Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Quase sempre

Quase sempre 

 Não sei mensurar exatamente quando eu me tornei uma pessoa que mais cala do que fala quando o assunto é a forma com que o outro pensa e vive. 
Passei a ter a nítida certeza de que meus pensamentos não servirão para mudar os de ninguém, quiçá seja eu quem precise mudar, mas, por algum motivo não desejo, esta bom assim. 
Talvez as pessoas que eu julgo necessitar de mudanças pensem como eu: estejam felizes com a vida que levam, com a forma com que pensam e agem.
 Existe um grande abismo entre o meu pensar e o dos outros, logo eu desisti de correr riscos e tentar lhe transpor. Se o outro quiser, por sua vontade, vir até os meus pensamentos, ele vem, todavia, não serei eu quem vai ir até os dele quando as diferenças são significativas. 
 Talvez quem eu julgue ser ignorante e errado pense que a errada sou eu, logo, sendo que ninguém é superior a ninguém, como irei tentar impor os meus pensamentos se eles podem estar equivocados ou se o outro pode pensar isso a respeito de minhas idéias? 
 Conselhos? Só dou quando me pedem, quando dizem claramente que querem ouvir a minha forma de pensar, mas, ainda assim, verifico se a pessoa não precisa, realmente, de apoio a seus pensamentos, por qualquer espécie de insegurança. Neste caso, lhe dou anuência para fazer o que sua mente e coração lhe dizem. 
 Vivo de acordo com o que penso, vivo de forma livre e não me importo com o que os outros podem pensar a meu respeito. Tenho a alma liberta e faço o que desejo desde que não macule o coração de quem amo. 
Portanto, respeito o pensamento de todos, concordo com uns poucos e me calo quase sempre, porque quase nunca gosto que se intrometam na minha forma de ser, por mais errada que eu possa estar. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 27 de dezembro de 2012.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Esperança

Esperança 

 O grande problema da desesperança que assola as pessoas é a falta de reflexão e comodismo que anda junto com ela, afinal, se as coisas não podem melhorar, então porque pensar bem antes de agir e tomar decisões? 
Se todos os políticos são desonestos, se todos os homens são infiéis, se todas as amigas mulheres são falsas, se toda a imprensa é parcial, se todos os poderosos são burocratas, por que escolher o melhor dentre eles? 
Por que eu irei selecionar o mais competente e apto dentre os profissionais ou candidatos a algum cargo se o que existe é igualdade? Se todos são ruins, não existem diferenças, não há o honesto, o correto, o justo, o sincero. 
 Por trás da falta de esperança existe o comodismo, a inércia mental que impede as pessoas de raciocinarem corretamente, afinal se me considero bondoso e justo, por que não existirão pessoas como eu no mundo? 
 Em época de final de ano, refletir a respeito da necessidade de ter esperança e cultivá-la é interessante, para não dizer imprescindível. Precisamos acreditar que o mundo pode melhorar, precisamos acreditar que existem exceções a todas as regras e cabe a nós procurá-las. 
Cabe a nós nos informarmos, cabe a nós buscarmos soluções para os problemas que nos cercam e não desistirmos da resolução daqueles que, mesmo distante de nós, nos afetam. 
 As pessoas possuem mais poder em suas mãos do que percebem e a esperança é e sempre será propulsora de boas decisões e grandes feitos por parte da humanidade. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 26 de dezembro de 2012.

Simplicidade e bem estar

Simplicidade e bem estar 

 Não me atrai a forma hedonista de viver e buscar a felicidade, não simpatizo com a busca de algo tão significativo através de atos irrefletidos e superficiais. Todavia acredito que certa simplicidade e um pouco de individualismo não faz mal algum. 
Quando me refiro a individualismo não me refiro a atos egoístas, mas a necessidade de priorizar o seu bem estar para viver bem e ser feliz. Quem se esquece de priorizar a si mesmo termina se tornando infeliz e fazendo os outros infelizes. 
Faça o que for necessário para viver bem, para ter paz e alegria de viver desde que não fira a liberdade do outro de fazer o que lhe apraz para ser, igualmente, feliz. 
 Não se acomode, não fique perto de quem lhe faz mal e de quem não lhe ama, apenas por conveniência. A cada sorriso falso e anuência com o que não lhe enternece a alma, quem se afasta do caminho do contentamento e felicidade é você mesmo. 
 Seja sincero consigo próprio, não se engane, não se iluda. Simplifique a vida, se afaste de pessoas invejosas, falsas e arrogantes, se afaste de quem não lhe alegra, mantenha-se longe de pessoas nas quais você não pode falar o que realmente pensa, fique longe de quem fala mal de você pelas costas. 
 Não é preciso viver de forma imprudente, não é preciso viver como se a vida terminasse amanha e seus atos não tivessem conseqüência, da mesma forma que não é preciso passar por cima de ninguém para ser feliz. Atropelar pessoas é atitude vil, se afastar delas é gesto nobre, tanto para você mesmo, como para quem não lhe preza verdadeiramente. 
 Todavia, tão equivocado quanto o ato de passar por cima do outro visando à própria felicidade é o de atropelar seus próprios anseios e forma de pensar em prol de relações que não lhe fazem feliz, que não lhe acrescentam sorrisos sinceros e bem estar. 
 Goze a sua liberdade, compreenda que você não é necessário na vida de quem não lhe faz feliz, assim como ninguém é imprescindível para você se a sua companhia não lhe alegra, se você não pode ser quem realmente é, ao seu lado. 
 Então, valorize a sua própria vida e exerça o direito de se afastar e manter-se longe de amizades superficiais, parentes falsos, conhecidos mal resolvidos e pessoas invejosas. 
 Mantenha-se, por outro lado, perto de quem possui afinidades com você, afinal a vida é muito curta para você desperdiçar seus momentos com quem não lhe estima verdadeiramente e, por algum motivo, não é por você, realmente, estimado.
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 26 de dezembro de 2012.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Altruísmo e sinceridade

Altruísmo e sinceridade 

 Sensibilidade não é apenas necessária para que você fale o que tem como certo, mas para que perceba o que deve ser dito em consonância com o estado de espírito e anseios do outro. 
Seguidamente as pessoas não desejam conselhos, elas querem apenas falar e serem ouvidas. Elas não querem que você lhes aponte falhas ou soluções, elas querem apoio. 
Dar apoio, porém não significa gostar e concordar profundamente com aquilo que lhe é dito, mas usar as palavras necessárias para que a outra pessoa sinta-se mais segura e a vontade para fazer o que ela mesma deseja. 
Você não ajuda ao outro quando lhe passa o seu ponto de vista, aliás, dizer o que pensa é melhor para quem fala do que para quem ouve. Certamente é bom sentir-se a vontade para dar a sua opinião sobre a vida e atos alheios, mas, não raras vezes, isso é desnecessário para o outro. 
A maioria das pessoas que vem lhe falar quer apoio e não criticas, querem que você de “força” para as idéias que já possuem, elas não querem saber o que você realmente pensa e acha que elas devem fazer. 
Aliás, presumo que quando o homem possui muita necessidade de manifestar os seus pensamentos a respeito das experiências e vivencias existe mais orgulho do que caridade em suas palavras: “ele age de forma tão tola, vou dizer-lhe o meu ponto de vista que é mais saudável, quem sabe assim ele muda suas atitudes.” 
Se bem analisado o pensamento implícito na necessidade de aconselhar gratuitamente, existe mais presunção do que empatia e sensibilidade pura. 
 Logo, “frear” a própria sinceridade é um gesto de altruísmo e compaixão para com o outro quando ele deseja apenas falar e não ser aconselhado ou criticado. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 24 de dezembro de 2012.

