Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cada um com sua crença.

Cada um com sua crença.

É fácil desacreditar das coisas. É fácil perder a fé no homem, perder a crença na bondade humana, difícil mesmo é ver bondade apesar da maldade, difícil é confiar nas pessoas. Quase impossível é confiar de novo.
Mas, e daí? Existem pessoas que conseguem, Existem pessoas que apesar de todos os pesares confiam na melhora, na mudança, na bondade e, sinceramente? Deixe-as crer nisso.
Nunca diga a uma criança que seus sonhos são impossíveis. Nunca diga a uma pessoa que tem fé na vida e na bondade humana que ela esta equivocada por mais certo que você esteja, existem coisas que à vida (e apenas à ela) competem mostrar, do contrário o cruel será você. Deixe as pessoas com alma de criança serem como são e acreditarem no que crêem.
Deixe a esperança perseverar, a fé prevalecer, as crenças no bem se manterem, deixe as pessoas acreditaram no que convém ao seu espírito, deixe que o tempo mostre o que você acha que elas não vêem, cale-se e viva a sua vida com suas descrenças, com sua desconfiança e também com sua esperança da qual, no fundo você também não deseja que ninguém tripudie.

Cláudia de Marchi

Wonderland, 22 de setembro de 2010.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cada um por si.

Cada um por si.

Lamento lhe dizer, mas o seu bem querer ou mesmo o seu “mais puro amor” não lhe faz dono daquilo que ama, então não queira fazer do agir alheio um exemplo do seu ideal por maior que seja a sua convicção de que são suas idéias e pensamentos os “corretos” a respeito da vida, inclusive da alheia.
Não pense que as pessoas se colocam onde elas não querem ou não conseguem suportar “estar”. Cada um sabe o que faz, porque faz e, principalmente, o que sente. Você pelo bem delas pode não querê-las “lá”, mas pela sua felicidade o individuo pode crer que “lá” é o “seu” lugar, até, claro, pelo seu livre arbitro mudar de idéia. Se lhe convier.
A sapiência e a razão às vezes precisam de exaustivas lutas para serem apreendidas, mas, quem lhe disse que um forte lutador chora de arrependimento pelas e nas batalhas em que quis entrar? Quem lhe disse que as mazelas do combate fazem infeliz quem optou por enfrentá-lo? Quem você pensa que é para achar desnecessário aquilo pelo qual o outro não apenas “precisa” passar, como quis passar?
Resigne-se caro ser humano: Zelar pela sua própria felicidade e bem estar é tarefa pessoal na qual nem mesmo você consegue lograr êxito sempre, mesmo fazendo por si mesmo, portanto ame, mas nunca creia querer tanto o “bem” de outrem a ponto de lhe fazer escravo de suas boas intenções e “sabedoria”.

Cláudia de Marchi

Wonderland, 18 de setembro de 2010.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pelos outros? Pena, muita pena.

            Pelos outros? Pena, muita pena.
Hoje eu sei que eu tenho fé demais. Eu tenho muita fé na vida, na melhora do que não esta bom, na evolução das pessoas, das coisas, das atitudes, eu já dei tanto a minha cara a tapa em prol de minha fé nas pessoas que seguidamente me deparei estraçalhada sob o trem da maledicência, da desconfiança, da injúria, da amargura, da ingratidão.
            Mas não desisto, eu acredito em mim e meus bons sentimentos e esperança me fazem bem, me fazem dormir e acordar sorrindo, em paz, feliz. São eles que me sustentam e me mantêm fortes numa vida em que praticamente sempre doei mais amor, carinho e respeito do que recebi.
             Todavia, podem me ferir, podem inventar mentiras hediondas a meu respeito, podem desonrar meu nome, podem me ofender, podem apunhalar meu coração e alma com atitudes tresloucadas ou impensadas, eu não tenho mais raiva, eu aprendi a ter pena.
Eu tenho dó de quem não consegue passar as palavras que diz pela peneira da razão nem jogá-las sobre elas o açúcar do amor e do carinho, mas, sinceramente? Não me importo, eu sei que dou mel, eu sei que dou o meu melhor. Pelos outros, coitados (!), eu oro, pelos outros eu continuarei tendo pena, muita pena.
Cláudia de Marchi
Marau, 14 de setembro de 2010.

Você fala...

Você fala...

Você que acha que sou estúpida, esta enganado. Você que diz que sou louca, esta equivocado. Você que tem “certeza” que sou uma miserável esta ainda mais enganado, você que jura que sou uma infeliz, saiba que seus equívocos são homéricos.
Outro dia me deparei lendo o evangelho de Cristo, e sinceramente me vi como uma cidadã cristã: Eu perdôo mais do que sou perdoada, e julgo menos do que sou julgada. Chorando ou não, alterada ou não, eu faço o que quero da minha vida. Tenho paz, saio quando quero, volto quando quero, perdôo quando o amor e a indulgencia me permitem perdoar e estendo a mão para quem me pede com humildade ou em ato de desespero.
Sou livre e não me importo com o que pensam. Sou livre para agir contra todos e para reagir silenciosamente a favor da única pessoa que me interessa no mundo: Eu mesma. Quem eu amo, claro, me importa muito, mas especificamente, você que me critica, que nunca me estendeu a mão, não me conhece e nunca ouviu minha voz em nada me importa ou interessa.
Ou melhor, importa: Continue me criticando, usando sua criatividade maléfica contra meu nome, pois enquanto ele estiver em bocas de pessoas insignificantes para mim significa que ao menos para os reais coitados do mundo (os que cuidam da vida alheia, como você) eu sou “famosa?”. À vocês, obrigada por desperdiçarem o sagrado tempo de suas vidas falando mal (ou bem) de mim.

