Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Quase sempre

Quase sempre 

 Não sei mensurar exatamente quando eu me tornei uma pessoa que mais cala do que fala quando o assunto é a forma com que o outro pensa e vive. 
Passei a ter a nítida certeza de que meus pensamentos não servirão para mudar os de ninguém, quiçá seja eu quem precise mudar, mas, por algum motivo não desejo, esta bom assim. 
Talvez as pessoas que eu julgo necessitar de mudanças pensem como eu: estejam felizes com a vida que levam, com a forma com que pensam e agem.
 Existe um grande abismo entre o meu pensar e o dos outros, logo eu desisti de correr riscos e tentar lhe transpor. Se o outro quiser, por sua vontade, vir até os meus pensamentos, ele vem, todavia, não serei eu quem vai ir até os dele quando as diferenças são significativas. 
 Talvez quem eu julgue ser ignorante e errado pense que a errada sou eu, logo, sendo que ninguém é superior a ninguém, como irei tentar impor os meus pensamentos se eles podem estar equivocados ou se o outro pode pensar isso a respeito de minhas idéias? 
 Conselhos? Só dou quando me pedem, quando dizem claramente que querem ouvir a minha forma de pensar, mas, ainda assim, verifico se a pessoa não precisa, realmente, de apoio a seus pensamentos, por qualquer espécie de insegurança. Neste caso, lhe dou anuência para fazer o que sua mente e coração lhe dizem. 
 Vivo de acordo com o que penso, vivo de forma livre e não me importo com o que os outros podem pensar a meu respeito. Tenho a alma liberta e faço o que desejo desde que não macule o coração de quem amo. 
Portanto, respeito o pensamento de todos, concordo com uns poucos e me calo quase sempre, porque quase nunca gosto que se intrometam na minha forma de ser, por mais errada que eu possa estar. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 27 de dezembro de 2012.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Esperança

Esperança 

 O grande problema da desesperança que assola as pessoas é a falta de reflexão e comodismo que anda junto com ela, afinal, se as coisas não podem melhorar, então porque pensar bem antes de agir e tomar decisões? 
Se todos os políticos são desonestos, se todos os homens são infiéis, se todas as amigas mulheres são falsas, se toda a imprensa é parcial, se todos os poderosos são burocratas, por que escolher o melhor dentre eles? 
Por que eu irei selecionar o mais competente e apto dentre os profissionais ou candidatos a algum cargo se o que existe é igualdade? Se todos são ruins, não existem diferenças, não há o honesto, o correto, o justo, o sincero. 
 Por trás da falta de esperança existe o comodismo, a inércia mental que impede as pessoas de raciocinarem corretamente, afinal se me considero bondoso e justo, por que não existirão pessoas como eu no mundo? 
 Em época de final de ano, refletir a respeito da necessidade de ter esperança e cultivá-la é interessante, para não dizer imprescindível. Precisamos acreditar que o mundo pode melhorar, precisamos acreditar que existem exceções a todas as regras e cabe a nós procurá-las. 
Cabe a nós nos informarmos, cabe a nós buscarmos soluções para os problemas que nos cercam e não desistirmos da resolução daqueles que, mesmo distante de nós, nos afetam. 
 As pessoas possuem mais poder em suas mãos do que percebem e a esperança é e sempre será propulsora de boas decisões e grandes feitos por parte da humanidade. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 26 de dezembro de 2012.