Discernimento

Discernimento 

 Não existe nada de errado com a política. Ela é necessária. O que pode ser discutível ou criticável são as atitudes de alguns políticos. Existe muita diferença entre a “coisa” em si e o que o homem faz com ela. 
Da mesma forma que ter dinheiro não é ruim, o que pode sê-lo é aquilo que o homem endinheirado faz ou deixa de fazer com o que possui: falta de caridade, orgulho, arrogância, egoísmo, ambição excessiva, sovinice, dentre outros problemas. 
Assim como ser pobre não implica em defeitos, o ruim é relacionar a pobreza financeira com a espiritual e psíquica, é não desejar evoluir, é acomodar-se a ponto de deixar de ter senso critico e vontade de progredir intelectualmente. 
 Nenhuma espécie de poder é, por si só, boa ou má, o que pode ser louvável ou abjeto é aquilo que o homem poderoso faz com o poder que possui. São as atitudes do homem que determinam as virtudes daquilo que ele tem. 
 Da mesma forma que não são os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo ruins, tampouco a mídia e a policia, o que pode ser ruim são os atos dos homens investidos de poder e responsáveis por levar informação séria e segurança a população. 
 Em todos os meios, dentre todas as pessoas, existem aqueles que se dedicam a ser o melhor que lhes é possível, existem os honestos, os justos, os sérios, logo, não cabe ao cidadão inteligente estigmatizar classes e malbaratar a utilidade de nada. 
Compete-lhe, isto sim, ter discernimento para distinguir o bom político do mau, o bom rico do fútil e vil, os bons profissionais dos maus e aqueles que usam o poder que possuem em beneficio da sociedade daqueles que querem lhe escravizar.
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 24 de dezembro de 2012.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Mais um Natal

Mais um Natal 

 Eis que mais um Natal se aproxima, momento de reflexão, época em que as pessoas se encontram com seus valores: a maioria direciona-se ao comércio, compras, boa comida e festividades, poucos são os que refletem, os que agradecem as benesses divinas que a vida lhes apresenta ano a ano, poucos reconhecem que as suas dores lhes aproxima da força, da evolução e das virtudes. 
Desejo que meus amigos se divirtam com seus familiares queridos, mas, sobretudo, pensem a respeito do amor, da necessidade de paciência e carinho com aqueles que testam o nosso bom humor e, seguidamente, são os que mais precisam de piedade e compaixão. 
 Espero que as pessoas valorizem aquilo que seu dinheiro não compra, as coisas simples, as coisas do coração que, para muitos, são as mais difíceis de conquistar. 
Desejo que todos reconheçam o valor do perdão, da indulgencia, da paciência e da feliz capacidade de colocar-se no lugar do outro, de compreender aquele cujas vivencias podem ser muito diversas das nossas, mas que não é inferior ou superior a nós. 
Quero que as pessoas compreendam o valor do respeito, virtude praticamente equivalente ao amor e que, sobretudo, ele não provém do medo, mas da empatia, da compaixão e da mansuetude de espírito.  
Desejo um Natal cheio de alegrias, mas muitas, muitas reflexões e agradecimentos, afinal, independente do que nos acontece, somos nós que escolhemos o que fazer com o que nos fere. E que sempre tentemos escolher o melhor! 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 23 de dezembro de 2012.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Clareza

Clareza 

 Quando você conversar com alguém tenha em mente que a clareza deve ser um objetivo. Não pense que as suas palavras são sempre claras, é preciso perscrutar a clareza, a objetividade e a maior sintonia entre o que é dito e o que é sentido. 
Seguidamente as suas palavras são interpretadas de acordo com o que aquele que as ouve sente ou de acordo com as experiências de vida de seu interlocutor. 
 Logo, priorizar a transparência é fundamental para que não se criem falhas na comunicação e, conseqüentemente, alguma espécie séria de mal entendido. 
Diga o que você pensa, mas busque as palavras adequadas para isso e, sobretudo, seja empático, coloque-se no lugar do outro. 
Nem sempre o que você diz é assimilado com a mesma inocência que havia ao ser dito, às vezes o outro pode receber o que lhe é falado de uma forma negativa, todavia, inexiste culpa de ambos os lados: a sua intenção é uma, mas o efeito das suas palavras pode resultar em algo diferente. 
Imprescindível, portanto que você compreenda a necessidade de clareza daquilo que é dito a outra pessoa, o que, certamente, só pode ser obtido se você pensar antes de falar. E se for impossível pensar? Não fale ou o faça, mas arque com as conseqüências. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 18 de dezembro de 2012.

Mea culpa

Mea culpa

 Mea culpa, é isso que as pessoas devem aprender a fazer. A humanidade não carece de homens arrogantes que brigam para ter uma razão que perdem no exato momento em que se exaltam. 
O mundo precisa de homens que saibam reconhecer os seus erros. Se cada pessoa cuidasse de seus atos e pensamentos, viveríamos num mundo um pouco melhor, no entanto, a maioria dos seres humanos sente-se melhor ao apontar os erros dos outros, independente de suas criticas serem baseadas em fatos ou em mera suposição pretensiosa que mais julga do que compreende. 
Criam-se laços mais fortes quando a pessoa cuida melhor de suas atitudes do que das alheias, quando, enfim, o homem preocupa-se mais em analisar suas próprias falhas do que em apedrejar os erros do outro. 
 Casamentos e amizades terminam quando as pessoas colocam o amor de lado para brigar por motivos vis, para batalhar pelo falso mérito de ter “razão” e, portanto, sair-se vencedor em determinada discussão. 
Pessoas sábias pedem desculpas até quando, intimamente, crêem que não erraram, apenas para apaziguar a situação. Pessoas sábias querem sorrisos e paz, não discórdia e tensão. 
 Pessoas sábias fazem mea culpa, não tentam culpar a outrem, afinal, pessoas sapientes compreendem, não criticam e nem menosprezam ao outro e sua forma de pensar e viver. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 18 de dezembro de 2012.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fé e alegria

Fé e alegria 

 O tempo que traz o que você deseja e merece possuir, afasta de sua vida aquilo que não lhe pertence, independente das ilusões que você possa ter. O decurso do tempo desmistifica tudo.
 Quando você estiver triste e desapontado com algo, valorize o poder da esperança: encha seu coração de bons desejos e espere o tempo passar para que tudo se organize e melhore. 
Certo que as coisas não podem mudar se você não fizer nada, ocorre que “agir” nem sempre significa tomar atitudes do ponto de vista “físico”, pode significar, simplesmente, mudar a forma com que se pensa, ou seja, munir-se de fé e pensamentos positivos significa “fazer” algo! 
Não faz nada aquele que se mantém em sofrimento cultivando pensamentos ruins e pena de si mesmo, aquele que não nutre esperança de que o amanha revela verdades e traz aquilo que é de seu merecimento possuir. 
Viver é a arte de lidar com seus próprios pensamentos e sentimentos. De regra nenhum inimigo é mais algoz do que os pensamentos do homem, mudando a forma de pensar é possível construir uma nova vida. 
Depressão, ansiedade, angústia, nervosismo, todos os problemas que assolam a maioria das pessoas é fruto de sua dificuldade em administrar os próprios pensamentos e os sentimentos que advém da forma com que pensa. É por isso que a fé opera milagres na maioria das pessoas. 
O homem que tem capacidade de acreditar em algo que esta acima de seus desejos mundanos desenvolve a capacidade de ser calmo, equilibrado e feliz na própria vida, independente dos acontecimentos que ocorrem ao seu redor. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 17 de dezembro de 2012.

Exija!

Exija! 