Cláudia de Marchi

Wonderland, 14 de setembro de 2010
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"Dar orgulho".

“Dar orgulho”.

O sonho de quase todo o filho é dar orgulho aos pais e saber que os fizeram contentes. Todavia, este desejo por mais aparentemente puro que seja é envolto por uma boa dose de vaidade, daquele desejo humano de parecer bom, virtuoso e superior aos outros.
Na ânsia de dar orgulho e alegria aos pais muitos filhos se perdem de si mesmos e terminam causando desgosto a eles próprios. Pai que é pai, mãe que é mãe ama despretensiosamente, sem querer nada em troca e o simples fato de ver seu filho feliz já lhe dá orgulho e entusiasma.
Não é preciso que o homem viva com um ardente ou latente desejo de surpreender positivamente alguém, seja esposa, filhos, pais, amigos. Para ser feliz é preciso ter equilíbrio interior, fazer o que se ama, porque ama, ter contentamento consigo mesmo.
As poucas vezes na vida em que tive certeza que dei orgulho aos meus pais e a quem me ama foram as vezes em que mais sofri, em que mais chorei graças a atitude que lhes satisfez.
Então, fato é que não adianta querer dar orgulho para ninguém, não adianta querer fazer alguém feliz e contente quando o que esta em “jogo” é seus sentimentos e sua vida.
A vida é uma dádiva feita para ser gozada por cada pessoa com seus anseios e desejos individuais, e apenas eles devem balizar suas atitudes e não a vontade de “dar orgulho” a quem lhes ama. Orgulho cada pessoa deve ter de si mesma, de seus atos, sentimentos, e ofício, o resto é besteira, é o inicio da cova da infelicidade.

Cláudia de Marchi

Wonderland, 08 de setembro de 2010.

sábado, 4 de setembro de 2010

Quem me vira à face...

Quem me vira à face...

Quem você pensa que é para virar a cara e ignorar as pessoas sobre cujo sofrimento, sapiência, e vida você desconhece? Como você que mal sabe sobre a sua vida e sobre a faceta recôndita das pessoas mascaradas que lhes dizem “amar” ousa julgar a existência alheia?Eu tenho pena dessas pessoas que se julgam melhores do que as outras e que são tão imbecis e ignorantes que acham que ignorar maldosamente quem nada lhes fez os torna mais “gente”. Pobres pessoas anticristãs! Não sou nenhuma religiosa fanática, mas não me lembro de ter lido que Jesus Cristo tenha julgado e virado a face para alguém. Seu codinome era amor, compreensão, perdão, virtudes que estes pobres materialistas que nada sabem acerca da vida e do amor não possuem e, na verdade, não irão possuir, porque o homem pode mudar em todos os seus aspectos, mas uma alma ignorante a ponto de dar as costas a quem nem sequer ouviu não muda porque a ignorância é vizinha da maldade. Você, pobre coitado que me vira à cara, tente olhar para dentro de si e buscar um pouco de pureza e bondade. Repense sua vida e não haja como se fosse Deus, porque eu vivo em paz com minha consciência, mas, e você, será que é tão bom e justo como tenta aparentar? Deus é sabedoria e compreensão, e você é apenas mais um povero diavolo que acredita em balelas maldosas porque no fundo (e no raso também?) quer a infelicidade alheia sem nada conhecer sobre as verdades da vida, nem mesmo da sua, então se resigne a sua insignificância e viva a rica vida medíocre que você criou.

Cláudia de Marchi

Wonderlad, 04 de setembro de 2010.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Certinhos

Certinhos

Como são chatas as pessoas “politicamente corretas”! Como são entediantes aquelas pessoas que não bebem, comem mais salada do que carne, viram a cara para um belo prato de massa, ficam mais horas na academia do que curtindo quem amam, passam meses sem colocar um doce na boca, precisam se lavar depois do sexo, e acham que uma boa transa precisa de “momento” adequado.
Detesto pessoas que precisam saber o que vai acontecer amanha para darem o seu melhor (ou não, hoje). Gosto de pessoas intensas, imprevisíveis, que vivem a vida com furor, que se doam ao máximo independente do que podem presumir a respeito do seu futuro.
Não gosto de pessoas que usam a palavra “precaução” como um escudo dourado para sua covardia negra, nem daqueles que movidos pela vaidade tentam fazer de tudo para agradar aos outros e parecerem sempre “virtuosos”. Acho péssimos aqueles que precisam “ter certeza” de “tudo” para fazerem “qualquer coisa: A única certeza na vida é a morte, então, você vai colocar um pijama, tomar uma sopinha, e deitar esperando ela chegar?
Não curto pessoas que se colocam na posição de juízes da vida alheia e saem destilando fel sobre quem nem sequer conhecem. Não gosto de pessoas previsíveis, covardes e que atribuem seus defeitos aos outros para se sentirem mais leves, para se sentirem melhores. Sinceramente? Desprezo gente covarde a quem a maioria chama de “certinha”.

Cláudia de Marchi

Wonderland, 03 de setembro de 2010.