Simplicidade e bem estar

Simplicidade e bem estar 

 Não me atrai a forma hedonista de viver e buscar a felicidade, não simpatizo com a busca de algo tão significativo através de atos irrefletidos e superficiais. Todavia acredito que certa simplicidade e um pouco de individualismo não faz mal algum. 
Quando me refiro a individualismo não me refiro a atos egoístas, mas a necessidade de priorizar o seu bem estar para viver bem e ser feliz. Quem se esquece de priorizar a si mesmo termina se tornando infeliz e fazendo os outros infelizes. 
Faça o que for necessário para viver bem, para ter paz e alegria de viver desde que não fira a liberdade do outro de fazer o que lhe apraz para ser, igualmente, feliz. 
 Não se acomode, não fique perto de quem lhe faz mal e de quem não lhe ama, apenas por conveniência. A cada sorriso falso e anuência com o que não lhe enternece a alma, quem se afasta do caminho do contentamento e felicidade é você mesmo. 
 Seja sincero consigo próprio, não se engane, não se iluda. Simplifique a vida, se afaste de pessoas invejosas, falsas e arrogantes, se afaste de quem não lhe alegra, mantenha-se longe de pessoas nas quais você não pode falar o que realmente pensa, fique longe de quem fala mal de você pelas costas. 
 Não é preciso viver de forma imprudente, não é preciso viver como se a vida terminasse amanha e seus atos não tivessem conseqüência, da mesma forma que não é preciso passar por cima de ninguém para ser feliz. Atropelar pessoas é atitude vil, se afastar delas é gesto nobre, tanto para você mesmo, como para quem não lhe preza verdadeiramente. 
 Todavia, tão equivocado quanto o ato de passar por cima do outro visando à própria felicidade é o de atropelar seus próprios anseios e forma de pensar em prol de relações que não lhe fazem feliz, que não lhe acrescentam sorrisos sinceros e bem estar. 
 Goze a sua liberdade, compreenda que você não é necessário na vida de quem não lhe faz feliz, assim como ninguém é imprescindível para você se a sua companhia não lhe alegra, se você não pode ser quem realmente é, ao seu lado. 
 Então, valorize a sua própria vida e exerça o direito de se afastar e manter-se longe de amizades superficiais, parentes falsos, conhecidos mal resolvidos e pessoas invejosas. 
 Mantenha-se, por outro lado, perto de quem possui afinidades com você, afinal a vida é muito curta para você desperdiçar seus momentos com quem não lhe estima verdadeiramente e, por algum motivo, não é por você, realmente, estimado.
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 26 de dezembro de 2012.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Altruísmo e sinceridade

Altruísmo e sinceridade 

 Sensibilidade não é apenas necessária para que você fale o que tem como certo, mas para que perceba o que deve ser dito em consonância com o estado de espírito e anseios do outro. 
Seguidamente as pessoas não desejam conselhos, elas querem apenas falar e serem ouvidas. Elas não querem que você lhes aponte falhas ou soluções, elas querem apoio. 
Dar apoio, porém não significa gostar e concordar profundamente com aquilo que lhe é dito, mas usar as palavras necessárias para que a outra pessoa sinta-se mais segura e a vontade para fazer o que ela mesma deseja. 
Você não ajuda ao outro quando lhe passa o seu ponto de vista, aliás, dizer o que pensa é melhor para quem fala do que para quem ouve. Certamente é bom sentir-se a vontade para dar a sua opinião sobre a vida e atos alheios, mas, não raras vezes, isso é desnecessário para o outro. 
A maioria das pessoas que vem lhe falar quer apoio e não criticas, querem que você de “força” para as idéias que já possuem, elas não querem saber o que você realmente pensa e acha que elas devem fazer. 
Aliás, presumo que quando o homem possui muita necessidade de manifestar os seus pensamentos a respeito das experiências e vivencias existe mais orgulho do que caridade em suas palavras: “ele age de forma tão tola, vou dizer-lhe o meu ponto de vista que é mais saudável, quem sabe assim ele muda suas atitudes.” 
Se bem analisado o pensamento implícito na necessidade de aconselhar gratuitamente, existe mais presunção do que empatia e sensibilidade pura. 
 Logo, “frear” a própria sinceridade é um gesto de altruísmo e compaixão para com o outro quando ele deseja apenas falar e não ser aconselhado ou criticado. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 24 de dezembro de 2012.

