Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Incompetência afetivo-profissional

A incompetência é algo aberrante em muitos profissionais liberais. Há poucos dias atrás precisei de um profissional da área da saúde, na verdade de dois, porém de áreas diferentes. Um deles formou-se fora da cidade, com um consultório sóbrio, sem muito luxo mostrou simpatia e humanidade extremas desde a minha primeira visita.
Passados alguns dias fui noutro profissional, de outra área quando tive um grande susto. Sim, um enorme susto e, porque não dizer: Pavor. Sai do consultório apavorada, pensando como milhares de universidades formam profissionais inaptos e o quão mal se sentem as pessoas desavisadas ao cruzarem com esse tipinho de profissional laborando (ou fingindo que o faz) por ai. Não, minha gente, o problema da incompetência desses profissionais não é culpa das instituições de ensino superior, mas isto sim, da falta de educação e de humanidade, da falta de afeto enquanto pessoa e de amor pelo trabalho e pelo seu objeto: O ser humano e seus problemas físicos, jurídicos ou psíquicos, o homem e seus anseios.
Ao precisar deste profissional cuja forma fria, estúpida e até mesmo cruel de desempenhar suas funções me apavorou eu vi quão pouco importante é o nome, o sobrenome, a formação e até mesmo a arquitetura do local de trabalho quando o assunto é desempenho profissional. Você não vai a um médico, dentista ou advogado sem que esteja com algum problema, ou, ainda que não haja nenhum, o que qualquer cidadão deseja é ser tratado com respeito, e, principalmente, com humanidade.
A população esta ficando mais exigente, profissionais ásperos, frios e grosseiros não agradam a ninguém. Queremos ser bem tratados não apenas porque estamos pagando, mas porque somos gente, seres humanos, independente de nossa beleza, altura, elegância, cor da pele, situação financeira ou grau de instrução.
Lamento informar à meus caros advogados, médicos, engenheiros, veterinários, dentistas, comerciantes, dentre outros: Não basta ter pós graduação, mestrado ou doutorado, não basta estudar constantemente nem fazer cursos de atualização, não basta ser de família abonada e ganhar de presente do papai um consultório lindíssimo e ultra moderno, não basta ser bem vestido e comprar o carro de ultima geração: É preciso ser competente no que diz respeito a convivência interpessoal, é preciso ser competente nos quesitos educação, respeito ao próximo, compaixão e ausência de preconceito, qualidades que não podem ser adquiridas por dinheiro nenhum e não acrescentam nenhum "Dr.", "MS." ou "pH.d" antes de seu nome, mas acrescentam o adjetivo "muito" antes da palavrinha competência, afinal não basta ser competente para vencer no mundo atual é preciso ser "muito competente", pois, do contrário, o melhor a fazer é ir para casa, pedir um "adiantamento de herança" para os papais e se resignar, porque, como profissional você não vale um níquel.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 30 de outubro de 2009.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

É preciso mais...

É preciso mais...
É preciso mais que amor para viver um bom relacionamento afetivo, é preciso mais que afinidade para manter uma amizade, é preciso mais do que ter boa fé para ser confiável, é preciso mais que talento para ter sucesso, é preciso mais do que o óbvio para se ir além.“Além, do que?”. Além das dificuldades, além dos entraves que estagnam nossa mente, nos entorpecem os sentidos e nos tornam pessimistas e, muitas vezes, mal humorados, descrentes, naqueles momentos nos quais deixamos a desejar enquanto amantes, companheiros, amigos, pais e profissionais.É preciso garra, força de vontade, é preciso paciência, paz de espírito e serenidade para superar as dificuldades diárias e colocar a cabeça no travesseiro pensando positivamente na vida. Somos heróis por superar alguns desaforos, desrespeitos, é verdade, porém que em alguns casos somos pacientes em demasia, como, por exemplo, no que se refere a nossa estagnação quanto a “pornopolítica” brasileira.Mas, mesmo assim, somos fortes, guerreiros, batalhamos no hoje para podermos ter um amanha um pouco mais tranqüilo e confortável, temos que ter um pouco mais do que o necessário para atingir nossos objetivos: Precisamos muito mais que força e coragem, precisamos ter fé na vida.Temos que ser um pouco heróis para sobreviver aos desafios de nossa própria vida, que, por sua vez, não é noticiada em jornal, revista, ou em alguma biografia, mas é nossa e é por isso que deve ser bem cuidada, zelada e muito amada.
Cláudia de Marchi Pagnussat
Marau, 12 de outubro de 2009.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O esnobe

O esnobe

O esnobe é aquele sujeito cuja forma de ser é tão abjeta que deveria prescindir de comentários, todavia por serem estes que fazem de nossa vida um pouco mais cômica tecerei alguns comentários sobre a tal criatura.
A pessoa esnobe é aquela que tem uma muleta: pode ser beleza, cultura, dinheiro, pode ser o cargo que ocupa e o respeito que ele impõe, enfim, ela sempre mantém sua auto estima amparada em alguma coisa que acha boa o suficiente para pisar em quem lhe cerca.
Eles exibem sua muleta como uma mãe exibe seu filho recém nascido àqueles que a visitam. Todavia eles o fazem com empáfia, orgulho e arrogância de forma a demonstrar a inutilidade plena de seus atributos, porque nenhuma de sua muleta é daquelas que toca o coração e demonstra a real beleza do ser: A existente na alma.
O esnobe pode ser lindo, quase perfeito, porém sua beleza se torna inútil, sem graça e sem brilho quando abre a boca e tenta, apenas, chamar a atenção alheia para si. Pode ser um esnobe que batalhou e enriqueceu, e que passa a olhar de cima para baixo àqueles desprovidos de riqueza. De nada adianta tanto dinheiro se ele só pode ser admirado por ter valores pecuniários.
Feliz é o homem que pode ser admirado pelo brio que possui, pelo caráter, pela garra, pelo humor, pela simpatia, pela alegria e tranqüilidade que emana e não apenas por atributos que, sozinhos não significam absolutamente nada, ou melhor, significam: Um coitado desprovido de valores se achando gente na vida.
As pessoas não se tornam especiais pelo que elas têm de beleza, luxo ou riqueza. Elas encantam pelo que elas têm de gracioso até mesmo em seu silêncio, pela sua humildade, pelo que elas têm de humanidade no real sentido do termo, e pelo que irradiam da alma, do coração.
Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 13 de outubro de 2009.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ricos miseráveis