 Nós somos as decisões que tomamos, é por isso que exigir e selecionar amizades e romances é sempre importante para a nossa felicidade e contentamento intimo. 
A questão é que exigir o que é mais do que bom é algo que poucos fazem, por carência ou medo da solidão e da frustração a maioria das pessoas se contenta com o que não é “tão” excelente para seus próprios padrões. 
Existe, em todo ser humano, uma espécie de insegurança em relação à concretização de seus anseios e desejos, como um instinto tolo de auto-sabotagem as pessoas não tem facilidade para acreditar que podem conquistar aquilo que mais desejam, portanto elas diminuem o patamar de suas expectativas para adequá-lo ao que é comum e “fácil” de ser encontrado. 
Há, sem sombra de dúvida, uma contradição entre o medo da frustração e a facilidade com que o “não tão bom” é aceito, afinal, se é possível contentar-se com o que não nos faz plenamente feliz, porque ter medo de frustrar-se ao tentar encontrar o “excelente”? 
A ousadia e o destemor são os atributos que fazem com que algumas pessoas encontrem o que desejam. Mais do que decepção ninguém encontra quando ousa, logo, porque ter medo do desapontamento com o que pode lhe ser ótimo se o razoável é inerentemente frustrante? 
 Seguir o poeta Fernando Pessoa que disse que “tudo vale a pena se a alma não é pequena” é sumamente necessário para quem deseja ser feliz, portanto eu digo: reconheça o seu valor e seja exigente em relação ao que deseja encontrar na vida, pois, com certeza, quando você tiver em seu coração aquilo pelo qual ansiou irá perceber que vale a pena exigir o melhor! 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 17 de dezembro de 2012.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Conceitos simples

Conceitos simples 

 Não compreendo a ambição desmedida de certas pessoas, não consigo entender com precisão o que se passa na mente do homem que deseja apenas acumular bens sem fazer o bem, sem ser bom. 
 Sou uma pessoa que possui dificuldades para compreender o que não toca o seu coração, logo, tenho conceitos extremamente pessoais daquilo que a maioria das pessoas julga de forma diversa. 
 O que é riqueza para boa parte das pessoas não significa muita coisa para mim. Dinheiro, carro caríssimo, casa chiquérrima, viagens freqüentes podem ser bastante interessantes, mas não me interessam mais do que simplicidade, afetuosidade, compaixão, bondade, alegria de viver e contentamento intimo. 
 Em minha opinião é rico o homem que ama a vida, que ama a si mesmo e ao próximo, é rico o homem que sabe respeitar quem lhe cerca, que não é egoísta, que tem empatia, que é paciente e feliz com o que tem e com a vida que leva. É rico o homem que tem sobre o que falar, que pensa a respeito da vida, que é curioso, alegre e humorado. Dinheiro é bom, mas não é tudo, pelo contrário, comparado com os bens imateriais que valorizo, ele não é nada. 
O que é ter sucesso para você? Para mim é estar onde se deseja, fazer o que lhe faz bem, gostar do que se faz, logo, não é algo medido por fama ou valores financeiros. 
 Conheço muitos ricos pobres e muitos pobres ricos. Tenho, portanto afinidades com aqueles que possuem virtudes, afetuosidade e leveza na forma com que vivem. 
 Simpatizo com pessoas de alma simples, com pessoas que gostam de si mesmas, que amam quem lhe cerca e, principalmente, que não sentem inveja de ninguém, porque possuem contentamento com quem são, com a forma que vivem e com o aquilo que possuem. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 11 de dezembro de 2012.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Relacionamentos frustrados

Relacionamentos frustrados 

 O homem sofre as suas piores dores na sua vida afetiva, afinal, o sucesso de um relacionamento depende de duas pessoas e não apenas do empenho e fé de uma delas, o que acontece quando o assunto são batalhas profissionais. 
 A vida muda as pessoas e revela aspectos da personalidade alheia que não eram descobertos antes do inicio de um relacionamento amoroso. Fato é que, plenamente, é impossível conhecer alguém. 
 Todavia, quanto mais afinidades, maior a probabilidade do casal superar as dificuldades que o convívio e a vida lhes impõem. Ocorre que nem todos os relacionamentos amorosos têm similitudes de caráter e forma de ser como pano de fundo. 
 É por tal razão que separações e rompimentos amorosos são tão comuns: pessoas que vêem a vida de forma diferente tendem a distanciarem-se muito com o decurso do tempo e experiências de vida. 
Não importa quanto uma relação dura, quando ela termina existirá sempre o saldo positivo e o negativo, afinal a relação deu certo por determinado tempo, mas deixou de funcionar posteriormente. 
 O amor pode mudar de feição no decorrer da vida, assim como as pessoas. Eis a razão pela qual as diferenças na forma de ver o mundo podem se tornar pesarosas: o tempo pode acentuar as características das pessoas e o sentimento pode não ser suficiente para manter o casal unido. 
 É um tanto triste ver como as separações funcionam, afinal, quem esta de fora percebe as diferenças que a paixão omite dos amantes que, lamentavelmente, vêm a se decepcionar com o outro quando a ilusão inicial finda. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 10 de dezembro de 2012.

Virtudes e palavras

Virtudes e palavras 

 Você não precisa se preocupar em falar sobre as suas virtudes se você não esta concorrendo a nenhum cargo político. Virtudes se mostram com atos, não com palavras. 
 Sentimentos, por sua vez, devem ser objetos de suas afirmações. Falar o que se sente faz bem para quem fala e para quem ouve, o que, obviamente, não impede os atos de demonstração de sentimentos que são sumamente necessários para qualquer relacionamento saudável. 
 O que não é necessário é fazer propaganda de si mesmo, é gabar-se e enaltecer-se. O decurso do tempo e a forma com que você viveu as suas experiências pretéritas falam mais de você do que qualquer monólogo que possa ser feito. 
 A alma humana é desvelada através de atitudes e não de palavras, é por isso que, aquilo que o homem já passou na vida, diz muito a seu respeito, afinal, do passado, de seus equívocos e experiência o ser humano pode se afastar, mas de seus efeitos e daquilo que a sua vivencia lhe tornou é impossível fugir. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 10 de dezembro de 2012.

Seletividade

Seletividade 

 Nenhuma pessoa é integralmente boa ou má. Todo homem bom é capaz de atos vis em determinadas situações. Todavia, para convivermos com alguém é preciso que o lado ruim desta pessoa não avilte as nossas próprias virtudes. É por isso que não admiramos, gostamos ou "suportamos" todo mundo. 
O homem maduro tende a gostar e desejar proximidade com pessoas que lhe agregam algo, com quem lhe faz bem, com quem tem afinidades e anseios em comum. 
Embora as pessoas boas respeitem as opiniões de todos, não é com todo mundo que tais indivíduos irão conviver e admirar. Todos têm seus “critérios” de seleção no que tange as pessoas que mantêm por perto em suas vidas. 
 Podemos respeitar os defeitos e as fragilidades alheias, mas não iremos amar e querer por perto pessoas cujas características aviltam o nosso melhor, as nossas virtudes e os nossos ideais. Este fato caracteriza a chamada “seletividade”. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 10 de dezembro de 2012.

Merecedores

Merecedores 

 Quando você menos espera a vida lhe surpreende com pessoas e fatos capazes de fazer valer a pena todas as dificuldades que você passou até encontrá-los! 
Então, no momento em que você sente que toda a dor enfrentada valeu a pena para você se tornar a pessoa que é e receber as benesses que a vida lhe deu, você experimenta a mais pura sensação de paz e felicidade que um ser humano pode sentir. 
A verdade é que todos os dissabores são úteis para que o homem amadureça e sinta o sabor da alegria e do contentamento. Doloridas ou não, todas as experiências são necessárias para nosso aprimoramento pessoal e, posteriormente, para que nos tornemos merecedores de dádivas divinas especiais. 
Talvez hoje você seja aquele que chora e disfarça a própria angústia todas as manhas quando vai trabalhar, talvez você seja aquele que acredita que tudo dará certo, apesar de estar passando por momentos tristes e por agruras na vida afetiva. 
O certo é que, se você acreditar, viver bem e fazer o bem, cedo ou tarde a vida lhe trará o mesmo, ou seja, bens imateriais super valorosos! Alegria, realização afetiva, trabalho, um amor verdadeiro ou seja o que for que o homem de bem deseja estará em sua vida quando ele menos esperar, porque a vida trás coisas boas para quem é justo e bondoso, para quem merece, enfim. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 10 de dezembro de 2012.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Calado