Discernimento

Discernimento 

 Não existe nada de errado com a política. Ela é necessária. O que pode ser discutível ou criticável são as atitudes de alguns políticos. Existe muita diferença entre a “coisa” em si e o que o homem faz com ela. 
Da mesma forma que ter dinheiro não é ruim, o que pode sê-lo é aquilo que o homem endinheirado faz ou deixa de fazer com o que possui: falta de caridade, orgulho, arrogância, egoísmo, ambição excessiva, sovinice, dentre outros problemas. 
Assim como ser pobre não implica em defeitos, o ruim é relacionar a pobreza financeira com a espiritual e psíquica, é não desejar evoluir, é acomodar-se a ponto de deixar de ter senso critico e vontade de progredir intelectualmente. 
 Nenhuma espécie de poder é, por si só, boa ou má, o que pode ser louvável ou abjeto é aquilo que o homem poderoso faz com o poder que possui. São as atitudes do homem que determinam as virtudes daquilo que ele tem. 
 Da mesma forma que não são os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo ruins, tampouco a mídia e a policia, o que pode ser ruim são os atos dos homens investidos de poder e responsáveis por levar informação séria e segurança a população. 
 Em todos os meios, dentre todas as pessoas, existem aqueles que se dedicam a ser o melhor que lhes é possível, existem os honestos, os justos, os sérios, logo, não cabe ao cidadão inteligente estigmatizar classes e malbaratar a utilidade de nada. 
Compete-lhe, isto sim, ter discernimento para distinguir o bom político do mau, o bom rico do fútil e vil, os bons profissionais dos maus e aqueles que usam o poder que possuem em beneficio da sociedade daqueles que querem lhe escravizar.
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 24 de dezembro de 2012.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Mais um Natal

Mais um Natal 

 Eis que mais um Natal se aproxima, momento de reflexão, época em que as pessoas se encontram com seus valores: a maioria direciona-se ao comércio, compras, boa comida e festividades, poucos são os que refletem, os que agradecem as benesses divinas que a vida lhes apresenta ano a ano, poucos reconhecem que as suas dores lhes aproxima da força, da evolução e das virtudes. 
Desejo que meus amigos se divirtam com seus familiares queridos, mas, sobretudo, pensem a respeito do amor, da necessidade de paciência e carinho com aqueles que testam o nosso bom humor e, seguidamente, são os que mais precisam de piedade e compaixão. 
 Espero que as pessoas valorizem aquilo que seu dinheiro não compra, as coisas simples, as coisas do coração que, para muitos, são as mais difíceis de conquistar. 
Desejo que todos reconheçam o valor do perdão, da indulgencia, da paciência e da feliz capacidade de colocar-se no lugar do outro, de compreender aquele cujas vivencias podem ser muito diversas das nossas, mas que não é inferior ou superior a nós. 
Quero que as pessoas compreendam o valor do respeito, virtude praticamente equivalente ao amor e que, sobretudo, ele não provém do medo, mas da empatia, da compaixão e da mansuetude de espírito.  
Desejo um Natal cheio de alegrias, mas muitas, muitas reflexões e agradecimentos, afinal, independente do que nos acontece, somos nós que escolhemos o que fazer com o que nos fere. E que sempre tentemos escolher o melhor! 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 23 de dezembro de 2012.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Clareza

Clareza 

 Quando você conversar com alguém tenha em mente que a clareza deve ser um objetivo. Não pense que as suas palavras são sempre claras, é preciso perscrutar a clareza, a objetividade e a maior sintonia entre o que é dito e o que é sentido. 
Seguidamente as suas palavras são interpretadas de acordo com o que aquele que as ouve sente ou de acordo com as experiências de vida de seu interlocutor. 
 Logo, priorizar a transparência é fundamental para que não se criem falhas na comunicação e, conseqüentemente, alguma espécie séria de mal entendido. 
Diga o que você pensa, mas busque as palavras adequadas para isso e, sobretudo, seja empático, coloque-se no lugar do outro. 
Nem sempre o que você diz é assimilado com a mesma inocência que havia ao ser dito, às vezes o outro pode receber o que lhe é falado de uma forma negativa, todavia, inexiste culpa de ambos os lados: a sua intenção é uma, mas o efeito das suas palavras pode resultar em algo diferente. 
Imprescindível, portanto que você compreenda a necessidade de clareza daquilo que é dito a outra pessoa, o que, certamente, só pode ser obtido se você pensar antes de falar. E se for impossível pensar? Não fale ou o faça, mas arque com as conseqüências. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 18 de dezembro de 2012.