Ricos miseráveis

Se existe algo que me alegra nesta vida é saber que vivi intensamente todos os meus momentos, todas as minhas fases. Fico feliz por ter tido, até o momento, uma vida bem vivida. Uma vida bem vivida implica em interação humana, em conhecer pessoas, fazer amizades, criar alguns vínculos, abandonar outros, e, principalmente, aprender com o que se vive.
Uma coisa que aprendi e queria que todo mundo soubesse é que não importa quão rica uma pessoa é financeiramente, e, sim, o que ela é, e quão rica de virtudes ela se tornou com o passar do tempo.
Existem pessoas que acumulam riquezas, patrimônio, dinheiro e não deixam de ser miseráveis. Pobres de espírito, mesquinhas, maldosas, desconfiadas, pessoas que presumem que os outros são inferiores por serem menos abonados e quanto mais tentam fazer desta presunção uma certeza em suas vidas menores e mais abomináveis se tornam.
Dinheiro é bom e é para ser gostado e, principalmente gastado em coisas que nos dão prazer e alegria, acumula-lo é a meta de muitos e pode ser saudável desde que quem o faça não se torne dele um escravo e passe a crer que é o “Senhor” do imenso latifúndio do convívio humano.
O que importa não é o que uma pessoa guarda no banco, não importam seus imóveis, sua renda, uma pessoa é realmente amada quando esta despida de adornos, quando ela se mostra o que e como ela é interiormente, e é ai que muitos milionários mostram sua miserabilidade afetiva, mostrando-se menos dignos de afeto que o mais pobre e sujo dos moribundos.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 08 de outubro de 2009.

domingo, 4 de outubro de 2009

Nossas opções.

Nossas opções.

Você tem livre arbítrio para todas as escolhas possibilitadas em sua vida, mas você não pode escolher o momento de conjugar a hora justa com o aparecimento da pessoa correta, seja ela um amigo ou um amor.
Hoje somos uns, amanha seremos outros. Hoje somos dignos destas companhias, amanhã podemos ser de outras. Hoje é este quem nos faz feliz, amanha aquele outro pode nos realizar, e este mesmo pode ter sido repudiado em nosso passado.
A vida é um eterno aprendizado. A melhor escolha, aquela que emana as maiores e mais profícuas lições, sendo uma das quais a de que ninguém estagna, ninguém pára em momento algum de evoluir pode ser aquela que faríamos novamente ou jamais repetiríamos no futuro.
Independente de tudo o que acontece ao nosso redor como fruto de nossas opções o que importa é escolher de coração aberto, de alma limpa e coração puro. É escolher com carinho, com amor, com boas esperanças. Do aprendizado, da mudança e da evolução é a vida, através do tradicional “um dia após o outro” quem vai cuidar.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 02 de outubro de 2009
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Gerando solidão.

Gerando solidão.

Quem gosta de pessoas estúpidas? Quem gosta daqueles indivíduos que de uma hora para a outra começam a esbravejar, a gritar, que xingam quem não merece, que descarregam sua ira justificável injustificadamente em cima dos outros, e quem, afinal não conhece uma pessoa cuja vida trouxe mais intolerância e impaciência que serenidade e paz de espírito?
Mas, quem, algum dia, por algum motivo seu, que, de repente a ninguém interesse ou afete, foi estúpido ou grosso com quem não devia? Quem nunca vitimou até quem mais ama e merece respeito como seus próprios pais com palavras e atitudes ásperas? Creio que todos nesta vida onde correm atrás de algo sem sequer parar para valorizar aquilo que esta a seu redor. Mundo onde a maioria dá mais valor no que esta porvir do que no que realmente possuem.
Errar, ser um pouco grosseiro, acontece às vezes, as mulheres tem TPM, os homens tem o famoso estresse e cansaço através dos quais tentam justificar algumas atitudes aborígines. Todavia o ser humano foi feito para evoluir, buscar seu equilíbrio, se auto controlar e, principalmente buscar a justiça que espera da vida constituindo-a em suas próprias atitudes. Dar para a vida o que dela espera, e não esperar sucesso, amor e carinho, jogando palavras duras, reclamações e injúrias para um mundo que só depende de suas atitudes para ser belo.
É demasiado incongruente desejar a justiça e o respeito alheios se se perde a razão frequentemente explodindo com quem não deve, ferindo sentimentos e o coração de quem se dispõe a ser bom e a ajudar. O sentido de tudo na vida é não fazer para os outros o que não se deseja que eles lhes façam, e, para tanto, nada melhor do que começar a controlar os seus próprios atos porque gestos impensados podem causar muitos dissabores, inclusive o pior de todos que tem nome feminino mas é cruel como um leão: A solidão.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Marau, 1º de outubro de 2009.