Calado 

 Todo caloteiro que conheci afirma ser “bom pagador”. As pessoas negam aos outros os defeitos que possuem por conhecerem a si mesmas, logo, através deste mecanismo elas pretendem iludir quem não lhes conhece. 
As pessoas desavisadas e pouco experientes no convívio humano acreditam no que ouvem, sendo assim, quase todo o homem que possui sérios defeitos morais os escondem e, através de afirmações que os apregoem virtuosos, negam a realidade de sua moral (ou ausência dela). 
É uma verdade triste a de que quanto mais sérios os defeitos das pessoas maior o seu empenho em disfarçá-los e esconde-los, ainda que para isso utilizem-se da mentira e da falsidade. 
As palavras são, portanto, um instrumento perigoso na boca das pessoas maldosas, afinal, através delas elas apregoam virtudes que não possuem e, seguidamente, apontam os defeitos que possuem em si como sendo dos outros. 
Quanto pior a pessoa é, mais ela fala dos outros que são, na verdade, um objeto de projeção dos seus defeitos. Elas direcionam a sua imoralidade e maldade aos outros para defenderem-se de si mesmas. É importante saber que pessoas virtuosas não apregoam as suas próprias virtudes. 
O bom pagador paga contas sem apregoar que o faz. Note-se que esta é a sua obrigação, não existe nada de especial em ser correto e justo. 
Da mesma forma que a pessoa fiel e sincera não precisa dizer que é leal. Ser bom, ter empatia e compaixão é normal para o homem de bom coração, logo, ele não diz o que faz e como age. Ele simplesmente faz o que é normal para si, logo, age calado. 

 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 23 de novembro de 2012.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Gosto

Gosto 

 Como é feia a ingratidão daquelas pessoas que reclamam o tempo todo da vida! Como é feia a falsidade daqueles que falam mal das pessoas com as quais convive e trata bem! 
 Como é feia a falta de postura e personalidade daquele que se relaciona bem com todo mundo, porque não tem opinião própria. Como é feia a futilidade daqueles que não conhecem nada profundamente e se contentam apenas com o que “parece ser”. 
Como é feia a atitude dos infiéis, dos traidores e das pessoas egoístas, que não possuem compaixão e não sabem se colocar no lugar do outro. Como são feias as palavras do homem que não compreende, mas critica e menospreza os outros, sua vida e sofrimentos. 
Como é feio o dinheiro dos desonestos, daqueles que prejudicam alguém para obter lucros, daqueles tolos que querem aparentar mais do que possuem e, por isso, olvidam da decência e da honestidade.
Sinceramente? Eu gosto do que é bom, bonito e decente, mas não falo de aparências, refiro-me a virtudes, refiro-me aquilo que não é aferível pelo olhar, mas pelos sentimentos das pessoas mais sensíveis. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 22 de novembro de 2012.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Gratos e ingratos

Gratos e ingratos 

 Quando você quiser reclamar da vida ou sentir-se vítima do acaso, visite hospitais e pessoas doentes, vá até a vila mais carente, ajude alguém, reflita a respeito daqueles que estão em situação inferior a sua. Ser grato pelo que se tem é o maior antídoto contra depressão e problemas "afins" que existe. 
Por outro lado, poucas coisas são tão feias e abjetas quanto a ingratidão daqueles que reclamam de barriga cheia, que lastimam o pouco que não têm, sem valorizar o muito que possuem.
 Pessoas ingratas além de infelizes, possuem energia pesada, estar ao seu lado é desagradável. Elas são desagradáveis. As suas palavras e afirmativas são ridículas, superficiais e vazias de sentido. 
Ninguém consegue ser feliz ao lado de uma pessoa ingrata. Seres humanos sem gratidão são chatos, inconvenientes e decepcionantes, afinal, assim como não valorizam a vida e a saúde que possuem, não valorizam aqueles que estão ao seu redor. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 20 de novembro de 2012.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Liberte-se!

Liberte-se! 

 Liberte-se de pessoas que lhe fazem mal, liberte-se daquilo que não lhe faz bem, que não lhe faz crescer, que não lhe anima, que não lhe encanta. A vida é muito curta para você desperdiçar momentos ao lado de quem não lhe faz feliz. 
Quem não lhe ama, quem não lhe faz sentir-se contente não merece a sua atenção, o seu apreço e o seu tempo. Priorize sentimentos bons, priorize seu bem estar, priorize a sua sanidade e se afaste de pessoas negativas, falsas e falastronas.
 Pessoas que falam mal de outras pessoas, pessoas que malbaratam os sentimentos alheios, criticarão e menosprezarão você e os seus, logo, não merecem a sua atenção. Pessoas maldosas não merecem o seu cumprimento, menos ainda o seu convívio. 
Liberte-se de quem lhe irrita, de quem diverge de você, fuja de pessoas negativas e ruins, priorize o que é bom, o que lhe incentiva a crescer, o que lhe anima. 
 Deixe de lado tudo o que faz você sentir-se contrariado, procure estar próximo de pessoas semelhantes a você, não desperdice seu tempo ao lado de pessoas com as quais você não possui afinidades. 
Fuja de pessoas linguarudas que tem o outro como assunto principal de suas conversas. Pessoas que falam de outras pessoas querem se esconder por trás das virtudes que apregoam sem as possuir. Pessoas virtuosas compreendem, pessoas maldosas criticam. 
Sentir-se bem e feliz deve ser a sua meta constante neste mundo, então liberte-se de tudo que lhe leva para um rumo inverso ao da felicidade e do bem estar. Você não precisa conviver com ninguém, portanto escolha bem quem merece a sua presença, o seu prezar e a sua atenção. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 19 de novembro de 2012.

Liberdade

Liberdade 

 Ser livre é não depender da opinião e das atitudes alheias para ser feliz e sentir-se em paz. Ser livre é ter a ousadia de ser franco, de ser você mesmo e arcar com o resultado de suas atitudes. Liberdade é algo que está na boca de muitos e na vida de poucos. 
Não importa quanto você ganha, tampouco os bens que você possui, se você depende de opiniões e elogios para sentir-se bem, você não é uma pessoa realmente livre. 
As pessoas confundem liberdade com libertinagem, liberdade com riqueza, liberdade com lucros, todavia ser livre é amar a si mesmo e sentir-se bem na própria pele, ser livre é não depender de idéias, palavras e atos para sentir-se bem. 
 A liberdade não é adquirida, ela é conquistada. Da mesma forma que ela não vem ao homem de fora para dentro, mas da sua mente para fora, para o mundo exterior. Antes de estar no mundo e nas suas atitudes a liberdade é um estado de espírito. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 19 de novembro de 2012.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Vingança inútil

Vingança inútil 

 Creio que as pessoas estejam realmente carentes de justiça. Apenas este fato justifica os inúmeros parabéns dedicados ao pai que assassinou o assaltante da filha numa delegacia em Passo Fundo nesta semana. 
Como advogada que tem seus princípios espirituais bastante "vividos" não concordo com tal atitude por dois motivos: 1) Um ato criminoso hediondo não justifica outro de menor gravidade (homicídio é mais grave do que assalto); 2) tanto ódio e revolta no coração da sociedade é um indício de pouca evolução espiritual. Enfim, criminoso o assaltante, criminoso o seu homicida. 
 Não concebo uma humanidade vingativa e, principalmente, desproporcional na sua forma de julgar. Iremos regredir à lei de Talião se acharmos justo as pessoas vingarem-se umas das outras, ou, no caso impingir a alguém uma pena maior do que a de seu próprio crime, afinal, o cidadão assassinado assaltou a filha do seu homicida, não a matou. Trata-se de algo pior do que o “olho por olho, dente por dente”. 
Se o Estado não dá proteção aos seus cidadãos que perderam o bom senso em função da sensação de impunidade que lhes assola, deve a sociedade cobrar de seus governantes, atitudes e não sair cometendo atos bárbaros e contrários a lei, demonstrando, portanto, que a sociopatia dos marginais também a vitimiza. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 16 de novembro de 2012.

Dúvidas

Dúvidas. 

