superficiais não me interessam. E a revista, será que eu comprei? Sim, a revista homônima à autora deste mês esta excelente. E não fala de barriga chapada. Ufa! Uma revista para quem quer distração sem se entorpecer de frivolidade. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 27 de novembro de 2006.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Resumindo

Resuminho 

 Filha de caminhoneiro, viajei quase toda minha infância e um período da adolescência numa boleia de caminhão! Céus! Como era bom! Ver paisagens, comer em locais diferentes, conversar com meus pais (que eram tão unidos na época), ouvir as historias cômicas que meu papai contava. Ai, que saudades! 
Dormir num Estado e acordar noutro, como era bom! Tomar café da manha feito pelo pai, com direito a salaminho frito e omelete cheio de queijo. Comer o sanduiche de salame, queijo e pepino que ele me preparava no meio da tarde. Tomar sorvete em cada parada. 
Grande “Kibon” presente em todos os confins do Brasil! Além, é claro, dos picolés de sabores nativos. Deliciosos! Fora o pão de queijo de Minas Gerais, o aracajé da Bahia, água de coco, as mangas, os abacaxis, os mamões de Alagoas! Boas lembranças da minha infância! Todavia, aprendi a não ter medo de mudanças, aprendi que “lugar bom” para se morar é onde nosso trabalho rende frutos. 
De tudo isso, ficou uma imensa admiração pela minha mãe. Ah, se ela pudesse ver meu coração, minha alma, saberia o quanto eu a admiro, o quanto a amo. Quisera eu ter a sua força de espírito e de corpo. Minha mãe tornou-se a minha “ídola” e, meu sempre amado pai, que não se separou apenas da minha mãe, mas de mim, também, no entanto, agora não passa de uma visita agradável quando resolve vir me ver. 
Porém, o amo e sempre amarei. Sempre vou amar. Ele fez por mim o que lhe era possível, ou achava que era. Ninguém é perfeito, nem mesmo aqueles que nos trouxeram ao mundo. Todavia, às vezes eu preciso de um colo, de um afago, de carinho. 
Certa vez, há mais de 6 anos eu fiz sessões de terapia individual. A psicóloga dizia com todas as letras que eu precisava de “cuidado”. Não de criticas, que sempre ganhei, afinal, como filha única humana e, obviamente, imperfeita, me era exigido demais. 
Quase nada do que eu fazia estava à altura das expectativas de quem zelava por mim, Depois de adulta eu decidi não ser julgada, mas compreendida. Prefiro o silencio que me deixa curiosa a palavras que me ferem. 
Sou balzaquiana, eu sei. Mas não tenho irmãos, tenho uma amiga confiável, tias amorosas, um gato maravilhoso, mas nem todos oferecem o ombro para eu chorar ou, ao menos, lastimar. É, meu amigo, eu não encontrei quem se dispusesse a “cuidar” um pouco de mim, embora eu tenha cuidado de todas as pessoas com as quais me relacionei. 
Eu queria ter um amor para que eu pudesse cuidá-lo, dar-lhe todo meu amor e carinho, e, também almejo um amor que me critique menos, respeite mais, me aceite e, principalmente, tente entender as minhas dores e tentar-me consolar. Se irá que irei conseguir? Não sei, mas a tentativa, por si só, me deixará plenamente feliz. Vamos viver, pois, quem sabe quando menos esperamos tudo de bom pode ocorrer! 
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 02 de abril de 2013.