Mea culpa

Mea culpa

 Mea culpa, é isso que as pessoas devem aprender a fazer. A humanidade não carece de homens arrogantes que brigam para ter uma razão que perdem no exato momento em que se exaltam. 
O mundo precisa de homens que saibam reconhecer os seus erros. Se cada pessoa cuidasse de seus atos e pensamentos, viveríamos num mundo um pouco melhor, no entanto, a maioria dos seres humanos sente-se melhor ao apontar os erros dos outros, independente de suas criticas serem baseadas em fatos ou em mera suposição pretensiosa que mais julga do que compreende. 
Criam-se laços mais fortes quando a pessoa cuida melhor de suas atitudes do que das alheias, quando, enfim, o homem preocupa-se mais em analisar suas próprias falhas do que em apedrejar os erros do outro. 
 Casamentos e amizades terminam quando as pessoas colocam o amor de lado para brigar por motivos vis, para batalhar pelo falso mérito de ter “razão” e, portanto, sair-se vencedor em determinada discussão. 
Pessoas sábias pedem desculpas até quando, intimamente, crêem que não erraram, apenas para apaziguar a situação. Pessoas sábias querem sorrisos e paz, não discórdia e tensão. 
 Pessoas sábias fazem mea culpa, não tentam culpar a outrem, afinal, pessoas sapientes compreendem, não criticam e nem menosprezam ao outro e sua forma de pensar e viver. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 18 de dezembro de 2012.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fé e alegria

Fé e alegria 

 O tempo que traz o que você deseja e merece possuir, afasta de sua vida aquilo que não lhe pertence, independente das ilusões que você possa ter. O decurso do tempo desmistifica tudo.
 Quando você estiver triste e desapontado com algo, valorize o poder da esperança: encha seu coração de bons desejos e espere o tempo passar para que tudo se organize e melhore. 
Certo que as coisas não podem mudar se você não fizer nada, ocorre que “agir” nem sempre significa tomar atitudes do ponto de vista “físico”, pode significar, simplesmente, mudar a forma com que se pensa, ou seja, munir-se de fé e pensamentos positivos significa “fazer” algo! 
Não faz nada aquele que se mantém em sofrimento cultivando pensamentos ruins e pena de si mesmo, aquele que não nutre esperança de que o amanha revela verdades e traz aquilo que é de seu merecimento possuir. 
Viver é a arte de lidar com seus próprios pensamentos e sentimentos. De regra nenhum inimigo é mais algoz do que os pensamentos do homem, mudando a forma de pensar é possível construir uma nova vida. 
Depressão, ansiedade, angústia, nervosismo, todos os problemas que assolam a maioria das pessoas é fruto de sua dificuldade em administrar os próprios pensamentos e os sentimentos que advém da forma com que pensa. É por isso que a fé opera milagres na maioria das pessoas. 
O homem que tem capacidade de acreditar em algo que esta acima de seus desejos mundanos desenvolve a capacidade de ser calmo, equilibrado e feliz na própria vida, independente dos acontecimentos que ocorrem ao seu redor. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 17 de dezembro de 2012.

Exija!

Exija! 