 Tenho a estranha impressão de que as pessoas não podem mais ser felizes ou fazer algo que julguem interessante sem que precisem anunciar isso nas redes sociais. 
 Essa necessidade de exibição que assola as pessoas atualmente me assusta e me intriga: será que os exibicionistas são realmente felizes e estão contentes com suas vidas ou conseguem o contentamento por saber que todos saberão de sua alegria, na verdade inexistente? 
Essa e outras dúvidas me invadem toda vez que vejo pessoas anunciando o que irão fazer ou como estão contentes com alguma “novidade”, viagem ou relacionamento. 
Não sou o tipo de pessoa que acredita no que vê. Eu creio naquilo que sinto e que é aferível no convívio. Qualquer pessoa que esta deprimida pode alegar que esta feliz, eu já fui adolescente e já me senti triste, logo, sei como a auto-afirmação pode ser útil momentaneamente, apesar de ineficaz. 
Assim as pessoas fotografam umas as outras, colocam fotos dos pratos de comida que acham gostosas, narram seus planos, exibem fotos da família reunida no feriado ou algo assemelhado. Parece-me que a felicidade não tem mais graça se for gozada entre quatro paredes. 
 Sou humana e já fui mais exibicionista em relação às redes sociais, a questão é que eu era assim quando era menos feliz do que sou. A felicidade não requer alardes, ela é vivenciada no dia a dia sem precisar de exibição, logo eu duvido muito do equilíbrio psíquico dessas pessoas que narram na internet cada passo que dão. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 16 de novembro de 2012.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O que pensamos.

O que pensamos. 

 Na medida em que a gente amadurece descobrimos que não vale e a pena falar tudo o que pensamos, primeiramente, porque podemos mudar de idéias, em segundo lugar, porque nem todos merecem ouvir e saber o que se passa em nossa mente e coração.
 Você pode falar o que pensa e se sentir aliviado, mas com a maturidade você compreende que alívio é uma sensação banal demais para motivar qualquer tipo de atitude. 
 Nem mesmo o tal do “ganhar” a razão é motivo suficientemente forte para você expor seus pensamentos até mesmo porque, quando você evolui psiquicamente, aprende que cada um tem os seus motivos, as suas razões e o seu direito de pensar o que bem entender, logo não será você e suas idéias quem vai modificar a forma do outro pensar. 
 Quando você fala o que pensa expõe-se demais e exposição não vale a pena, não convém, afinal das contas quem merece o seu prezar esta por perto e sabe das suas experiências e forma de pensar, logo, para quem não esta próximo a você não é preciso contar, porque, não raras vezes, não merece ouvir. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 12 de novembro de 2012.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Quem fala de outros

Quem fala de outros 
 Poucas coisas são tão feias como pessoas falando de outras pessoas, afinal das contas quem é bem resolvido consigo mesmo não desperdiça tempo criticando os outros. 
 Pessoas bem resolvidas e bem estruturadas psiquicamente não falam das outras, pelo contrário, se policiam e respeitam os outros e as diferenças inerentes entre os indivíduos. 
 Aliás, a própria palavra, “individuo” significa que cada pessoa tem a sua individualidade e que parte-se dela, ou seja, da “parte” para a coletividade e não desta para a individualidade, ou seja, o coletivo é formado por muitos indivíduos e estes são, naturalmente, diferentes entre si. 
Inexiste a obrigatoriedade de ser igual entre os humanos. Cada pessoa tem a sua história, suas frustrações, suas alegrias, seus pesares, suas realizações. É impossível que os outros saibam e compreendam todos os fatos de vida que não seja a sua, logo não pode se aceitar que uma pessoa critique a outra e seus problemas ou forma de viver.
Todavia, é justamente o individuo frustrado e infeliz consigo mesmo aquele que tenta, através de palavras e deduções injuriosas referentes à vida do outro, sentir-se melhor e mais feliz consigo mesmo.
Pessoas de mentalidade tacanha criticam as outras para se enaltecerem, porém a cada critica e repudio ao outro existe a afirmação latente de que, quem não merece confiança e prezar é aquele que julga e critica. Quem fala de outros é pouco confiável, além de mal resolvido e infeliz. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 09 de novembro de 2012.

Admiração, paixão e amor

Admiração, paixão e amor 

 É impossível amar o que não é admirado. O homem precisa admirar antes de amar, do contrário o sentimento não se instala em seu coração. Sem admiração o homem não se encanta por outra pessoa. 
 O problema das pessoas é a carência que faz com que elas entabulem relacionamentos com base na necessidade de ter alguém e não na estrita vontade de amá-lo e ser feliz ao seu lado. 
 Não é a toa que relacionamentos vão à bancarrota diariamente, não é a toa que casais se desentendem por motivos cada vez mais banais: trata-se de relacionamentos entabulados pela infeliz carência, não por paixão e amor. 
 Critica-se o "conceito" de paixão quando, na verdade, é ela que instiga o homem a escolher determinada pessoa para ter ao seu lado com as mais puras e boas intenções, enfim, existem paixões doentes o que não significa que todo relacionamento entre pessoas apaixonadas seja pesaroso. 
 A paixão não é racional, mas ela não nasce sem que exista antes um admirar e gostar dos atos alheios, enfim, é preferível uma relação que a tenha como pano de fundo do que aquela com base na necessidade psíquica de uma pessoa em ter a companhia de outra independente de ser encantada ou apaixonada por ela. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 09 de novembro de 2012.

Religião

Religião 

 Existe algo que me intriga no ser humano que é demasiado religioso e não se torna mais humilde apesar de ser crente: é o orgulho e a prepotência que lhe faz acreditar que a sua crença se sobrepõe à alheia. 
 Você pode ter a fé que quiser em qualquer credo, o que não condiz com o exercício de nenhuma religião cristã é a arrogância religiosa que faz com que o “tema” se torne objeto de discussões vãs ou de “pregações” em que se tenta impor a sua crença em detrimento da visão de mundo alheia. 
 É a arrogância que faz com que o homem ache que o que é seu é superior ao do outro e por isso deve lhe ser imposto e aceito mesmo que contrarie as suas expectativas e forma de pensar. 
 Todo homem é livre para crer no que lhe apraz, para exercitar a religião que lhe faz bem e, obviamente, cujos conceitos e preceitos se adéquam com sua visão de mundo, afinal ninguém acredita no que não consegue confiar, ninguém crê naquilo que lhe contraria. 
 Todavia, somente a partir do momento em que a religião aprimorar a alma humana é que existirá respeito entre aqueles que a praticam, afinal todas as crenças são uteis se tornarem o homem melhor, o que significa fazê-lo mais humilde e paciente em relação às diferenças existentes entre as pessoas. 
Logo é útil a religião que torna o homem mais sábio de forma que ele não precise impor a sua crença aos outros, mas dê exemplos de evolução espiritual e psíquica através de suas atitudes. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 09 de novembro de 2012.

sábado, 3 de novembro de 2012

Sem "porque"

Sem “porque”

 Eu não gosto de gente bonita apenas, eu gosto de gente sincera, de quem tem mais do que um sorriso nos lábios para me oferecer. Eu gosto de lealdade, de franqueza, de educação e delicadeza. 
 Eu gosto de quem sabe a hora certa de falar e o momento em que o silencio é a melhor opção, logo, eu admiro e gosto de quem tem tato e sensibilidade para distinguir uma situação da outra. 
Pessoas previsíveis me cansam, mas pessoas desequilibradas me enlouquecem, afinal as pessoas dão para as outras o que elas tem. Você escolhe com quem você convive, de quem você se cerca e a energia que lhe circunda depende dessa decisão.
 Eu gosto do que é bom, do que faz bem, de bons sentimentos, de bons pensamentos. Interessa-me o amor, a alegria, a empolgação, a felicidade! Interessa-me o que faz bem pra alma, não o que ilude, o que mente, o que é falso, o que faz de conta, mas não é. 
 Eu gosto da solidão, da ausência de barulho, da cama vazia, do coração sozinho. Eu gosto do “não depender”, do não precisar, porque o que me agrada é o deixar livre, o amar sem amarras, sem exigências tolas, porque o amor não tem nada de tolo, só o sorriso que os amantes levam sem “porque” no rosto. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 03 de novembro de 2012.

Responsável

Responsável 

 De repente você aprende que tudo depende de você e de seus pensamentos, que o bom ou o ruim, o agradável ou o desagradável, a sanidade ou a insanidade, a beleza ou a feiura são condicionados a sua forma de pensar e de encarar a vida: eles existem no seu pensamento antes de existirem no mundo real, logo, dependem de você para se tornarem reais.
 Você pode ver a vida sob uma perspectiva negativa ou positiva, você pode ver saúde onde há doença ou o contrário e, de uma forma ou outra, o que você vê se realiza, se concretiza, se faz real no mundo como é em seus pensamentos. A sua vida é um espelho que devolve aquilo que você emana. 
 Ser responsável não significa apenas viver de forma adequada ao que todos esperam, não significa simplesmente “andar na linha” e ser correto, mas assumir que todas as suas ações geram reações e que é preciso assumi-las, sobretudo, é preciso saber agir bem para obter bons resultados ou isso será impossível. 
 Nem todo homem esta pronto, nem todo homem sabe viver, nem todo homem assume as suas atitudes e os efeitos de seus atos, existem os que agem sem pensar e, comumente, existem os que pensam errado, os que culpam a vida ou aos outros pelo que lhes acontece, enfim, há os que não se tornaram responsáveis realmente. 
 Nem todo homem amadurece, nem todo homem se torna responsável no sentido exato, enfim, o crescimento não é igual para todos. Nada é igual quando o assunto são pessoas, pois cada uma tem seu ritmo, o fato é que a vida muda quando o homem admite para si mesmo que, de uma forma ou outra, tudo depende de seus pensamentos e atos. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 03 de novembro de 2012.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Silêncio

Silêncio

As pessoas deveriam compreender que não há nada errado com o silêncio e, seguidamente ele é conveniente. O silêncio não precisa ser preenchido, nove em dez vezes é preferível silenciar a falar, mas as pessoas insistem em usar palavras quando elas são desnecessárias. 
Você não precisa “preencher” o espaço que deveria ser ocupado por palavras, você não precisa puxar assunto e procurar o que falar com os outros, afinal das contas o silêncio não existe em vão. Deixe espaço para ele, não há porque se explicar, não há o que explicar, nem para quem explicar, deixe o silêncio dominar, deixe o silêncio prevalecer, não procure palavras para “quebrá-lo”. 
 Falar pouco é indício de classe, de educação. Quem fala demais de regra se entrega e fala o que não deve. Quem fala em excesso termina falando sobre pessoas e quem fala “sobre pessoas” fala sobre si: a melhor forma de conhecer um homem é ouvi-lo criticando outra pessoa. 
 Quando um homem critica outro, ele fala de si mesmo, pois aponta no outro os defeitos que possui, sem notar ou perceber que esta entregando a si próprio. O ego- que tanto se esconde- escorre na saliva do homem que fala demais. 
 Cláudia de Marchi
 Passo Fundo, 02 de novembro de 2012.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Vamos

Vamos 

 E vamos construir nosso futuro, semear nossos sonhos, lutar pelos nossos ideais, sair em busca do que é nosso, realizar o que bem entendemos. Vamos nos encontrar, nos apoderar de nós mesmos. 
Vamos cantar na praça, no banheiro, no chuveiro, vamos demonstrar nossa alegria, vamos ser loucos, ser livres, vamos ser quem somos, destemidos, altivos, estranhos, felizes, apenas nós mesmos, sem nós, libertos e soltos. 
Vamos tomar leite, iogurte, cerveja, água, coca cola, tequila, vinho, ou absinto, vamos ser abstêmios se quisermos! Vamos nos entorpecer com suco de laranja e manga, vamos nos entorpecer tomando sorvete, vamos brincar de ser criança! 
Vamos ignorar as regras que nos limitam, mas vamos respeitar a liberdade do outro de ser feliz, de ser contente, de ser ele mesmo, de fazer tudo, de fazer nada, de fazer o que ele quiser! 
Vamos ser insanos, vamos ser quem quisermos ser, mas vamos, sobretudo, ser melhores, vamos ser aqueles seres elegantes e sinceros que aprenderam a respeitar o limite as limitações alheias como quem quer que as suas sejam respeitadas. 
Vamos nos realizar e dar boas gargalhadas porque a vida, ah, a vida nos pertence, então vamos tomar posse da porção dela que nos foi destinada desde que nascemos, vamos fazer bom uso de tal direito! Vamos ser felizes e mais nada! 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 27 de outubro de 2012.

Verdadeiros e falsos

Verdadeiros e falsos 

 Pessoa alguma que seja sincera será sempre agradável. Você deve escolher entre ser desagradado eventualmente e conviver com uma pessoa honesta e franca ou ser sempre agradado por uma pessoa falsa. As duas coisas juntas não acontecem no mundo real. 
Na vida as melhores pessoas irão lhe ferir, irão lhe magoar, irão dar opiniões de forma educada e correta, mas que, ainda assim, irão lhe ofender, porque irão lhe contrariar. Ademais, convém frisar que é próprio do ser humano não gostar de ser contrariado. 
A forma com que serão ditas as idéias opostas será benévola, isso não se questiona, triste será a contrariedade a sua expectativa, todavia, o bom disso é a constatação do fato de que, aquele que a você se opõe, será aquele que lhe valoriza a ponto de ser honesto e sincero com você. 
 No mundo da mentira e da hipocrisia a verdade se tornou tesouro, se tornou preciosidade raramente encontrada. Pessoas sinceras, porém, vem com o ônus de lhe contrariarem, pessoas falsas vem com o bônus da simpatia constante. 
 A simpatia dos falsos é estratégica: eles sabem o que escondem, eles conhecem a própria perfídia, e, portanto, sabem o quanto é necessário maquiar a própria face para disfarçar a sua maldade, a sua falsidade, enfim. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 26 de outubro de 2012.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Toda mulher

Toda mulher 

 Toda mulher tem um “que” de masoquista: que atire a primeira pedra a que nunca se pegou chorando e se olhando no espelho ao mesmo tempo por causa da dor de um amor vão? 
 Que atire a primeira pedra quem nunca se olhou refletida no próprio celular antes de telefonar para quem não deveria, antes de mandar uma mensagem que não deveria ser mandada, antes de tomar aquela taça que foi a causadora da ligação ou da mensagem comprometedora? 
Toda mulher tem um “que” de psicótica, que atire a primeira pedra quem nunca teve um “piti” por um motivo estúpido e culpou a TPM, a bebedeira, o estresse, o cabelo mal cortado ou o quilinho que engordou, na verdade, pra ser sincera: que tipo de ser humano “normal” justifica ataque nervoso com peso ou aparência? 
Toda mulher tem um "que" de futilidade. Os nossos olhos brilham diante de bolsas caras e lindas, pares de sapatos tem efeito hipnotizante em nosso cérebro, perfumes, cremes e maquiagens, em especial as importadas, nos causas um êxtase incomum. 
 Que atire a primeira pedra quem não sente a mão tremer frente aos produtos da Lâncome! Admitir isso não é feio, o feio é quando a gente não tem cultura, mas apenas faro para perfumaria cara e bom gosto para sapatos e bolsas, dai a "coisa" esta é perdida! 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 25 de outubro de 2012.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os piores- pensamento

O pior surdo não é o que não ouve nada, mas o que sempre ouve algo além do que lhe é dito. O pior cego não é aquele que se recusa a ver alguma coisa, o pior cego é aquele que vê coisas que não aconteceram, que não existem. É o mentiroso que inventa coisas, por sua vez, o pior mentiroso é aquele que acredita nas próprias invenções. Este é o mais perigoso de todos os mentirosos, alguns os chamam de psicopatas dependendo do grau e do teor de sua maldade e astúcia.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Amor próprio- pensamento

Não acredite em declarações de amor vindas de quem não ama nem a si mesmo. O amor próprio é o primeiro e o único amor do homem, aquele que deve morrer com ele, pois sem ele há uma impossibilidade do indivíduo amar, ele apenas cria "necessidades". Ele pode precisar da sua presença por carência ou algo assim, não por amor verdadeiro. Sem amor próprio as escolhas da pessoa são feitas com a visão turva: ela não vê direito o que quer, porque, na verdade, enquanto ela não se redescobrir e se amar, ela não deve querer nada, nem ninguém.