 Nós somos as decisões que tomamos, é por isso que exigir e selecionar amizades e romances é sempre importante para a nossa felicidade e contentamento intimo. 
A questão é que exigir o que é mais do que bom é algo que poucos fazem, por carência ou medo da solidão e da frustração a maioria das pessoas se contenta com o que não é “tão” excelente para seus próprios padrões. 
Existe, em todo ser humano, uma espécie de insegurança em relação à concretização de seus anseios e desejos, como um instinto tolo de auto-sabotagem as pessoas não tem facilidade para acreditar que podem conquistar aquilo que mais desejam, portanto elas diminuem o patamar de suas expectativas para adequá-lo ao que é comum e “fácil” de ser encontrado. 
Há, sem sombra de dúvida, uma contradição entre o medo da frustração e a facilidade com que o “não tão bom” é aceito, afinal, se é possível contentar-se com o que não nos faz plenamente feliz, porque ter medo de frustrar-se ao tentar encontrar o “excelente”? 
A ousadia e o destemor são os atributos que fazem com que algumas pessoas encontrem o que desejam. Mais do que decepção ninguém encontra quando ousa, logo, porque ter medo do desapontamento com o que pode lhe ser ótimo se o razoável é inerentemente frustrante? 
 Seguir o poeta Fernando Pessoa que disse que “tudo vale a pena se a alma não é pequena” é sumamente necessário para quem deseja ser feliz, portanto eu digo: reconheça o seu valor e seja exigente em relação ao que deseja encontrar na vida, pois, com certeza, quando você tiver em seu coração aquilo pelo qual ansiou irá perceber que vale a pena exigir o melhor! 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 17 de dezembro de 2012.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Conceitos simples

Conceitos simples 

 Não compreendo a ambição desmedida de certas pessoas, não consigo entender com precisão o que se passa na mente do homem que deseja apenas acumular bens sem fazer o bem, sem ser bom. 
 Sou uma pessoa que possui dificuldades para compreender o que não toca o seu coração, logo, tenho conceitos extremamente pessoais daquilo que a maioria das pessoas julga de forma diversa. 
 O que é riqueza para boa parte das pessoas não significa muita coisa para mim. Dinheiro, carro caríssimo, casa chiquérrima, viagens freqüentes podem ser bastante interessantes, mas não me interessam mais do que simplicidade, afetuosidade, compaixão, bondade, alegria de viver e contentamento intimo. 
 Em minha opinião é rico o homem que ama a vida, que ama a si mesmo e ao próximo, é rico o homem que sabe respeitar quem lhe cerca, que não é egoísta, que tem empatia, que é paciente e feliz com o que tem e com a vida que leva. É rico o homem que tem sobre o que falar, que pensa a respeito da vida, que é curioso, alegre e humorado. Dinheiro é bom, mas não é tudo, pelo contrário, comparado com os bens imateriais que valorizo, ele não é nada. 
O que é ter sucesso para você? Para mim é estar onde se deseja, fazer o que lhe faz bem, gostar do que se faz, logo, não é algo medido por fama ou valores financeiros. 
 Conheço muitos ricos pobres e muitos pobres ricos. Tenho, portanto afinidades com aqueles que possuem virtudes, afetuosidade e leveza na forma com que vivem. 
 Simpatizo com pessoas de alma simples, com pessoas que gostam de si mesmas, que amam quem lhe cerca e, principalmente, que não sentem inveja de ninguém, porque possuem contentamento com quem são, com a forma que vivem e com o aquilo que possuem. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 11 de dezembro de 2012.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Relacionamentos frustrados

Relacionamentos frustrados 

 O homem sofre as suas piores dores na sua vida afetiva, afinal, o sucesso de um relacionamento depende de duas pessoas e não apenas do empenho e fé de uma delas, o que acontece quando o assunto são batalhas profissionais. 
 A vida muda as pessoas e revela aspectos da personalidade alheia que não eram descobertos antes do inicio de um relacionamento amoroso. Fato é que, plenamente, é impossível conhecer alguém. 
 Todavia, quanto mais afinidades, maior a probabilidade do casal superar as dificuldades que o convívio e a vida lhes impõem. Ocorre que nem todos os relacionamentos amorosos têm similitudes de caráter e forma de ser como pano de fundo. 
 É por tal razão que separações e rompimentos amorosos são tão comuns: pessoas que vêem a vida de forma diferente tendem a distanciarem-se muito com o decurso do tempo e experiências de vida. 
Não importa quanto uma relação dura, quando ela termina existirá sempre o saldo positivo e o negativo, afinal a relação deu certo por determinado tempo, mas deixou de funcionar posteriormente. 
 O amor pode mudar de feição no decorrer da vida, assim como as pessoas. Eis a razão pela qual as diferenças na forma de ver o mundo podem se tornar pesarosas: o tempo pode acentuar as características das pessoas e o sentimento pode não ser suficiente para manter o casal unido. 
 É um tanto triste ver como as separações funcionam, afinal, quem esta de fora percebe as diferenças que a paixão omite dos amantes que, lamentavelmente, vêm a se decepcionar com o outro quando a ilusão inicial finda. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 10 de dezembro de 2012.