Reflexo- pensamento

Amor, respeito e consideração só ganha quem se impõe. Quem se trata como lixo, quem não se valoriza, como lixo será estimado.

Voz do povo- pensamento

Desconfio que se a "voz do povo fosse a voz de Deus", Ele não seria uma divindade benévola, mas sim o próprio demônio.

Saldo

Saldo 

 E o ano se aproxima do fim, chega a hora em que nossa mente começa a contabilizar o "saldo" de alegrias, frustrações e conquistas emocionais e, claro, financeiras do ano. 
Interessam-me mais as primeiras onde 2012, para mim, se encerrará com chave de outro. Ano de superação, apesar de ter ido ao limite da loucura, do estresse, apesar de ter conhecido o quanto o ser humano pode ser falso quando precisa de você. 
Quando certas pessoas precisam de seu auxilio elas lhe tratam como uma pessoa que cuida de um cão, quando elas deixam de precisar de sua ajuda elas lhe repudiam como se você fosse uma fera, um lobo que fosse devorá-las. Sendo que os lobos em pele de cordeiro sempre foram elas. 
Enfim, como não podia deixar de ser, este ano foi insano, foi intenso e deixou marcas indeléveis na minha alma, mas foi o ano da revolução e esta terminando com uma: a reabertura de um escritório em Passo Fundo. 
 Uma conquista, para quem já havia pensado em desistir da carreira. Lutar e não desistir de sonhos vale à pena, afinal sem que você persista eles nunca se tornarão realidade. Que o ano finde com chave de ouro! E que venha novembro e dezembro que a gente esta correndo para abraçá-los! 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 24 de outubro de 2012.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Deixa o povo falar

Deixa o povo falar

A sociedade machista e suas cobranças indigestas massacram a inteligência das mulheres independentes. Se estivermos solteiras, nos cobram namorados. 
Se estivermos solteiras, sozinhas, felizes e curtindo a nossa solidão nos cobram “baladas”, se aparecermos seguidamente em festas é porque estamos desesperadas por companhia. 
Se estivermos namorando nos cobram casamento, como se fossemos jovenzinhas e não balzaquianas donas de nossos próprios narizes.
 Se nunca ficamos com ninguém estamos pendendo para o homossexualismo, se sairmos jantar com mais de um cara em pouco tempo somos vulgares. 
Se casarmos nos cobram filhos, (como se estivessem controlando nosso relógio biológico), se engravidamos antes de casar foi porque queríamos “forçar” o namorado a nos levar ao altar ou queríamos assegurar uma boa pensão alimentícia ao rebento. 
A língua maléfica do povo não tem limites, mas, como diria meu amigo Mirosmar, o negócio é “deixar o povo falar”, porque se formos dar atenção pra tudo que sai da mente fértil deste povinho desocupado a gente se interna num hospital psiquiátrico por tempo indeterminado e eles ficam aqui fora falando mal da gente! A ignorância do povo não tem medida.

Cláudia de Marchi 

Passo Fundo, 23 de outubro de 2012.


domingo, 21 de outubro de 2012

Saber viver

Saber viver 

 Tem gente que não sabe perdoar. Tem gente que não sabe compreender que a gente erra sem querer errar, que a gente magoa, sem querer magoar e depois sofre, depois se arrepende. 
 Arrependimento, sofrimento, dor e pedido de perdão não são suficientes para fazer ninguém mudar de decisão, mas devem suscitar a bendita e cristã compaixão, porque ninguém neste mundo esta livre de errar. 
 Todavia as pessoas se imergem em orgulho e dele não saem. Não perdoam e, em dadas situações, conservam maus sentimentos, passam a desprezar o outro ou até a odiá-lo por tê-las feito sofrer, mostrando, isto sim, que perderam a razão que um dia tinham e que são, na realidade, pequenas de espírito. 
 Nada de bom, afetivamente, conseguem agindo assim, apenas uma felicidade ilusória, um "ser feliz" de faz de conta. 
Quem não consegue perdoar de coração quem um dia lhe magoou, acaba por criar uma dívida perante o universo, afinal no que tange ao amor, não existe certo ou errado, vigora, isto sim, a lei da humildade, do errar e reconhecer o erro, do saber pedir perdão, do saber perdoar, do saber viver e deixar viver. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 21 de outubro de 2012.

Estaca zero

Estaca zero 

 É muito fácil ver gente complexada, gente se "odiando" por isso ou por "aquilo", se recriminando por um motivo ou por outro, isso é fácil, é cômodo. 
Difícil é levantar o traseiro da poltrona e ir buscar ajuda, é agir em prol de uma mudança, é mudar de atitude, é buscar algo para não se recriminar, é caminhar em direção oposta ao "dito" complexo. 
Falar não adianta muita coisa, chega um momento da vida madura em que atitudes convencem, palavras são meramente ilustrativas. Se queixar não muda nada, agir sim. 
 Em determinado período da vida o homem tem que agir como um guerreiro e encarar a vida como um campo de batalhas: ele precisa se armar, organizar-se física e psiquicamente e entrar em campo com a munição que tem. 
Pode ser que ele saia ferido, machucado, mas com certeza ele sairá mais sábio, porque ele foi lá e lutou sozinho com as munições que tinha. Não foi preciso que ninguém o levasse, não necessária a ajuda de um amigo, o escoro da namorada, a mãozinha afável da mãe, o homem foi lá e agiu sozinho, libertou-se de seus medos e foi, só por tal fato, boa parte de seus complexos diminuíram.
 É preciso agir e não reclamar, é preciso tomar atitudes, procurar um psiquiatra? Talvez, mas ouvi-lo e colocar em prática os seus conselhos! É preciso levar a sério a si mesmo e a seus problemas para que se possa viver bem a vida, do contrário nunca se ultrapassa a estaca zero. 
Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 21 de outubro de 2012.

Insubstituibilidade

Insubstituibilidade 

 A carência nada mais é do que um nome dado ao desamor que as pessoas nutrem por elas mesmas, ou melhor, não nutrem, do contrário não seria desamor. 
Carência é falta de estima por si mesmo, por isso que eu tenho certo asco quando ouço uma pessoa cheia de saúde, de possibilidades, de vida reclamar com voz melosa que esta "carente". 
 Ora, querida, sacode a poeira, se olha no espelho, passa uma maquiagem, leia um bom livro, assista um filme, se conscientize que a vida não se resume a amor de um homem, dê um passeio, olhe o mundo, veja a vida pulsando e, por favor, sinta o amor dos familiares e amigos que lhe estimam e nunca mais use esta palavra ridícula e digna de pena. Ame a si mesma, e seja feliz!
 Carência afetiva é para os fracos, sempre existe um escape, outro motivo para sorrir! A vida lhe guarda surpresas, mas um dia você será insubstituível na vida de alguém que lhe amará como você merece, todavia, antes disso, você precisa aprender a se amar e a viver sozinha. 
 A vida costuma ser a arte de ser substituído. Você sai e sempre haverá alguém para ocupar o seu posto, seja no trabalho, nas amizades, seja na vida amorosa, ninguém é insubstituível, até que um dia, para determinada pessoa você se tornará insubstituível, então eu lhe digo, mais especificamente: viver é a arte de encontrar a insubstituibilidade. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 21 de outubro de 2012.