Virtudes e palavras

Virtudes e palavras 

 Você não precisa se preocupar em falar sobre as suas virtudes se você não esta concorrendo a nenhum cargo político. Virtudes se mostram com atos, não com palavras. 
 Sentimentos, por sua vez, devem ser objetos de suas afirmações. Falar o que se sente faz bem para quem fala e para quem ouve, o que, obviamente, não impede os atos de demonstração de sentimentos que são sumamente necessários para qualquer relacionamento saudável. 
 O que não é necessário é fazer propaganda de si mesmo, é gabar-se e enaltecer-se. O decurso do tempo e a forma com que você viveu as suas experiências pretéritas falam mais de você do que qualquer monólogo que possa ser feito. 
 A alma humana é desvelada através de atitudes e não de palavras, é por isso que, aquilo que o homem já passou na vida, diz muito a seu respeito, afinal, do passado, de seus equívocos e experiência o ser humano pode se afastar, mas de seus efeitos e daquilo que a sua vivencia lhe tornou é impossível fugir. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 10 de dezembro de 2012.

Seletividade

Seletividade 

 Nenhuma pessoa é integralmente boa ou má. Todo homem bom é capaz de atos vis em determinadas situações. Todavia, para convivermos com alguém é preciso que o lado ruim desta pessoa não avilte as nossas próprias virtudes. É por isso que não admiramos, gostamos ou "suportamos" todo mundo. 
O homem maduro tende a gostar e desejar proximidade com pessoas que lhe agregam algo, com quem lhe faz bem, com quem tem afinidades e anseios em comum. 
Embora as pessoas boas respeitem as opiniões de todos, não é com todo mundo que tais indivíduos irão conviver e admirar. Todos têm seus “critérios” de seleção no que tange as pessoas que mantêm por perto em suas vidas. 
 Podemos respeitar os defeitos e as fragilidades alheias, mas não iremos amar e querer por perto pessoas cujas características aviltam o nosso melhor, as nossas virtudes e os nossos ideais. Este fato caracteriza a chamada “seletividade”. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 10 de dezembro de 2012.

Merecedores

Merecedores 

 Quando você menos espera a vida lhe surpreende com pessoas e fatos capazes de fazer valer a pena todas as dificuldades que você passou até encontrá-los! 
Então, no momento em que você sente que toda a dor enfrentada valeu a pena para você se tornar a pessoa que é e receber as benesses que a vida lhe deu, você experimenta a mais pura sensação de paz e felicidade que um ser humano pode sentir. 
A verdade é que todos os dissabores são úteis para que o homem amadureça e sinta o sabor da alegria e do contentamento. Doloridas ou não, todas as experiências são necessárias para nosso aprimoramento pessoal e, posteriormente, para que nos tornemos merecedores de dádivas divinas especiais. 
Talvez hoje você seja aquele que chora e disfarça a própria angústia todas as manhas quando vai trabalhar, talvez você seja aquele que acredita que tudo dará certo, apesar de estar passando por momentos tristes e por agruras na vida afetiva. 
O certo é que, se você acreditar, viver bem e fazer o bem, cedo ou tarde a vida lhe trará o mesmo, ou seja, bens imateriais super valorosos! Alegria, realização afetiva, trabalho, um amor verdadeiro ou seja o que for que o homem de bem deseja estará em sua vida quando ele menos esperar, porque a vida trás coisas boas para quem é justo e bondoso, para quem merece, enfim. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 10 de dezembro de 2012.