sábado, 20 de outubro de 2012

Caixa de papelão

Caixa de papelão 

 Todo ser humano é como uma frágil caixinha de papelão. Você começa a colocar coisas dentro dela, vai enchendo, enchendo sem sequer indagar-se se ela esta confortável com tudo aquilo que, literalmente, "enfiam" dentro dela, até que chega um belo dia que ela não suporta mais tanto peso e se rompe. 
 O homem, muito egoísta chega a colocar a culpa na caixa que não era resistente, esquecendo-se de todas as quinquilharias que colocou dentro dela sem medir o peso, sem saber tudo que a pobre caixa teve que aguentar antes de ruir. Eis a prova do egoísmo humano: você é bom, você é válido, enquanto lhe serve, enquanto lhe vale. 
Depois que a caixa rompe, ela não serve mais, ninguém quer remendá-la, ela é simplesmente jogada no lixão mais próximo e toda sua utilidade anterior virou esquecimento para aqueles que outrora a usavam, agora ela é apenas mais uma caixa velha que não tem serventia alguma. 
 Acontece com as pessoas hoje em dia. Saiu, esta com algum problema, demitido, substituído por outro e pronto, deixa de fazer falta na empresa, mais um pouco nem em seu nome se fala mais: estes são os tempos do capitalismo, onde pessoas são coisas dispostas ao bel prazer do patrão prontas a gerar-lhe lucros, do contrario estão demitidas e não valem para mais nada.Absolutamente nada! 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 20 de outubro de 2012.

Glamour

Glamour 

 Não adianta colocar roupa de grife, gastar horrores para se arrumar, usar jóias caríssimas, acessórios de marca, bolsas da VH e marcas afins, a graça de uma mulher esta nos sorrisos sinceros e iluminados que ela tem. 
 Esta na alegria que contagia o ambiente, esta na felicidade sincera que transparece através de seu olhar e seu riso, esta na boa energia que, sem perceber, ela leva aos ambientes que freqüenta. 
Não adianta usar maquiagem da MAC, produtos da Lancôme, e de todas as outras marcas glamorosas e caríssimas que existem, não adianta usar cremes divinos anti sinais, se você se incomoda, se estressa por qualquer motivo e briga com quem tenta fazer o seu papel, com quem trabalha arduamente para que as coisas dêem certo. 
 Não adianta adornos se no final é você consigo mesmo, sem maquiagem, sem enfeites, sem nada disso. É preciso ser polido, mas é preciso ser educado e ter empatia, diálogo, paciência, educação e um belo sorriso nos lábios. 
O sorriso abre portas, o sorriso fala por si, estando nervosa ou não, esboce um sorriso, com certeza ele ameniza a tensão se qualquer encontro o que facilita muita coisa. Converse, responda, não tenha medo, seja você mesma, altiva, linda, dona de seu próprio nariz. 
 Encontro as escuras ou não, não será o seu primeiro, a menos que de certo, nem o seu ultimo, use sua classe e ganhe mais uma experiência, valorizando-se acima de tudo. 
 No mais é continuar linda, cheia de glamour e encantos, preparada para encantar muitos corações, não pelas roupinhas de grife, mas pelo jeito e forma com que as veste e caminha usando uma roupa de qualquer marca: elegantemente. 
 Passo Fundo, 21 de outubro de 2012.

Sex appeal


Sex appeal

Não adianta colocar roupa de grife, gastar horrores para se arrumar, usar jóias caríssimas, acessórios de marca, bolsas da VH e marcas afins, a graça de uma mulher esta nos sorrisos sinceros e iluminados que ela tem.
Sua beleza esta na alegria que contagia o ambiente, esta na felicidade sincera que transparece através de seu olhar e seu riso, esta na boa energia que, sem perceber, ela leva aos ambientes que freqüenta.
Seu charme nem sempre esta na mulher que entra em determinado no local, mas nas atitudes desta mulher, no sorriso cativante, no carisma, na simpatia que a todos cativa, ai esta o que constitui a tal da mulher bonita de verdade!
A beleza de uma mulher é muito mais uma questão de charme, sensualidade, amor próprio, altivez, orgulho, bom humor, auto respeito, simpatia, alegria e simplicidade, do que corpo escultural colocado a mostra.Não é preciso ser vulgar para ser linda.
Quanto mais natural, pueril, simples, porém elegante, cheirosa, a mulher estiver, maior será a atenção que ela chamará, maiores serão os holofotes direcionados a sua presença. Assim uma jovem brilha, sem precisar de um salto imenso e desconfortável, vestido justíssimo e preto, nem visual manjado de piriguete.
Elegância e charme andam lado a lado desde que beleza e sex appeal andem juntos também, é lógico. A contrapartida também é necessária quando se trata do mundo de modelos, misses e celebridades, do mundo de quem busca a fama, enfim.

Passo Fundo, 20 de outubro de 2012.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A vida

A vida 

 A vida não tem dó de quem se mostra frágil diante dela: ela atropela, passa por cima de quem pára para lamber feridas. A vida não vai esperar que suas cicatrizes curem, que suas dores sarem, ela é de quem aprende a recomeçar mesmo que doa, mesmo que arda. 
 Viver é para quem aprende a ser forte mesmo na dor. Se você espera algo diferente da vida, azar o seu, eu posso ter pena de você, mas lhe aviso novamente: a vida não tem! 
 A vida não tem nada de contos de fadas, de historinha de ninar, a vida exige muito do homem, a vida exige força, garra perseverança, porque é o homem quem escreve a sua história. 
A vida é um quadro em branco. Os covardes deixam a tela da sua existência em branco, só os fortes desenham alguma coisa, só os fortes têm histórias para contar, porque apenas eles superam os maus momentos e chegam a vivenciar os momentos de felicidade. 
A vida pode ser impiedosa, mas ela não é completamente injusta, cada um luta pelo que quer: de acordo com a sua batalha o homem conquista aquilo que ele procura e assim por diante. 
 Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 16 de outubro de 2012.

Psicopatas

Psicopatas 

 Eu não tenho medo de ninguém, mas se você não tem vergonha na cara, não tem medo de mentir descaradamente, se você se preocupa com o lucro em detrimento da própria moral, não sente dor alguma em sua consciência, mesmo quando erra, não tem dó de ninguém, então eu tenho medo de você! 
 Existe esta espécie de gente de coração gélido que pratica atrocidades, que fala com frieza, que menospreza a dor dos outros e se gaba por fazer pouco caso deste pesar que não é seu. 
Este tipo infame de gente deixou de ser humano há algum tempo e não foi avisado, nada mais são do que psicopatas soltos no mundo, apenas isso e de gente de sua laia todos desejam distância. 
Todos desejamos distancia de quem consegue dormir a noite mesmo machucando corações, mesmo sendo injustos, mesmo sendo atrozes, mesmo que façam pessoas inocentes chorar. Pessoas assim vivem no limite entre o ser humano e o ser animal, entre o ser irracional. 
 Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 16 de outubro de 2012.

Soberbos

Soberbos 

 Cedo ou tarde as máscaras caem. Ou você é bondoso, alegre, honesto e humorado ou você não é. Fazer de conta que você possui virtudes que não tem para conquistar alguém é dar um tiro no pé.
 O tempo é o senhor da razão, logo ele passa e mostra para quem quiser saber quem é a pessoa por trás da máscara de bom moço, então, além da desilusão vem o asco, o desprezo pelo outro por ter enganado. 
No final se vê que a sinceridade sempre compensa. Você termina destroçado diante de mentiras, de ilusões criadas por pessoas próximas a você, por quem teve todas as possibilidades de ser ele mesmo, de ser autentico e verdadeiro, mas preferiu ter duas caras, preferiu lhe enganar e ludibriar com segundas intenções, sem nenhum sinal de franqueza.
 São os males da vida moderna. É difícil de confiar em profissionais nas mais variadas áreas, mais difícil ainda é confiar em profissionais que se calam quando o assunto é a sua responsabilidade na empresa por se acharem superiores aos seus colegas.  
Cláudia de Marchi 
Passo Fundo, 16 de outubro de 2012.